Capítulo 11

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Peter Evans' Pov

Olho para a carta mais uma vez depois de lê-la. Me pergunto: como ela conseguiu guardar essa carta nessa gaveta? Diana era uma caixinha de segredos e surpresas. Sempre imprevisível. Até mesmo no dia de nosso casamento fiquei com medo dela falar não. Ou eu que sou inseguro em relação as pessoas que amo. A campainha tocou. Fui atender. Quem estava me esperando era um carteiro. Parecia ter uns cinqüenta e cinco anos. Estranhei. Normalmente, eles não vem até a porta para entregar algo.

- Boa noite.

- Boa noite. - respondo.

- Peter Evans?

- Sou eu. - ele confere alguns envelopes e pega uma caixa. Depois me entrega. - obrigado, tenha uma boa noite. - então ele se vira e sai.

Fechei a porta e coloquei os envelopes e os pacotes em cima da mesa.

Contas, contas, contas, cartas dos meus irmãos... cartas dos meus irmãos?!

Olhei surpreso para os envelopes. Conferi o nome do remetente do ultimo envelope e sorri ao ver o nome do meu pai. Olhei para o pacote e vi o nome da minha mãe. Fiz um "uni-dê-ni-tê" para escolher qual abria primeiro, mas eu sempre recomeçava. Então, decidi começar em ordem. Do mais velho para a mais nova.

"Oi filho.
Faz tempo que nos falamos. Espero que Seattle seja ótima. Você merece toda felicidade do mundo. Saiba que sempre que precisar, sua família estará aqui. Pode nos ligar e escrever quando quiser. Sua mãe fechou negócio com uma estilista. Agora, cuido da empresa de seu avô materno e ela tem uma loja junto com Claryce Goldstein (a estilista). E adivinha? Um de seus irmão vai ser pai! Eu não consigo acreditar nisso. Sua cunhada, Helene, está grávida a dois meses. Esperamos que tudo ocorra bem.
Um abraço de seu querido pai.
Te amamos."

Eu realmente não consigo acreditar nisso. Vou ser tio. Dei um sorriso bobo.

Deixei para abrir o pacote por último e abri a carta de Nathan.

"Hey, Peter!
Espero que esteja melhor do que a ultima vez que o vi. Se ainda não leu a carta de nosso pai, quero lhe anunciar que Helene está grávida. Pois é, consegui meu primeiro filho (ou filha). Estou torcendo para ser um menino. Não quero filas de garotos na frente de casa. Pois eu sei que se for uma princesinha, vou envelhecer mais rápido. Seria ótimo ser um menino depois uma menina. O contrário também seria bom, assim, o garoto contaria tudo para mim. Bom, de qualquer jeito, seremos felizes!
Um abraço de seu irmão Nathan."

Nathan sempre foi o mais ciumento da família. Ele tem ciúmes da mãe, das irmãs, da Helene (o.k., essa parte tudo bem, ela faria qualquer homem feliz... Mas será que ela seria feliz?), ele tinha ciúmes das ficantes, das amigas coloridas e das namoradas. E eu torço para que ele nunca tenha uma filha. Ou eu vou morrer de tanta dó... Da menina, é claro.

Abri a carta do segundo gêmeo. Esse é mais tranquilo.

"Como está sua nova vida? Espero de coração e alma que tenha superado sua perda. Cara, você não acha o Nathan meio apressado? Tipo, ele é mais novo que você e já vai ser pai. Você tem 26 anos e está levando uma vida... Normal... E eu pareço um adolescente. Literalmente. Preciso de conselhos. O que você fez pra conquistar a Diana? Responda o mais rápido possível! Estou cheio de novidades, mas são muitas. São tantas que não vão caber aqui se eu for escrever todas elas. Então vou te deixar curioso e te contar só mês que vem.
Um abraço!
Miguel"

Concordo Miguel, você parece um adolescente.

Peguei a carta da primeira trigêmea. A mais "atrevidinha".

New Life, New LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora