Capitulo 9: A luta!

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Mesmo buscando a Deus, as coisas nunca foram fáceis pra nós. Principalmente neste início. Buscamos emprego, íamos de entrevista em entrevista. Mas nenhuma porta se abria. Então fazíamos bico, já que não tínhamos nenhuma formação técnica e nem acadêmica, fazíamos o que podíamos: comecei a fazer unhas, maquiagem, penteado, garçonete, limpeza. Tudo o que pudesse eu pegava. Assim meu marido; pegava o que encontrava pela frente. E graças a Deus nada nos faltou. Sempre foi uma luta! Mas como diz nas escrituras sagradas: "No mundo tereis aflições, mas estarei sempre contigo!"**
Minha mãe estava piorando a cada dia. E por isso, minhas buscas por Deus aumentavam. Pedi a meu marido que fôssemos procurar uma igreja, pra não nos afastar de Deus.
Começamos a ir em uma igreja no bairro em que morávamos. Era próximo da casa de minha sogra. E foi uma benção. Nos acolheram como se fôssemos da família a muito tempo.
Nunca vou esquecer do que aconteceu naquele Mês de Junho. Foi a Copa do Mundo na África do Sul. E por mais oração que eu pedia e fazia para a minha mãe melhorar, mais ela piorava. No dia 05 deste mês, foi a última vez que falei por telefone com ela. É a data de aniversário do meu marido. Ela parecia bem, conversou conosco. Eu acreditava que tudo poderia ser mudado. Lá pelo dia 10 de julho, no meio de uma dessas orações, Deus falou diretamente comigo. No meu coração.
De início eu me assustei, mas com o decorrer do tempo Deus foi acalmando meu coração. E me falou: - Filha, não ore mais pela saúde de sua mãe! Peça pela minha misericórdia, para que não sofra mais.
Mas como??? Não queria aceitar! Minha mãe só tinha 69 anos. Achava muito nova pra morrer. Ainda tinha tanto pra viver. Queria vê-la mais uma vez. Abraçá-la e beijá-la mesmo que fosse por uma ultima vez.
Só que não eram esses os planos de Deus. E no dia 24 de julho de 2010 minha mãe morreu. Me lembro como hoje, foi um dos jogos do Brasil. E naquele dia não teve graça pra mim. Nada. Nem a comida e nem a bebida. Chorei muito. Doeu muito. Quando descubro em minha mãe o amor de mãe e filha, perco num piscar de olhos.
Foi a segunda vez que Deus falou comigo! - Foi melhor assim!
Mas pra mim não foi. Sei que era egoísmo querer ela viva mesmo sofrendo. Mas eu queria ela bem, saudável, mesmo encrencando como somente ela encrencava, mas queria ela viva.
Sentia como se não tivesse chão de baixo dos meus pés.
Porém sentia a presença de Deus. Ele estava comigo fosse onde fosse.

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