Autora:
Olá! Aqui quem vos fala é Valentine Flame, a autora de "Pequena Guerreira, Grande Anjo". Esta pequena coletânea será diferente da outra história. Se trata de histórias de terror. Espero que gostem!Olá, meu nome é Anny e eu tenho 15 anos. Hoje, contarei a história da morte de minha melhor amiga, Dara, que morreu no mês passado e a minha história. A história de como me tornai o que sou hoje. Dara deixou uma espécie de diário bem estranho que repassarei para vocês, leitores, para que tomem conhecimento dos fatos que acontecem todos os dias e que muitos de vocês dizem que são apenas lendas urbanas e "histórias para boi dormir". Bom, digo que não são.
Primeiramente, contarei um pouco sobre Dara. Ela era um pouco diferente, adorava história de terror e tinha uma curiosidade enorme na história de um suposto serial killer chamado Jeff The Killer. Eu nunca acreditei naquele cara, para mim não era real. Até o mês passado. Dara sempre desligava as câmeras de segurança, alarmes, rede Wi-Fi, computadores, celulares e toda a tralha tecnológica que pudesse ser rastreada de qualquer forma para contar suas histórias sobre Jeff. Outra coisa bem estranha era que ela me fazia ficar trancada no banheiro, com as luzes de toda a casa apagadas enquanto fazia alguma coisa nas portas e janelas. Achava que era apenas uma superstição ou algo do tipo, então, da última vez que ela contou a história, falei para ela parar de frescuras e contar de uma vez. Ela insistiu, mas eu disse que não precisava e Dara acabou se convencendo a não fazer nada. Isso foi no dia da morte dela. O pior dia da minha vida, que era para ser uma data feliz. Meu aniversário. Agora, contarei sobre a trágica morte de minha amiga.
Estávamos em meu quarto, comendo pizza e bebendo refrigerante, conversando sobre coisas que nós sempre conversávamos enquanto assistíamos ao filme "Nightmare Time", nosso filme favorito.
"Anny, descobri mais coisas sobre o Jeff!" Exclamou Dara, animada. "Mesmo? Quais?" Perguntei curiosa. Adorava as histórias dela. "Ok. Mas primeiro, desliga as coisas.". Foi aí que começamos a discutir. Depois que minha amiga concordou em deixar tudo como estava, tranquei a porta e ela começou. "Bom, eu descobri a história dele com detalhes. Jeff era um garoto normal e feliz que morava com seus pais e seu irmão mais velho. Eles viviam em paz numa casa no interior, mas tiveram de se mudar para outra cidade. Até aí tudo bem. No primeiro dia de escola, um grupo de garotos abordou Jeff e seu irmão, pedindo o dinheiro que eles tinham. Os garotos estudavam na mesma escola que os irmãos, pelo que eu me lembro, mas enfim... Obviamente Jeff e o irmão não quiseram dar o dinheiro, afinal, é dinheiro. Mas ao que parece, o grupo não gostou muito da resposta. Quando os garotos se prepararam para atacar os dois, Jeff sacou um canivete, agora não lembro se ele pegou de um dos seres da gangue ou não, e matou quase todos, menos um. Ele se sentiu estranho após fazer isso. Ele gostou. Amou a sensação de matar e..." Naquele momento, ouvimos um barulho na porta da frente. "Ué, seus pais estão em casa?" Perguntou Dara. "Não, estão viajando. O vento deve ter aberto. Vamos lá fechar." Nos levantamos e, quando chegamos, a porta estava escancarada. Fechei e tranquei, mas o estranho era que eu me lembrava de ter trancado. Dei de ombros e voltamos para o quatro.
"Certo, continuando. Jeff gostou da sensa...". Ela parou. Ouvimos um sussurro baixinho vindo do banheiro do meu quarto. 'shhhhh', dizia a voz.
"Que droga, Anny, eu disse para desligar tudo! Eu disse! Agora ele está aqui! Ele está aqui!" Gritou minha amiga apavorada, escorando na parede. "Dara, para com isso, você está me assustando!" Exclamei.
"Tsc, tsc, tsc... É verdade, querida... Você deveria ter ouvido sua amiguinha..." Um homem alto com o rosto deformado saiu do banheiro, acompanhado de uma mulher de olhos totalmente negros. A pele dele era branca e enrugada, não tinha pálpebras e o pior: o sorriso. Um sorriso horrendo e doentio que fora rasgado em seu rosto. "Por que você não vai dormir? Go to sleep" ele sussurrou de novo. Jeff passava os dedos pelo meu rosto e as lágrimas escorriam sem parar. Estava apavorada.
"Não. Don't go to sleep. Jeff, vamos matar as duas?" Perguntou a mulher. O assassinos assentiu afirmativamente e pulou em minha amiga. "Espere, querido. Vamos deixar esta aqui viva. Como nossa mensageira. Para contar ao mundo que somos reais." Disse novamente. Jane. Esse era o nome dela. Jane. Dara sempre falava dela. A esposa de Jeff. "Certo... Então é a sua vez, garotinha... Que honra maior do que ser morta por Jeff?!" Ele soltou uma gargalhada e sacou um canivete. "Este pequeno instrumento fez minha primeira vítima." Ele falou. Pegou a mão de Dara e começou a arrancar a pele das mãos da garota. Ela berrava e chorava. Jane me segurava com força, de modo que eu não conseguia me soltar. Fechei os olhos e virei o rosto, chorando. "Não, não, queridinha. Don't go to sleep... Quero seus olhinhos bem abertos para ver sua querida amiga. Aposto que ela adoraria ter você em seu último dia". Ela abriu meus olhos com a mão e segurou minha cabeça. Eles eram loucos. Doentes.
