N/A: Trailer de Circus na mídia!
Passei dois dias inteiros sendo o pequeno escravo de Louis. Ele se deliciava com isso, sorria e gargalhava enquanto eu fazia as ações mandadas. E tenho certeza que se eu estava o conquistando depois de fazê-lo provar meu macarrão eu estou um degrau acima.
Agora ele estava no banho e eu estava com meu diário em minhas mãos, o garoto demora exatos trinta minutos no banho, então eu tenho tempo suficiente para dar uma olhada nele e escrever a atualização de hoje. Então depois eu poderia ir para o banho e me deitar ao seu lado.
Agora toda noite antes de dormir ele pede uma massagem, não manda, somente pede com aquela voz manhosa que eu nunca tenho coragem de dizer não. Quem teria?
Abri o diário e parei no primeiro dia com Louis.
Dia um - vítima quarenta, Louis William Tomlinson.
Encontrei a vítima. Um homem de 23 anos. Apenas um ano mais velho que eu.
Seus olhos são azuis e sua estatura baixa, aproximadamente um metro e sessenta e cinco centímetros. Seus cabelos são castanhos escuros e ficam arrumados em uma franja bem feita.
Quando ele sorri ali aparece adoráveis ruguinhas, abaixo de seus olhos, o fazendo ficar ainda mais bonito.
É um menino difícil de conquistar e isso está me cansando cada vez mais. A maioria das vítimas me beijavam na primeira oportunidade, mas Louis não. Ele foge de meu toque e está me deixando ficar apenas por pena. Eu teria que dormir no sofá!
As pessoas andam tão cansativas e eu já não tenho mais forças para continuar fingindo querer alguém.
Talvez Louis seja minha última vítima.
Talvez depois deste menino eu mude minha vida, troque de país e procure outra coisa para me fazer feliz.
Estamos no dia um, faltam vinte e nove dias para meu querido Louis estar morte de uma forma criativa e dolorosa.
Xx, H.
Dei risada lendo isso e percebi o quanto nossa relação avançou, o quanto o pequeno menino se aproximou de mim e eu me aproximei dele, sem precisar fingir.
Isso nunca havia acontecido, eu era um ótimo ator. As pessoas achavam que eu estava apaixonado, mas na verdade eu não estava nem aí.
Passei as folhas e peguei a caneta na mesa central, começando a escrever sobre o dia sete.
Dia sete - vítima quarenta, Louis William Tomlinson.
Não sei por que ainda chamo o menino de vítima aqui, ele é muito mais que uma simples vítima para mim agora.
Se passaram somente sete dias e a cada dia nossa relação está se tornando mais forte. Estou tentando conseguir uma pequena brecha para beijar seus finos lábios e o levar para a cama.
Já falei (escrevi) o quanto amo seu nome do meio? Acho que não.
William deixa seu nome ainda mais sofisticado, lhe dar um ar sério. Até seu nome o deixa bonito.
Durante esses dias fiquei pensando em como queria ter Louis comigo mesmo depois do prazo, em como queria poder esquecer essa vingança e ficar com o garoto.
Minha vontade é que ele seja a última vítima, depois eu mudarei minha vida assim como pensei desde o primeiro dia. Eu poderia ter conhecido-o depois de tudo isso, ou antes.
Só queria ter Louis para mim.
Mas eu não poderia deixar isso de lado, não poderia deixar de lado algo que eu já comecei.
Eu teria que matar minha última vítima para então seguir em frente com a consciência tranquila e leve.
Estamos no dia sete, faltam vinte e quatro dias para a morte de Louis. Eu já não estou tão feliz com a rapidez em que os dias estão indo.
Xx, H.
Guardei o diário novamente e deitei meu corpo no sofá, esperando os dez minutos que faltavam para Louis sair de seu banho.
Os pensamentos rondavam minha cabeça como várias facas e armas dentro de minha mente. Ela me pregava peças a cada movimento que eu fazia e a cada movimento que minha vítima também fazia.
Talvez esse fosse o toque de tudo. Eu precisava colocar em minha cabeça que ele era apenas a vítima. A vítima quarenta que logo estará com seu nome em meu peito assim como Taylor, Kattie e as outras.
Talvez seu nome ficasse perto de meu coração, pois ali é onde ele sempre ficará.
Respirei fundo e pensei em meus pais depois de um longo tempo. Eles eram os culpados de todas as mortes, eles eram os culpados de tudo o que havia acontecido na minha vida.
Se fosse por isso Louis seria um assassino também.
Minha cabeça martelava esse pensamento sem parar.
- Você pensa demais.
Acordei da minha loucura e olhei para o menino parado a minha frente, havia uma toalha enrolada em sua cintura, seus cabelos estavam molhados e um sorriso convencido dançava em seus lábios.
Arregalei meus olhos e ele soltou uma risada.
- Está na hora do seu banho. - O menino de olhos azuis pegou minha mão e me puxou até o banheiro, fechando a porta consigo dentro.
- Tchau, Louis. - Falei e ele sorriu.
- Vou lavar seu cabelo?
- Você o que?! - Arregalei ainda mais meus olhos.
- Pare de reclamar e tire logo a roupa. - Ele chegou perto do meu corpo e soltou sua toalha, me fazendo suspirar vendo que sua boxer estava ali.
Então ele passou suas mãos pelo meu tronco e tirou minha camiseta, logo soltando o pequeno laço que havia em minha calça de moletom e abaixando a boxer que eu usava.
- Ouch! É grande. - O menino falou passando seus dedos pelo meu membro e me fazendo suspirar para conter uma ereção.
- Calma Harry. Eu só irei lavar seu cabelo.
Sua pequena e delicada mão encaixou-se na minha e ele me puxou até a banheira. Sentando-se ainda de boxer e me puxando para dentro.
Sentei na banheira e ele puxou meu corpo para perto, usando o pequeno chuveiro para molhar meus cachos.
- Seus cachos são, definitivamente, as coisas mais fofas do mundo. - Ele falou, massageando meu cabelo com o shampoo. - Não. Suas covinhas são.
Eu sorri com meus olhos fechados, apenas ouvindo sua voz fina e baixa soar em meus ouvidos, enquanto ele brincava com meus cachos.
- As coisas mais fofas do mundo são suas ruguinhas.
Ele soltou um resmungo e deu um leve puxão em meu cabelo, me fazendo reclamar.
- Eu mal consigo enxergar quando sorrio, isso não é algo fofo.
Soltei uma gargalhada e levei minha cabeça até seu peito, a deitando ali.
- Hey! Eu não acabei de lavar, você está me sujando com espuma. - Coloquei um dedo em sua boca e ele o mordeu, gargalhando logo em seguida.
- Mudei de ideia.
- Hum?
- Sua risada é a coisa mais fofa.
Ele soltou uma risadinha e junto com isso pude ver suas ruguinhas. Eu estava no paraíso.
- Agora sei por que você tem essa confiança toda. Você sabe como conquistar alguém.
- Então eu te conquistei. - Virei meu corpo para ele.
- Não será tão fácil. - Ele deixou um beijo em minha bochecha e virou meu corpo para continuar lavando meu cabelos.
Nesse momento percebi que partir o coração do menino com qualquer arma ou palavra, partiria o meu também.
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circus » larry
FanfictionOlhos verdes e expressão ingênua, para os outros um simples palhaço abandonado pelo circo, para si mesmo um assassino em série em busca de vingança pela sua família. Louis será apenas uma vítima?