Capítulo quinze, sobre nomes

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Podem ser apenas palavras.

Ou não.


Porque palavras nunca são apenas palavras.

Elas são como bactérias infecciosas que têm o péssimo hábito de se infiltrarem em seu cérebro e te convencer a fazer coisas estúpidas.


Mas pode ser pior.

Elas podem entrar em seu coração e te fazerem acreditar não só em coisas estúpidas, mas dolorosas.


Eu estou falando a verdade.

Não fui eu, juro.

Eu te amo.


Anjo.


É isso que dá colocar armas poderosas na boca de humanos estúpidos.

Eles mentem.


Mentem, manipulam, e então continuam suas vidas inúteis como se nada tivesse acontecido.


Só que a bactéria infecciosa já está ali, corroendo a carne, fazendo aquilo doer. Latejar.

Sangrar de forma invisível, encharcando tudo em que toca com uma tristeza patética.


Anjo.


E te enlouquecendo a ponto de te fazer achar que pode ser verdade.

O homem que me chamava de anjo [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora