Capitulo 1

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Finalmente chegou o dia de ir pro aeroporto e dar adeus a vida velha e um olá bem gay para a vida nova. Pensar em ir para a Suécia sem minha mãe foi bem bichado, porque eu só poderia levar um responsável. Minha mãe decidiu ficar no Brasil cuidando do meu irmão mais novo que é um cu de chato, enquanto meu pai está indo comigo.

Se eu fosse escolher, obviou que eu iria levar minha mãe, porque ela é bem mais foda, tipo ela libera geral sabe. Não q meu pai seja chato, mas cara, ele não me deixa fazer porra nenhuma. Eu já tenho 16 anos e se meu pai soubesse as putarias que eu já aprontei, com certeza iria comer meu cu.
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Até que enfim eu cheguei no aeroporto. Acho que eu to arrasando com meu look, porque tem uns gatos que não param de me olhar de cima em baixo. Serio mesmo que eu precisava trazer meu pai comigo? Como posso dar mole para essas gracinhas com um cara na minha cola. Saco de vida hem!

Eu acho que a parte mais chata de viajar, é o tempo que você fica esperando a porcaria do voo. Acho que eu já devo estar uma hora esperando chamarem. Epa...alerta de piloto gato à vista! Sabe gente, acho que não quero mais viajar, tem umas coisas bem interessantes nesse aeroporto.

Mas três horas esperando o embarque e finalmente chamaram meu voo que também não foi diferente de ficar esperando no aeroporto, por que o voo demorou, para chegar. Eu não aguentava mais ficar sentada naquela merda de avião e quase agarrei um gatinho do meu lado de tanta felicidade por ter finalmente chagado na Suécia. O país é frio para caralho. Acho que to congelando, quero voltar pro calor do Rio de Janeiro.

- E aí filha, enfim chegamos hem! - Meu pai diz respirando fundo como se quisesse sentir o cheiro do país. Literalmente, os pais foram feitos para nos envergonhar. Acho que nem Deus nessa causa gente.

- Pois é pai - disse fechando a cara enquanto esfregava meus braços, tentando me aquecer.

- Nossa Nathalie! Até parece que não gostou de estar aqui garota.

- Eu gostei pai. Só que nesse momento eu estou congelando. Não tem como se entusiasmar, quando se está quase morrendo de hipotermia. - digo revirando os olhos.

- Para de ser exagerada menina. Já que Ta quase morrendo ai, anda rápido para pegarmos um táxi e ir embora para a sua nova casa.

Acho que nunca fiquei tão nervosa quanto estou nesse exato momento. Morar em um país novo é loucura pra caralho, mas também é um sonho realizado pra mim.

O táxi parou de frente para uma casa de dois andares e possuía uma entrada muito fofa. O que eu achei mais bizarro é que a casa é idêntica à dos filmes hahaha.

Olha se eu achei a casa grande por fora imagina quando eu entrei nela. É extremamente grande para duas pessoas, mas como gosto de conforto como qualquer pessoa, não vou ficar reclamando neh. Decido subir as escadas que ficam de frente para a entrada, afim de encontrar um quarto para me jogar. Abro a primeira porta e dou de cara com uma suíte que é bem a cara do meu pai, vou deixar esse aqui pra ele por enquanto. A segunda porta que abri dava para um banheiro grande é bem chique. Finalmente abro a terceira porta do corredor e encontro outra suíte assim como a primeira. Ela tem móveis lindíssimos de madeira clara e as paredes possuíam um tom de rosa claro com um papel de parede com estampas florais, combinando com a cor do quarto. O que posso dizer...achei meu ninho nessa casa. Coloco minhas malas em um canto e me jogo na cama, a única coisa que quero e pretendo fazer nesse momento é dormir.

Motivos para te esquecerOnde histórias criam vida. Descubra agora