Parte 01 de 02

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©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.

***

Derek Hale terminou de esfregar as mãos sujas de graxa com o pequeno trapo encardido e o jogou no chão. Deixou os olhos verdes analisarem bem a , satisfeito com o resultado.

Acabara de limpar o motor. O próximo passo era polir a lataria vermelha, deixando-a ainda mais brilhante. Aquele veículo era seu orgulho, tinha tanto cuidado com a motocicleta quanto teria com um membro de sua família. Okay, aquilo era exagero. Mas o rapaz realmente gostava da moto de primeira linha.

Inclinou-se para pegar uma garrafa de whisky que já ia para menos da metade. Não bebera tudo no momento, tinha dado algumas goladas apenas, para acompanhar o clima quente da noite californiana. Um clima tão quente que o obrigara a tirar a camiseta branca e ficar apenas de calça jeans rasgada em algumas partes, deixando os músculos definidos e bem trabalhados a mostra.

No dia seguinte Derek planejava participar de um racha, apesar da prática ser ilegal, por isso precisava da Ducati em perfeitas condições. Não houvera tempo hábil durante o dia, com a correria da faculdade. Como alternativa restara passar parte da noite de sexta-feira colocando seu bebê em ordem.

Olhou em volta procurando a lata com o lustrador para polir a lataria. Viu uma lata vazia e aberta sobre uma das prateleiras. Com uma careta a pegou e jogou no latão de lixo. Sorte que tinha uma reserva. Nesse caso, teria que olhar no porão, onde Derek escondia suas coisas, para que ninguém mexesse. Os outros moradores da mansão evitavam o porão: lugar mais bagunçado de todos. Um ótimo esconderijo.

Pegou apenas a garrafa e saiu da garagem, dando a volta na grande casa e entrando pela cozinha. A via de acesso ao porão ficava ali. Mal abriu a porta, acendeu a luz e desceu os poucos degraus. Derek já se arrependeu: a bagunça era enorme. Não compreendia como cabia tanta tranqueira por ali!

Respirou profundamente. Seu esconderijo secreto ficava mais ao fundo. Uma lata de cera para motos novinha em folha guardada dos outros moradores.

Colocou a garrafa de whisky sobre uma ilha de caixas de sapato e começou a fuçar em uma pilha de revistas velhas. Lembrava-se de ter guardado por ali.

Foi então que ouviu som de vozes exaltadas, em seguida passos apressados e um barulho alto, que pareceu muito com o de alguém caindo, principalmente pelo gemido que veio depois. A porta bateu e as vozes se foram.

Tudo o que restou foi o silêncio entrecortado por pequenos gemidos.

Curioso, Derek passou pela bagunça e foi ver o que estava acontecendo ali, sem esquecer de pegar a garrafa de bebida, claro. Para sua surpresa descobriu um rapaz desconhecido levantando-se do chão, onde aparentemente havia caído.

– Ei, está ferido? – soou preocupado de leve.

A pergunta fez o garoto dar um salto de susto e afastar-se para trás até bater as costas contra a parede. Os olhos castanhos arregalados de leve eram prova de que estava um tanto assustado. Apesar disso ergueu as duas mãos fortemente cerradas em punho, em uma posição estranha.

– Não se aproxime – ele falou estreitando os olhos de modo pouquíssimo ameaçador – Eu luto karate!

Derek apenas levou a garrafa aos lábios e deu um gole na bebida. Observou o desconhecido longamente. Ele vestia uma camisa xadrez aberta que exibia uma camiseta de algum super herói qualquer que Hale não reconheceu. Os cabelos escuros estavam arrumados em algo que deveria ser um topete. Apenas deveria. O rosto pálido era simpático, no fim das contas. Toda a situação, apesar de inusitada, divertiu Derek. A única coisa que não combinava era a marca avermelhada ao redor do olho esquerdo, como se ele tivesse levado um soco. Em pouco tempo aquilo estaria em um tom de roxo terrível.

Inesperada Interação (Sterek)Onde histórias criam vida. Descubra agora