Mundo Paralelo [FINALIZADA]

27 - Aconteceu Mamãe!

Anahí: claro que não enlouqueceu? Só estou ansiosa para o SAT e só – pegando o pedaço de bolo que estava em cima da cama e indo jogar no lixo, estava prestes a vomitar novamente.

Dulce: deixa que eu como – pegando da mão dela e comendo e a encarando, tinha quase certeza mas não iria mais a pressionar com isso.

Na segunda Anahí não vai ao colégio o que deixa Alfonso muito preocupado, ela nunca falta uma aula e ficar ao lado daquela cadeira vazia a manhã inteira já estava dando nos nervos, precisava saber o que estava acontecendo, e assim que deu o intervalo foi até a sala dos professores, precisava ter alguma noticia dela.

Enrique: o que quer Herrera? – saindo da sala dos professores

Alfonso: é... é... – coçando a cabeça, mas que droga! – a Anahí está doente? – Enrique deu um suspiro pesado

Enrique: ela acordou muito indisposta hoje, e ficou em casa na cama, a Mari me ligou a pouco dizendo que a levou ao médico – Alfonso assentiu, se despediu de Enrique e foi para sala, como se este ato fizesse o tempo passar mais rapidamente

Marichelo: Anahí você tem algo a me dizer? – encarando a filha que estava calada desde que saiu do consultório médico sem falar nada a mãe sobre o que o médico disse o que a estava deixando preocupada.

Anahí: promete que não vai querer me matar depois que eu te contar? – encarando a mãe que estacionou o carro e se virou para ela.

Marichelo: pode falar – a encarando e Anahí que desabou em lágrimas – ei – a abraçando – o médico disse que é grave, foi isso? – Anahí apenas chorou mais e quando conseguiu parar um pouco conseguiu falar finalmente.

Anahí: estou grávida mamãe – desabando novamente ao ver o olhar de decepção da mãe.

Marichelo: é daquele rapaz que dorme lá em casa e some logo pela manhã? – Anahí arregalou os olhos – filha eu sou sua mãe, te conheço melhor do que pensa e então é dele? – ela assentiu – quantos anos tem este garoto?

Anahí: 17 – disse num sussurro e Marichelo abaixou a cabeça, Enrique iria dar um infarto.

Marichelo: você tem noção da burrada que fez?  Anahí você tem apenas 16 anos e este rapaz 17, não estão preparados para terem uma criança, e agora como vai ser? E seu pai? – Anahí abaixou a cabeça completamente perdida – nunca ouviu falar em camisinha? Até porque eu mesma lhe disse, mas parece até que nunca me escuta!

Anahí: aconteceu mamãe! – ainda chorava.

Marichelo: sempre isso, aconteceu, esta desculpa é antiga Anahí, seu pai vai ficar profundamente decepcionado, investiu tanto na sua educação que você iria chegar a universidade antes do 18 e olha só a recompensa! – encostando a cabeça no volante.

Anahí: e eu irei, nem que isso seja um sacrifício, mas irei fazer, minha carta de recomendação está pronta, já escolhi a universidade, já fiz a entrevista, só falta o SAT – Marichelo a encarou como se estivesse escutando uma piada de mau gosto.

Marichelo: você enlouqueceu? Uma criança num campus, será uma loucura sem tamanho – Anahí levantou a cabeça e encarou a mãe.

Anahí: eu vou ter meu bebê, e se este for o preço, irei pagar – alisando a barriga como por instinto, agora tinha um pedacinho de Alfonso dentro de si, e poderia ser louco mas estava feliz.

Marichelo: espero que o pai desta criança também pense assim – ligando o carro e dando a partida, e Anahí sentiu um aperto no peito ao ouvir tais palavras.

Quando chegou em casa foi direto para o quarto, estava muito cansada e o sono parecia não ter fim, e depois de dar um breve cochilo escuta uns barulhos na janela do quarto, e assim que abriu as cortinas ver Alfonso sentado na janela da casa da árvore com um sorriso torto, mas o olhar preocupado.

Alfonso: vai me deixar entrar? – fazendo uma careta – não curto muito lugares altos – a fazendo rir e abriu a janela – o que aconteceu? – a encarando e ela apenas o abraçou forte.

Anahí: passe o dia aqui comigo? – ele assentiu – não estava me sentindo bem, mas só sua presença me faz sentir melhor – ele selou os lábios nos dela e logo ambos estavam deitados na cama, ela sobre o peito dele enquanto ele fazia carinho no cabelo dela.

Alfonso: tenho uma coisa para você – ela levantou os olhos a ele – lembra quando fomos ao lago? – ela assentiu rindo – então, lembra que tiramos uma foto? – ela assentiu novamente rindo – bem, digamos que revelamos as fotos, e desta fiz duas cópias – indo até o paletó que estava jogado no pé da cama, havia tirado o paletó e a gravata para ficar mais confortável, e tirou a foto do bolso – é toda sua, tenho uma cópia igual.

Anahi: sempre que me sentir só, irei olhar e assim matar um pouco a saudade – ele riu.

Alfonso: ou pode me ligar, que irei vim o mais rápido possível – se aproximando dela e a beijando.

Ao chegar o anoitecer ele fora embora a deixando sozinha, admirando a foto como se fosse algo mais valioso do mundo eles dois juntos e felizes eternizado mesmo que fosse num pedaço de papel, e quando ouviu a voz do pai seu coração gelou.

Enrique: eu não estou acreditando no que estou ouvindo Anahí, só me diga uma coisa onde você estava com a cabeça, para fazer esta burrada? – Anahí já soluçava de tanto chorar no sofá da sala – quem é o pai desta criança? – ela se manteve calada chorando – FALA! –gritando a assustando, seu pai nunca gritara com ela.

Anahí: Alfonso – num sussurro, em meio aos soluços

Enrique: que ótimo minha filha grávida de um bad boy, você imagina qual é a fama dos Herreras? são manipuladores, e os filhos são iguais, segundo os demais professores até riscar carros, pinchar muros e arrombar salas desativas este rapazinho já fez, e agora minha filha está grávida deste tipo? – Anahí apenas chorava – bem que era para desconfiar ele vindo perguntar a mim sobre você, mas preferi acreditar que minha filha era inteligente demais para se envolver com aquele tipo – se sentando na poltrona com a mão no peito ofegando.

Anahí: papai... – correndo até o pai que ainda ofegava com a mão no peito

Marichelo: se afasta Anahí, já chamei uma ambulância, seu pai está tendo um infarto – naquele exato momento Anahí sentia cada batida do seu coração como um soco, a culpa a estava corroendo se seu pai morresse jamais se perdoaria.