Capítulo 12

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   Depois de conversarmos um pouco mais e de ouvir Jill falar sobre praticamente todos os seus amigos, além das festas que ia e as aulas que tinha, ela começou a parecer cansada.

- Acho melhor voltar para o quarto, o sol já nasceu e eu já devia estar dormindo. Agora que achei Adrian... – ela bocejou.

Nós levantamos e seguimos porta a fora, eu me sentia desperta, mas ia aproveitar o tempo para conseguir uma forma de falar com minha mãe e me adaptar aos horários.

- E então, como era a escola na sua cidade?

Eu mordi o lábio.

- Normal – eu dei de ombros.

- Não era mais rígida? Sempre tive a impressão de que a Rússia tivesse um sistema escolar mais rígido, como o Japão.

Eu pus as mãos para trás tentando não parecer nervosa.

- Não, para mim era normal...

- Até quanto tempo você frequentou a escola?

- Até os seis – eu disse numa careta.

Jill parecia impressionada.

- Nossa e depois você teve professores particulares?

- E depois minha mãe passou a me ensinar, eu morava distante da cidade. Era mais fácil assim.

- E por que você saiu da escola? Você não se adaptou ou...

Eu prendi meus lábios.

- Jill, acho que o sol está muito forte, tem algum caminho mais fácil para você?

Ela pareceu surpresa com minha mudança de assunto repentina.

- Sim, vamos por esse lado.

Nós andamos agora em silencio e eu agradeci silenciosamente por ter conseguido acabar esse assunto. Ninguém precisava saber que eu havia conseguido ser expulsa do jardim de infância. E muito menos o motivo.

Ela, assim como Lissa morava no centro da Corte e mais uma vez pude me impressionar com a arquitetura do lugar. Dessa vez do lado de fora, tudo era impecável e parecia medieval, mas menos assombroso do que a noite.

- Você vai se acostumar – me disse Jill.

- Eu duvido – eu disse e sorri para ela – Tenha um bom... boa noite?

Nos despedimos e ela entrou, eu estava começando a aprender as direções e os locais da Corte e consegui chegar até o bloco aonde estava hospedada.

Quando entrei, perguntei para a recepcionista, uma Moroi de cabelo castanho curto e feições finas, que se chamava Marlene algumas coisas e acabei descobrindo que havia um restaurante aqui mesmo no bloco, assim como algumas outras áreas e agradeci mentalmente por existir ao menos uma pessoa até agora que não sabia quem eu era. Depois subi para o meu quarto e me deitei na cama, me deixando deslizar para a mente da minha mãe, mas não consegui alcança-la e me senti frustrada. Meu celular ainda estava em um horário duvidoso e eu não tinha um notebook para pesquisar sobre esses horários, pensei no envelope com dinheiro que Abe tinha me dado. Agora o sol tinha nascido lá fora e eu poderia muito bem ir até uma cidade próxima e comprar um notebook para mim, além de dois despertadores, entre outras coisas começando a fazer uma lista mental. O problema era como eu iria.

Revirando os olhos para o que eu estava prestes a fazer, eu estava sentindo muita falta de ter documentos falsos e um carro para ir e vir aonde eu quisesse. Ajeitei meu cabelo, prendendo num rabo de cavalo e peguei minha mochila, saindo do meu quarto e indo até o de Abe. Quando levantei a mão para bater na porta, ela se abriu e de dentro saiu uma mulher humana de cabelos pretos e roupas casuais, ela me olhou e me deu um sorriso apatetado e logo atrás de mim apareceu um funcionário do hotel que a levou pelo corredor em outra direção. Eu fiquei encarando a porta entreaberta, até que Abe veio fecha-la em um roupão amarelo e dourado e então me viu.

Shadows of the past - VAMPIRE ACADEMY FANFICTIONOnde histórias criam vida. Descubra agora