City Of The Fallen Angels

Capítulo 1

EMMA P.O.V

Estava fitando o teto e imaginando se o meu primeiro dia de aula seria como os outros. Digo, sinto algo desta vez. Algo inexplicavel, como se minha vida fosse mudar... não sei se pra melhor, talvez não.
Ver minha melhor amiga Carly Thompson vai ser um tanto divertido, porém, não aguento mais ouvi-la dizer como foi divertida a viagem para o México durante as férias, ou vê-la babando pelo bando de testosterona do time de Lacrosse. Na verdade, ela baba pelo Taylor Caniff, e tem uma paixão platônica pelo nosso melhor amigo Shawn Mendes. Mas bem, não estou aqui para falar de Carly e suas paixonites temporárias.

Vou falar sobre mim, me chamo Emma Violet, e tenho 16 anos e moro em uma cidade pequena chamada Thelost, nos EUA, é uma cidade estranha e repleta de misterios e pessoas misteriosas. Minha vida está um verdadeiro caos desde que minha irmã Tessa Violet de 15 desapareceu faz nove meses, ela não deixou nenhum bilhete, nenhuma pista de onde ela possa estar. Não sabemos se ela fugiu, ou se ela foi sequestrada ou se ela se perdeu. Nem sabemos se ela está viva. E pra piorar está situação, minha familia acha que eu estou enlouquecendo, e eu também.
Desde o desaparecimento de Tessa eu começei a ver coisas, vulto, sombras. Não consigo mais dormir pois sinto como se estivesse sendo observada, tenho pesadelos todas as noites, e meu maior medo tornou-se dormir. É estranho, eu sei... as vezes me olho no espelho e vejo uma garota desesperada e paranóica. E acho que todos vêem o mesmo.

Dou um pulo de susto na cama ao ouvir meu despertador apitar, olho para o criado mudo do lado da cama e observo o relógio, são 5h00 da manhã. Me sento na cama e calço minhas lindas pantufas de coelho, me direciono ao banheiro e me olho no espelho. Minha aparência está horrível, estou com olheiras extremamente visiveís, e provavelmente vou ter que gastar todo o meu corretivo pros meus pais não perguntarem o porque de eu não ter dormido.
Ligo a banheira na água quente e me dispo enquanto a mesma enche. Entro na banheira com água quente e fico brincando com as espumas. Tento imaginar oque Tessa pode estar fazendo se ainda estiver viva e suspiro. Encosto a cabeça na banheira e me afundo na água com os olhos fechados. Quando o pesadelo vem a tona na minha mente.

"- Corra, Emma! Não pare de correr! - Ele dizia enquanto me perseguia - Não olhe para trás, Emma, corre!

Continuei correndo, estava confusa. Era como se ele tivesse que me alcançar, mas não pudesse. Como se estivesse sendo controlado.

- Eu posso te ajudar...

- Não, você não pode! Se você parar de correr eu te mato! - Ele disse e eu começei a correr mais rápido, enquanto ele me perseguia.

Continuei correndo até chegar em um local cheio de árvores, e havia neve... muita neve.
Parei de correr ofegante e exausta, olhei para trás e não o vi. Ele havia sumido. Olhei em volta, e engoli em seco. Ouvi barulhos de passos e vi um vulto ao olhar para o lado.

- Alguém? - Exclamei - Nash?

Ouvi um barulho atrás de mim e quando me virei fitei Nash assustada. Suas pupilas estavam dilatadas, e seus olhos azuis marejados e avermelhados, ele tremia... não de frio, conseguia ver o medo no seu olhar.

- Me desculpe... - Sussurra.

- Nash... - Digo baixinho e ele anda em minha direção me prenssando em uma árvore - Nash... por favor...

- Me desculpe... - Ele disse antes de enfiar a adága na minha barriga - Eu te amo muito, Emma.

Eu sabia que aquilo era mais doloroso para ele do que para mim."

- Emma! - Minha mãe exclama.

Arregalo os olhos e saio de baixo da água respirando fundo e passando a mão nos olhos.

- Querida, você está bem? - A voz doce de minha mãe tinha um tom de preocupação.

- Estou bem. - Fungo e a encaro sorrindo.

- Emma, eu...

- Mãe, eu estou ótima. - A interrompo e ela assente.

- Tá... tudo bem. - Ela diz - Carly deixou um recado na secretária eletrónica dizendo que vinha te buscar seis e meia.

- Tudo bem. - Abaixo a cabeça e minha mãe suspira.

- Querida... - Ela estala a língua no céu da boca e passa a mão em meu cabelo molhado -...vamos encontra-la.

- Eu sei... pode me deixar terminar meu banho? - Digo sem encara-la.

Ela apenas suspira e sai do banheiro lentamente fechando a porta.
Deixo uma lágrima escapar e me encolho em posição fetal na banheira.
Ultimamente no banho eu choro mais que canto...