Aquele era um dia qualquer, mais uma vez eu estava no ponto de ônibus, sozinho por ter extrapolado em alguns minutos o horário de sair da cama. Da mesma forma o transporte parecia ter dormido um pouco mais. Olhei o meu relógio, eram oito e vinte, a rua vazia à minha frente não combinava com o horário. Seria um feriado? Ou talvez meu relógio estivesse errado. Foi no momento em que este estranhamento me atingiu que senti sua presença.
Virei o pescoço e percebi a velha, seu rosto descarnado deixava perceptível o contorno dos ossos, os olhos fundos e estranhamente escuros me fitavam. Desviei o olhar realmente incomodado.
Voltei a olhar o relógio, oito e vinte...estava parado? Não...parecia funcionar, mas os segundos no mostrador digital passavam: cinquenta e um, cinquenta e dois, cinquenta e três...cinquenta e sete, cinquenta e um.
O relógio não funcionava, mas não era só ele, o mundo ao meu redor parecia morto...morto...foi quando pensei na palavra que me dei conta...eu sabia quem era a velha.
{Prezados leitores, deixem seus comentários e votos! Seu retorno é um enorme incentivo para a continuidade deste trabalho! Obrigado por doar seu tempo!}