O primeiro problema

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A campainha acabara de tocar. Todos os alunos da turma 9ºE saem da sala de aula e até a professora sussura para si própria "finalmente".

Todos menos Constança que quis falar com a professora quando já todos tinham saído.

-Professora, desculpe.

-Diz querida, diz. Estás com alguma dúvida, algum problema?

- Eu só queria que a senhora professora me emprestasse o seu livro para eu ir tirar fotocópias. Assim não incomodo os meus colegas e poderei passar a tarde na biblioteca com algo para fazer.

- Sim, eu impresto-te o livro, não o meu como professora claro, mas tenho aqui o para aluno.

A professora dá o livro á Constança e diz-lhe o devido caminho para a papelaria. 

- Eu vou andando Constança, se quiseres podes ficar aqui na sala ou ir já tirar as fotocópias. Tens é de me dar o livro hoje depois de almoço. Estou na sala de professores apartir das 14:20. 

Constança diz que sim abanando a cabeça.

- E toma. Fecha a sala com esta chave quando saires. Espero que te sintas priveligiada porque eu não daria uma cópia da chave da sala a um aluno qualquer. - declarou a professora.

Constança aceitou a chave mas ficou um pouco surpreendida porque afinal ela só estava ali á 95 minutos e a docente já tinha total confiança nela.

A professora saiu e 5 minutos mais tarde saiu a Constança. Passou pela porta a olhar para o relógio, o intervalo era de 25 minutos e quase 10 já tinham passado.

Estava a descer as escadas e notou que alguém lhe tinha tocado nas costas. Sentia uma sensação de perseguição talvez. Mas continou na sua direção para o pátio.

Passou pelas portas o pavilhão e levou com uma garrafa de água em cima. Estava ela ali sem professores nem ninguém que a pudesse ajudar.

Naquele momento estava enxarcada, e como ela, a chave, mas a chave ainda era o menos, agora o livro da professora, com as páginas todas aguadas. Como é que ia explicar isto?

- Oh Menina! Ahahah. Que chave é essa? Podemos saber? - apareceu atrás dela o Joaquim com a garrafa de água vazia.

Mas o Joaquim não estava sozinho. O Marco, o Manuel, até o Miguel do 12º ano estava a preparar para se meter com a Constança.

Constança olha para o Joaquim e pela primeira vez solta algumas palavras.

- Porquê que me fizeste isto? Eu não te fiz nada, nem te conheço. Eu nunca vos fiz nada. 

Eles riem-se. 

- Não foi isso que a gente perguntou, menina sábia. - disse o Manuel chegando-se a Constança e impurrando-a.

- Não me toques. Deixem-me em paz. Vocês estragaram o livro da professora. Eu só queria ir tirar fotocópias. - diz Constança.

- Deixa-me adivinhar! Vais fazer queixinhas á storazinha, oh estamos cheios de pena. Mas já que és tão inteligente, de certeza que não precisas de livro. Ou precisas? - disse o Marco.

- Não, espera Marco.  A criançinha ainda não nos disse que chave é aquela. - diz o Joaquim.

- Então não se vê logo. Deve ser a chave da casinha de bonecas. Ahaha! - diz o Miguel 

- O que vocês estão a dizer? É a chave da sala de aula. A nossa diretora de turma têm confiança em mim. - responde a Constança.

-  O quê? Ouviste isto Manel? Ela têm a chave da sala, meu. Miguel, és o mais velho, por isso, sabes o que tens de fazer. - diz o Joaquim.

- Vou te violar, miúda! Ahahaha! Anda cá e passa essa merd* se não vai haver chatices. - diz o Miguel aproximando-se da Constança agarrando-a pelo braço.

Constança torçe a mão de Miguel num instante e Joaquim que lhe tenta tirar a chave leva um impurrão que quase que cai no chão. Marco e Manuel não sabem o que dizer ou fazer. Ficam todos surpreendidos.

- Não tenho tempo para vos aturar rapazes com um cérebro do tamanho de uma noz. 

Constança começa a andar rápido e vai logo se refugiar na biblioteca onde aí ninguém lhe podia fazer mal.

Aí ela pensou em como aquelas mini-aulas de defesa pessoal que teve quando tinha 10 anos lhe deram jeito.

Faltava um minuto para tocar ela olhou para trás e assustou-se ao ver tudo molhado, ela tinha enxarcado a biblioteca pois tinha o cabelo e a camisola a pingar.

A funcionária mal viu, não olhou para Constança, simplesmente para o chão. E quando a Constança pensava que estava metida num grande sarilho. Não aconteceu nada. Simplesmente a funcionária pegou num pano e limpou o chão num instante.

Constança estava escondida atrás de uma prateleira e secou o cabelo com uns lenços que ela trazia nos bolsos, tentou não mostrar muito a camisola molhada e saiu da biblioteca quando nenhuma funcionária a estava a ver.

Feito. Primeiro intervalo concluído. Dizia ela mentalmente.

Tinha acabado de tocar. Ia ter ciências agora. 

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Mais um capítulo desta minha recente obra. A sobre-dotada. Espero que estejam a gostar e esperem mais e mais capitulos! 

Não se esqueçam de espreitar a minha mais recente obra, um estilo de diário de um rapaz.

E continuar a acompanhar a Vanina e Pietro, o meu clássico :)

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A sobre-dotadaWhere stories live. Discover now