A figura misteriosa

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Uma figura esguia surgiu na porta, andou alguns passos para que as luzes pudessem iluminar seu rosto,um rosto fino e com traços perfeitamente desenhados lembrava o de Mat. Dois suspiros de alívio surgiram e Lucy encarou o garoto com dúvida e um brilho misterioso no olhar. Tinha cabelos loiros e olhos negros como a noite. Encarou Lucy de volta e ela estremeceu.

- Daniel seu imbecil !! - Mat arfou e voou em cima do irmão, ele deu uma gargalhada alta e prazerosa.
- Desculpe, não sabia que estava com duas garotas,bonitas por sinal.
- Não é isso o que está pensando...
- Sempre que alguém diz isso,está fazendo merda. - Encarou Clary por um instante.
- Você simplesmente nós assustou ... - Falou,a voz vacilando. - Bateu a porta como se fosse o fim do mundo.
- Eu sempre faço isso,nunca mudei a respeito. - Encarou o irmão dos pés a cabeça. - Mas você ... Mudou muito,não? Quanto tempo estive fora? 10 anos?
- Alguns meses,idiota.
- Sim,mas quer que eu saia ou o quê?
- Você nunca sairia. - Sorriu e abraçou o irmão. - Senti sua falta.
- Eu também. E como sabe que eu não sairia se nunca trouxe garotas aqui?
- Somos só amigos. - Clary sorriu sem jeito,Lucy permanecia encarando Dan,sem expressão.
- Ok. Ok. Já que não há desculpa melhor. - Sorriu e se jogou no sofá perto de Lucy, Clary esperou que ela resmungasse,o chutasse ou coisa do tipo,mas ela permaneceu quieta,encarando as próprias botas.
- E você ruiva,não fala?

Mat e Clary se encararam e a gargalhada tomou conta do lugar.

- Só resmunga. - Os dois falaram,junto,Lucy deu um sorriso sem graça. As vezes só queria ser uma garota normal,poder ser doce com as pessoas sem ser considerada fraca pelos caçadores de demônios.
- Como é seu nome? - Dan pegou no queixo de Lucy com delicadeza, ela brotou e lhe olhou semiserrado,Dan riu e encarou o irmão. - Gostei dela. Posso ficar? Eu dou comida todo dia,e deixo ela ver tv. Por favor!! - Falou,com uma voz de criança.

Clary encarou a irmã, bochechas vermelhas ... A tempos não via Lucy tão ... Normal. Sem o aspecto de dutona. A conhecia a anos e sabia que ela era um doce com quem amava,dês de pequena sempre cuidou dela,nunca deixou que garotos a batessem,brigava com garotos duas vezes do seu tamanho (sempre foi baixinha,não media mais de 1.50) mas era corajosa. Sempre fora. Tinha inveja da irmã, mas uma inveja boa,aquela que te faz querer dar seu melhor. E a amava,a amava muito. Mas que tudo.

- Lucy. - Mat prosseguiu,tirando Clary do transe. - Ela se chama Lucy.
- Lucy. Nome bonito. - Dan sorriu e enrolou uma mecha de cabelo dela no dedo,ela não disse nada. O que deixou Clary ainda mais boquiaberta.
- E você? Moreninha. - Voltou - se a Clary. - Você fala,pelo jeito. - Deu uma gargalhada. Tinha um riso contagioso,daqueles gostosos de ouvir. Lucy se pegou o encarando de novo. Usava uma camisa da banda nirvana, calças dins desfiadas nas pernas e all stars pretos. - Mat,cadê a mamãe? O papai?
- Você sabe,né? Mesmo de sempre. Trabalho, trabalho, trabalho ...

Dan deu de ombro e agarrou o braço do irmão, saíram para o quintal para conversarem. Faziam uns 5 meses que Dan havia ido a Páris e estava cheio de novidades,e perguntas...

Lucy aproveitou o tempo sozinha com a irmã para conversar. Clary agradeceu por isso.

- Cá, você me desculpou pelo ... - Sua garganta travou e seus olhos lacrimejaram,não ligava em demostrar o que realmente sentia na frente da irmã. - Pelo soco ... Eu sou uma idiota.
- Bom,quando você estava me ensinando a lutar eu te enchi de socos. - Clary riu. - E ainda estou te devendo. Muito.
- Ah,Cá ... - Um sorriso largo e brilhante surgiu nos lábios de Lucy. - Eu achei que você me odiava.
- Não, eu nunca vou te odiar,somos irmãs, lembra? Irmãos cuidam um do outro.
- Eu te amo. - Sussurrou. Para ela sempre foi difícil sussurrar essas palavras,e quando dizia, saíam em um sussurro.
- AWN!! - Clary sorriu e abraçou a irmã. - Eu também te amo,sua marrenta chata.

Minha namorada é um demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora