Capítulo 18

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   Depois de ter conhecido Sydney e ela ter me contado sobre os Alquimistas, eu decidi que havia muitas coisas ainda eu que eu não sabia e que eu deveria me manter aberta a novas informações. Eu sempre fui de observar e ficar na minha na maioria das vezes e isso me mantinha longe de confusões – até que eu entrei para a St. Vladmir – mas eu não sabia com que expressão eu estava me mantendo enquanto Angeline e Joshua me apresentaram aos Keepers.

Na Baia, existiam humanos, dhampir, Morois e alquimistas, mas nós tínhamos nossos próprios grupos. Nos mantínhamos amigavelmente, mas sempre andávamos com alguém da nossa raça ou relativos. Os Keepers eram como se fossem um grupo de campistas de todas as raças misturados – e quando eu falo misturados, eu quero dizer literalmente. Não haviam alquimistas ali, mas eles sabiam da existência deles e segundo o que Joshua e Angeline tinham me dito, os alquimistas costumavam ajuda-los trazendo roupas e mantimentos. Os dois dhampirs me levaram até o homem parecia ser o líder dali, um Moroi, com barba e cabelo marrom e vestido como todos os outros. Seu nome era Raymond e ele não foi tão calmo como os outros.

- Alguém vai vir te procurar aqui? – ele me perguntou sério.

- Ninguém sabe onde eu estou. – eu respondi.

- Joshua disse que tem alguém esperando por você na estrada.

Eu comprimi os lábios fazendo uma careta.

- Eu menti.

- Por que você fugiu? – ele me perguntou sem rodeios.

- Eu fui atacada por um Moroi. Eu consegui me defender, mas fugi para não ser pega. – eu respondi no mesmo tom.

Raymond olhou para mim dos pés a cabeça e demorou um tempo extra em minhas mãos que confirmavam a verdade.

- Não pode ficar aqui por muito tempo. – ele falou – Mas é bem vinda aqui por enquanto. Pode dormir com Angeline, Paulette e Molly. – e então saiu me deixando ainda mais sem reação.

Entre os Keepers havia crianças, idosos e adultos das três raças e eles pareciam viver isolados em cabanas e cavernas construídas ou modificadas por eles mesmos. Eles também sobreviviam com o que caçavam ou cultivavam e apesar de ser estranho, depois de um tour pelo lugar feito por Joshua eu me senti um tanto a vontade.

A comida, uma canja que caiu muito bem para um estomago que estava sempre disposto a qualquer coisa como o meu, foi bem vinda e logo Angeline se sentou próximo a mim e Joshua nas pedras de frente a fogueira, me pondo no meio entre os dois.

Eu os ensinei algumas coisas sobre celulares e também notebook, mas assim que percebi que eles não tinham eletricidade, tratei de desligar os dois para economizar bateria. Angeline parecia interessada de verdade, enquanto Joshua só parecia curioso sobre as funções. Enquanto eu explicava o que me era perguntado, outras pessoas começaram a se agrupar conosco para ouvir o que eu dizia e eu me mantive explicando pacientemente, até que Sarah – a mãe de Joshua e Angeline e a humana que havia cuidado dos meus ferimentos passando uma pomada de origem duvidosa e que cheirava estranho – apareceu, nos mandando ir para dentro da cabana e apagando a fogueira.

Quando entramos e tudo lá fora pareceu ficar em silencio, Angeline me mostrou seu quarto e pôs um colchão fino, feito de pedaços grossos de pano costurados juntos. Todos tinham um desse e eu também recebi um travesseiro de penas – que eu nem precisava perguntar para saber que era de verdade – e um lençol de retalhos. Eu me sentia sem sono e agitada, apesar de estar deitada. Todas as informações giravam em minha mente e eu me perguntei se quando eu dormisse, minha mãe veria que eu estava mentindo pela minha aura e colocaria minha fuga em risco ou se eu teria pesadelos com Oliver o que me fez ficar ainda mais alerta. Minha mochila estava ao meu lado e eu encarava o teto ainda super agitada. Eu também me sentia desconfiada e com medo, os Keepers pareciam pessoas legais – apesar de serem selvagens – mas eu os havia conhecido hoje. Segundo eles, eles seguiam costumes tradicionais e eu não sabia muito o que esperar. Talvez se eu tivesse frequentado mais aulas de Cultura Moroi ou Literatura Colonial Americana eu poderia entender ou saber o que esperar, mas era tarde demais para pensar nisso já que eu havia fugido da escola.

Shadows of the past - VAMPIRE ACADEMY FANFICTIONOnde histórias criam vida. Descubra agora