Capítulo 13

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Justin e eu saímos para comprar algumas coisas para nossa. Eu já tinha faltado na escola e ele não tinha ido trabalhar mesmo, então resolvemos aproveitar.

— Quer comprar as coisas para ele?

— Quando descobrirmos o sexo. — Eu o encaro surpresa.

— Pensei que fosse proibido.

— Você, agora, se importa com as regras? — Sorrio.

— Não mesmo.

— Se for um menino, vamos vir aqui e comprar tudo que ele merece.

— E se for uma menina? — pergunto triste.

— Aí nós vamos ver uma forma dela não morrer. — Ele, talvez, não tivesse noção do alívio que estava em meu coração agora. Eu o beijo, suas mãos passam por minha cintura e ele me puxa para mais perto dele, eu não sei como e nem quando, mas era ali que eu me sentia segura.

**********

Já passo dos 4 meses, minha barriga já está visível, sendo impossível esconder minha gravidez do pessoal da escola. E claro, tenho que aguentar as piadinhas da Valentina, já fiz de tudo pra não me estressar com ela. Olho-me no espelho antes de sair do quarto. Estou usando um vestido todo florido, que marca muito bem minha barriga, só tenho usado vestidos ultimamente, porque nenhuma roupa entra mais em mim.

Desço as escadas e procuro por Justin, encontro-o na cozinha junto com Andrew que, por incrível que pareça, me deixou em paz, eu ainda não me sinto confortável em confiar nele, parece que ele está mais interessado em destruir o Justin do que me ajudar.

— Zara — Andrew diz animado ao me ver. Ele me abraça e passa a mão por minha barriga. — Trouxe chocolate pra você, me falaram que grávidas adoram chocolate — fico sem reação.

— A Zara adora tudo! — Justin ri. — Ela me fez ir atrás de Nutella de madrugada semana passada — fico envergonhada. Não tem nada pior que os meus desejos. Quando tenho desejo, fico tão ansiosa que como até as minhas unhas. Andrew sorri junto com Justin.

— Obrigado, Andrew — digo, recebendo sua caixa de chocolates em formato de coração. O celular de Justin toca e ele atende, sei que é Richard pela sua cara de insatisfação.

— É meu pai, vou ter que ir à casa dele. Volto em meia hora. Andrew, tem algum problema em esperar? — ele pergunta.

— Pode ir, eu espero.

Justin sai com pressa, deixando-me sozinha com Andrew.

— Senta aqui — diz, apontando para a cadeira ao seu lado. — Precisamos conversar.

— Pode falar.

— Desculpa — ele começa. — Eu fui um idiota com você, não deveria ter te pressionado daquela forma.

— Está desculpado. Você pode ser mais sincero comigo? Por que destruir ele virou um objetivo tão grande pra você?

— Conheceu a Ane? — Ele me pergunta.

— Sim.

— Ela era minha prima, estudamos todos na mesma escola. Eu, Lúcio, Justin e Ane. Lúcio e Ane eram mais velhos então estavam um ano na nossa frente. Eles eram inseparáveis no ensino médio. No último ano do ensino médio, Justin teve uma crise de ansiedade e foi procurar minha ajuda, ele disse que o pai estava agredindo a Melissa. Eu tentei acalmar ele e disse que nós poderíamos ligar para a polícia, então ele entrou em desespero dizendo que não podia se não o clã os mataria. Pode imaginar que eu não entendi nada, então ele me explicou, eu demorei para acreditar naquilo, então eu pesquisei mais e comecei a observar como as coisas funcionavam na casa dele, um dia, eu consegui ver as costas da Melissa e tive certeza que era verdade. Eu apenas ignorei aquilo porque ele implorou para nunca falar nada para ninguém e que se fizesse, eu poderia morrer.

A escolhida. [amostra]Onde histórias criam vida. Descubra agora