Capítulo Único

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A noite era a mais escura que já vira na sua humilde vida, não dava para ver as brilhantes estrelas como de costume e a lua estava escondida num cantinho no céu. Era como uma obra de arte e sós aqueles sabiam do seu significado, diferente dele, que estava aborrecido por não esta vendo a sua adorada constelação, só via o escuro da noite e a única coisa que aquela visão lembrou foi de uma coisa, trevas e escuridão, representando algo poderoso.

Eduardo suspirou e pegou o seu cigarro do bolso e acendeu. Ele estava em cima do telhado do prédio que vivia com a sua mãe, o telhado que esse era como um refúgio para a sua mente perturbada e os seus sentimentos confusos.

O pobre rapaz de cabelos negros, como o céu naquele momento, tragou o cigarro e logo em seguida soltou à fumaça, assim dando uma paz no seu interior. Ele sabia que fumar era perigoso e justamente o seu avô morreu de câncer de pulmão, por fumar cem cigarros ao dia, coisa essa que ele não queria para se, mas no mundo que ele vivia era a única liberdade que o jovem rapaz tinha, dos problemas escolares, familiar e principalmente... O problema do coração, sim, ele estava apaixonado, mas Edu não ia permite viver esse amor, pois era algo que podia o machucar e já basta a sua vida complicada para causar mais machucados.

Já bastava o infeliz do seu pai, que fugiu com a sua babá quando tinha uns seis anos, a sua mãe depois colocou botou a culpa inteiramente nele, sim, pois se não fosse por Eduardo não precisava de uma babá e o infeliz do Marcelo não ia se apaixonar pela babá gostosa.

Eduardo via que aquilo era completamente sem lógica, pois sua mãe foi burra ao contratar a babá, ela que escolheu... Uma jovem de dezenove anos, corpo escultural e muito linda, ele não tinha culpa se o seu pai tinha preferido a babá á sua esposa, que era completamente diferente, a sua mãe era baixinha e um pouco acima do peso, mas tinha sua beleza e o seu charme... Mas isso não bastou para Marcelo colocar um par de chifres na coitada e depois a deixar cuidar de um menino de seis anos, que não entendia nada. E a sua mãe culpou-o, culpou e culpo-o, isso foi o seu primeiro problema, a culpa... Culpa por desfazer a sua família, aquilo foi a sua infância toda, ate que chegou à sua adolescência e percebeu que a sua mãe não tinha o direito de culpá-lo, mas foi tarde, aquilo iria ficar para toda a sua vida.

O segundo problema... O seu odiado padrasto. Sua mãe um tempo depois se casou, casou com um infeliz preguiçoso e bebum, Carlos, o seu padrasto, bebia o dia todo e não saia para ir atrás de emprego, resultando... Sua mãe trabalhando para sustentar a casa, uma coisa que Eduardo odiava, mesmo tendo problemas com a sua mãe ele a amava e odiava ver Carlos fazendo Beatriz de empregada... Por isso que o terraço era única coisa que deixava de ver aquilo.

A única coisa boa que tinha era que Carlos não batia na sua mãe e se ele ousa-se Eduardo ia perde a cabeça e faria o seu padrasto nunca mais abrir os olhos.

Eduardo deu outra tragada no seu cigarro e deitou onde estava, o céu ainda não dava para ver as estrelas... O outro problema... A escola, ele estudava numa escola publica, o ensino não era dos melhores, mas dava para aprender, mas o seu problema era justamente um grupo da sua sala, esse grupo que o espancava , agredia verbalmente. Teve uma vez que quase ele morria de tanto apanhar, mas graças a Deus não morreu, ou infelizmente. É só ponto de vista.

Ele fechou os seus olhos e suspirou. O cigarro ainda estava entre os seus dedos. O outro problema...

—Edu? Duda? Eduardo?—A voz o assustou o fazendo salta e olhar assustado, mas relaxou quando viu o seu ultimo problema vindo na sua direção e ele achava que era o maior problema. —Até que fim te achei! Eai? Como tá?

—Estava bem, agora não!—Ditou sarcástico. O seu problema soltou uma enorme gargalhada e se abaixou sentando do seu lado.

—Adoro o seu humor! Uma das coisas que adoro em você, mas falando serio... Perai! Está fumando? Quantas vezes eu disse para parar de fumar?! Apaga esse cigarro agora, Eduardo!— Edu riu da cara raivosa do seu problema e para chateá-lo ele deu uma longa tragada e soltou a fumaça bem na cara do outro, que tossiu em seguida. —Seu desgraçado!—Reclamou.

Minha Brilhante Estrela (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora