Cheguei em casa e fui caindo na cama morto de sono, havia chegando muito antes da hora que meu pai havia mencionado, a raiva e felicidade disputavam cada pedacinho do meu corpo, jogando os tênis para um lado camisa e calça para o outro, fiquei deitado na cama enquanto ouvia lá no longe as pessoas cantando meu quarto a meia luz com o praticado da lua que deixa tudo mais sexy.
Fico deitado refletindo sobre tudo o que aconteceu hoje e vou lentamente adormecedo. Quem é Augustho Lima? Porque sou assim? Porque me sinto a assim? Bom era todas essas perguntas que viam em minha mente enquanto caía no sono. Bom sou um cara muito extrovertido, idealizador e realizador, jovem simples que apesar de ser de família bem estruturada preferiu cuidar de se mesmo sem depender dos pais e eles respeitavam isso em mim, sou o filho mas novo dos três irmãos Alex e Angelina.
Alex é administrador Júnior em uma empresa de contabilidade e Angelina é diretora de Marketing da empresa onde mamãe trabalhar. Mas ser Agustho Lima é bem difícil, primeiro tenho 17/18 estudo em uma escola muito legal com pessoas legais e incríveis, toco violão e faco composição de músicas que ninguém ouviu, isso é meio deprimente as vezes, mas nunca quis ser famoso ou um ídolo só quero ser esse cara confuso e enrolado.
Não sei explicar as coisas que sinto, apenas sinto, já pedi várias noites em claro me perguntando se o que eu estava sentindo era errado ou certo. Mas ninguém me respondeia, acho que as lágrimas que escorre pelo canto do olho deve ser a única respostas possível. Desde criança já sentia tudo isso mas não entendia e na adolescência piorou muito, as paixões e paixonites ficaram muito presente e até marcante nunca havia sentido uma atração tão forte pelo menino até porque tudo meu corpo e desejo era atraído para as meninas e com o tempo essa atração ficou dividida em anbos os sexos.
Ficava as vezes me perguntando se eu era gay, hetero ou bissexual e por muitas vezes isso ficou me perseguindo, por isso comecei a escrever músicas pra tentar entender isso tudo, os supostos cigarros e bebidas vinheram depois pra tentar preencher esse vazio. E assim vou vivendo com medo de saber quem sou e as consequências dessas possíveis escolhas.
Passava mais ou menos duas semana depois que voltaram as aulas e Batendo na porta do meu quarto, Maria estava se esgoelando me gritando pra levantar da cama pois estava quase atrasado para a escola, com um salto jogo o edredom longe e começo a tirar toda roupa a caminho do banheiro, em seguida já estava pronto pra sair de casa. Pegando a mochila jogando em cima do onbro saiu correndo.
- Oh menino! Tu não vai tomar o café da manhã rapaz? Gritava Maria com a vassoura na mão.
- não mulher! Tenho que correr se não chego atrasado na escola! Fechando a porta de asa desço rápido olhando para o relógio do meu pulso.
Vamos, vamos, vamos Agustho! Era o que eu mesmo dizia a mim enquando saia da portaria do meu prédio. Olhando pra trás de rabo de olha já vinha meu ônibus, que para enquanto dou o sinal com a mão. Olhando pro fundo havia um lugar vago, só um, me apreço para pega-lo, quando me aproximo um garoto que estava de Costa o avista e se senta. Putz! Era o que passava na minha cabeça ao vê-lo se sentar naquele lugar.
Em pé segurando na cordinha vou seguindo, a cada parada era aquele empurra, empurra e assim foi até a escola, quando paramos umas cinco quadras da escola olho para a parada e vejo aquele idiota de braços cruzados me encarando com um sorrisinho diabólico, baixava a cabeça balançando rindo da minha situação que se apertava a cada passo.
A raiva já se fazia presente em meu rosto e o ônibus continua a anda, descendo do ônibus o sinal da escola toca e todos começam a entra indo em direção do pátio, como sempre Zack estava com nossa turma perto do carrinho de pipoca que ficava ao lado esquerdo da guarita da escola, ele estava com um violão nas costas e ficavam falando e mexendo os braços como um louco enquanto as meninas riam de tudo do que ele falava afinal ele era nosso palhaço.