Capítulo 11

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Capítulo 11

Mirna

-ÁÁÁ... GUUUAAAA....

Eu abri os meus olhos após ouvindo um ruído de vozes vindo distante.

-ÁÁÁ... GUUUAAAAAA....

A voz insistiu. Eu olhei para os lados e vi Francisca e Fabíola totalmente adormecidas em teus sonos.

Com atenção, eu caminhei sobre a cama e fui fora dela, passando entre os corpos de Fabíola e Francisca. Mesmo assim elas não conseguiram despertar.

Descalça, eu caminhei suavemente em direção ao corredor e o ruído de vozes aumentou.

-Áaa... gguuuaaaa...

Olhei em direção a porta aberta do quarto de Françoah, ele estava deitado em sua cama, com os olhos fechados, sacudindo a sua cabeça de lado a lado. O lampião aceso iluminava parte do seu dormitório.

Os meus pés atravessou a passagem, eu parei uma grande distância de seu leito. Françoah abriu os seus olhos com muito esforço e olhou em direção a minha sombra.

-ÁAAGUA...

Nesse período, eu entendi que ele estava com cede e desejava um pouco de água. Apressadamente eu corri até a cozinha e enchi uma caneca com água. Retornei ao seu quarto e me aproximei de sua cama. Ele segurou a caneca amparada por minhas mãos e bebeu toda a água.

Eu permaneci segurando a caneca vazia, o observando por um tempo. Verificando se ele precisava de mais alguma coisa. Vendo que tudo estava bem com ele. Eu tentei me afastar de sua cama. Eu pretendia fazer o meu trajeto de volta para a cozinha e depois para o quarto onde as meninas estavam dormindo.

Os meus olhos ficaram redondos quando as mãos de Françoah seguraram fortemente os meus pulsos e a sua voz rouca sussurrou.

-Fique aqui comigo!

Novamente os seus dedos comprimiram os meus punhos. Eu estava assustada. O seus olhos verdes me observaram com contemplação.

Eu não tive pernas e nem iniciativa para ir distante dali.

Alguma coisa me pretendia as margens de sua cama.

Vagarosamente as suas mãos subiram até a minha nuca e puxou o lenço de minha cabeça. Eu fiquei ainda mais apavorada. Agora eu estava diante dele com a minha cabeça exposta. Ele me observava completamente careca.

Imediatamente, eu tentei sair de seu domínio. Mas as suas mãos tocaram suavemente a minha careca e começou acariciá-la com respeito e adoração. Ele não se importava que eu fosse uma moça sem cabelo.

Françoah sorriu docilmente para mim, enquanto as suas mãos permaneceram afagando a minha cabeça e a minha nuca, desde então eu senti que as suas palmas traziam o meu rosto para junto do dele a cada instante.

Eu estava sentindo a sua respiração e o seu hálito.

Os meus olhos fecharam com lentidão assim que eu senti o seus lábios tocando os meus. Eles eram mornos, calorosos, macios.

O meu corpo tremeu como nunca havia estremecido antes. Os meus lábios nunca haviam colidido com outros.

Novamente eu abri os meus olhos, quando eu senti que os meus lábios estavam livres. Encarei o rosto de Françoah. Ele estava com os olhos fechados. Ele havia voltado a dormir.

As suas mãos estavam moles e jogadas sobre a cama.

Meio zonza, eu olhei para os lados, tentando sair dali às pressas, antes que ele acordasse ou que alguém acordasse e me visse ali. Eu agarrei o meu lenço, girei o meu corpo para o lado e tentei deixar o quarto às pressas, trazendo a caneca vazia em minhas mãos e também o meu lenço.

Contudo, encostei o meu corpo na parede do corredor e senti o meu coração batendo apressado.

Eu estava assustada, com medo, com felicidade, enfim, eu estava sonhando...

Aquele beijo havia mexido com os meus anseios.

Eu jamais imaginei que eu seria beijada nos lábios, que eu seria beijada pelos lábios quentes de Françoah Fergone.

Suspirei profundamente e apertei a caneca vazia contra o meu peito, eu estava tentando conter os meus sentimentos, as minhas sensações correndo através do meu corpo a cada vez que eu pensei de nosso beijo.

Que beijo...

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Ótima leitura e até o próximo capítulo.

Pet TorreS

O feitiço (Lágrima de Princesa,#1) Onde histórias criam vida. Descubra agora