Eu tinha apenas seis anos, quando meu mundo desmoronou... o fogo teve boa parte na culpa. porem, eu sei que o unico culpado da historia sou eu...
nascido em uma familia pobre, era comum nos reunimos em famila toda noite após o jantar para conversamos sobre como foi nosso dia. meu pai irrefutavel e Autoritario foi o criador dessas reunioes. Minha mãe sempre começava, logo depois de lavar a louça do jantar. meu irmâozinho de dois anos de idade apenas brincava com seu brinquedo favorido e unico brinquedo que tinha: um miniatura de carro cor de plata, que de meu avô, passou para o meu pai, do meu pai, passou para mim, e de mim foi para ele. Eu ainda ainda sentia muito ciume do brinquedo, porem eu me consolava em saber que iria ganhar um carrinho de controle remoto, conforme meu pai prometera. meu nome nao é o necessario agora, mas sim a minha historia._pai, por que nao podemos roubar as coisas que são dos outros?
Meu pai de inicio, logo soube que aquela nao era uma pergunta objetiva, pois estava ciente de que havia ensinado a mim por diversas vezes que a honestidade é algo que cada pessoa deve ter, nao importa classe social ou outra referencia.
_Nao, entendo sua pergunta filho! sera que eu ja nao lhe disse que a honestidade deve ter em cada pessoa?- disse meu pai, enquanto com uma pausa, começava a torcir sem querer.
_por que a pergunta meu filho? - disse minha mãe.
logo de inicio nao me concentrei na pergunta da minha mãe, pois o que me preucupava era como meu pai nao parava de torcir.
_tudo bem pai?
_sim, estou bem meu filho.
_nao se preucupe jean! papai esta bem!
Meus pai tentavam me enganar de qualquer forma, pois ja levavamos uma vida pobre e triste. mas eu nao era mais inocente, eu ja conseguia entender que alguma coisa estava errada. sem falar que uma outra vez eu ja teria visto como ele chorava e pedia para que minha mãe cuidasse de mim. sim, eu sabia que meu pai estava doente!
_ Tenho que me deitar, o que eu preciso nesse momento é de um cochilo - disse meu pai ja se levantando e se deitando na rede que costumava ficar no canto do nosso barraco. - vá se deitar tambem jean! ja é tarde, amanha conversamos mais.
_ mas estou sem sono pai!
_ vamos filho obedeça! amanha sera um novo dia, em que vamos brincar pra valer! - disse minha mãe me fazendo cocegas como toda noite e me levando nos braços até meu colchao de borracha que nos encontramos no lixao bem perto da nossa cabana.- boa noite filho, ate a manha! - e se despediu com um beijo na minha testa, conforme fazia toda noite.
mesmo sem sono eu consegui durmir....
No meio da noite acordei mastigando os dentes de tanto frio. olhava para um lado e para o outro e enxergava apenas meu pai roncando sua respiraçao, minha mãe eu nao consegui ver...
porem o frio era insurpotavel, e eu nao sabia como me livrar. me levantei com os pes discalsos e colequei sobre o chão-terra e fiquei parado, me tremendo de frio,
naquela cabana, a noite eramos iluminados apenas por uma lamparina, que ficava em cima da mesinha enpoeirada.
de repente veio na cabeça uma ideia.me recordei que havia um livro com alguns pedaço de compensados. entao eu rasguei o livro, coloquei os compensados sobre ele e atirei querosene sobre ele e risquei os fosforos e começou a pegar fogo. naquele momento um vento forte entrou na cabana, onde o fogo veio contra o meu rosto, e eu atirei a querosene sobre o ar onde se espalhou pelo chao e o fogo começou a consumir.
meu pai ainda dormia, e o fogo ja estava em toda a cabana. eu conseguia ouvir os gritos do meu irmao, enquanto o fogo tomava conta dele.
naquele momento eu sai da cabana e do lado de fora entrei em desespero. nossa morada era num lugar que dificilmente passava alguem por ali, mas eu continuava gritando e chorando pelas ruas.
de repente um carro vermelho passa e estaciona bem perto de mim.