Jeff esfolava os dedos de minha amiga enquanto ela chorava. O sangue escorria pelas mãos de Dara. A carne e os ossos da menina estavam expostos, mas suas unhas ainda estavam nos dedos. "Shhhh... Silêncio..." Jeff sacou a função de alicate de seu canivete e começou a arrancar as unhas da garota lentamente. A cena era simplesmente terrível. "Agora, pequena garota, vamos tirar estes dedinhos daí?" O assassino ria e sua mulher o acompanhava. "Um, dois, três, quatro, seis, sete, oito, nove e dez... Aprendeu a contar?" "DARA!!! DARA!" Gritei. Não aguentava ver minha amiga daquele jeito. Me desprendi das mais de Jane, mas a mulher era mais rápida. Ela me segurou novamente e pegou uma pequena faca, passando-a pelo meu rosto. "Não... Não faça isso, pequena garotinha. Não me abandone... Fique comigo..." O sangue escorria pela minha maçã do rosto e caía na minha blusa.
A esposa de Jeff virou meu rosto e abriu meus olhos novamente. Dara olhava para as mãos sem dedos desesperada enquanto Jeff ria insanamente. "Isso é perfeito! Fascinante! Fascinante! Seus olhinhos com esse brilho de desespero realmente me contagiam... Seria uma pena se... Opa" Jeff enfiou a ponta do canivete na base do globo ocular de minha amiga e arrancou seu olho. Dara gritava alto e desesperadamente. As lágrimas escorriam por meu rosto misturadas ao sangue que escorria. O homem repetiu o processo no outro olho. Livrei minha cabeça novamente e olhei fixamente para Jane. Seu rosto não era real. Era uma máscara. Meus olhos encontraram os da mulher e eu a olhei com ódio. Sentia tudo dentro de mim queimar. "Que bonitinha... Ela está me olhando como um cachorrinho sem dono... Mas eu quero que olhe para sua amiga. E você vai me obedecer, por bem ou por mal. Se eu tiver que usar métodos piores, não tenha dúvida que eu o farei." Ela disse, com a voz áspera. Minha cabeça foi forçada para a direção de Dara novamente. Seu rosto estava quase completamente coberto por sangue. Ela não tinha mais olhos. Estava viva, mas era apenas uma carcaça. Ela gritava alto. Muito alto. Se pudesse chorar, não tenho dúvida que choraria.
"Traga a outra aqui, querida. Quero que ela dê um fim nisso." Disse Jeff, me encarando de uma maneira horrenda. Seu rosto era repulsivo. Não por ser completamente branco ou sem pálpebras, mas pela expressão desumana que havia nele. Jane me arrastou para perto de Jeff, que me entregou o canivete. "Vai. Mate-a". Olhei para o assassino e disse, com a voz trêmula e entre soluços: "Não. Não. Por favor, não". "MATE-A! NO FUNDO VOCÊ SABE QUE QUER ISSO!" Ele gritou. Estava louco. "Não...". "MATE-A!" Olhei pela última vez para Dara. Ela sofria. Não aguentava ver aquilo. Peguei a arma das mãos do agressor e a ergui, apontando para o coração da garota. "Mas antes, você deve dizer 'Go to sleep'... Vamos, não me decepcione" olhei com os olhos marejados para Jeff e disse, entre os soluços "Go... To... Sleep" e cravei o canivete no coração de minha amiga.
Foi assim que Dara morreu. Eu a matei.
"Isso... Isso mesmo... Mas nós precisamos torná-la bonita como nós." Observou Jeff, olhando para mim. Sua expressão era pensativa. Estava com medo. Levantei apressada e corri para o banheiro. Tranquei a porta e me encolhi no canto do box. Estava apavorada.
"Ah, queridinha, não torne as coisas mais difíceis" disse Jeff, chutando a porta.
Sentia cada músculo do meu corpo tremer.
"Vamos, abra a porta! Não precisa ser tímida!" Exclamava Jane.
Eu chorava desesperadamente.
Ouvindo trinco se quebrar e a porta abriu lentamente, revelando o assassino. Ele trazia um galão. Me encolhi ainda mais.
"Chegou a hora!" Ele cantarolou.
Jeff abriu o galão e atirou-me o líquido. Senti minha pele queimar. Era água sanitária. Me debatia no chão e gritava. Gritava muito. Minha pele ficava vermelha e depois esbranquiçava. Sentia cada centímetro de minha epiderme ir embora.
"Pronto. Agora precisamos levá-la para casa". Foram as últimas palavras que ouvi antes de desmaiar de tanta dor.
YOU ARE READING
História de Terror
HorrorNesta pequena coletânea, contarei histórias inventadas por mim e já existentes. Espero que gostem. Durmam bem.