Casados por contrato

Capítulo 1

Minha vida estava de cabeça pra baixo nada era o que eu havia planejado pra mim , neste momento eu estava na minha cama sem vontade nenhuma de levantar , pois eu sabia o que iria enfrentar , meu pai me disse que queria falar comigo , eu estava muito preocupada , não aguentando mais ficar em minha cama levantei , fui ao banheiro me despi , tomei um banho , escovei meus dentes , peguei uma calça de moletom e uma blusa regata , e minhas pantufas , e fui pra sala .
Quando cheguei lá , meu pai já estava sentado no sofá , quando me viu ele se levantou e veio até mim , me abraçando .

- Pai ... - ele parou de me abraçar e me encarou .

- o que está acontecendo ? - perguntei preocupada .

- minha filha , saiba que eu te amo independente de tudo ok ?

- pai ... me fala o que foi !

- come alguma coisa aí conversamos ok ?.

- pai ...

- não se preocupe , agora tome seu café .

Fui até a mesa , que por sinal já estava posta , peguei uma xícara e tomei um pouco de café , peguei uma fruta qualquer e comi , não estava com fome pois aquela curiosidade estava me matando , quando terminei de tomar meu café fui para o sofá , onde meu pai estava sentado .

- Emily , aconteceu uma coisa que eu não queria que acontecesse , uma noite eu sai , bebi muito e fui jogar com uns caras , eu perdi muito dinheiro , muita coisa , mas mesmo assim eu fiquei devendo dinheiro para ...

- Pai , quanto ?

- nós não vamos conseguir pagar .

- pai , só me responde quanto !

- 100 milhões .

- eu ... Não ... o quê vamos fazer agora pai , eu tenho dinheiro guardado mas você sabe com o que eu estou gastando , e mesmo assim não adiantaria.

- eu fiz um acordo com o cara que eu estou devendo .

- que acordo e esse ?

- você teria que se casar com o filho dele .

- pai , e claro que você não aceitou , né ?

Meus olhos já estavam começando a ficar marejados , não sei se era de raiva , tristeza Ou desgosto .

- filha , mas eu te amo , tá bom .

- pai , você me vendeu ? Sua própria filha ? Como você pode fazer isso .

Eu já chorava , neste ponto , e meu pai também , eu não acreditava que ele tinha feito aquilo comigo .

- filha me desculpa eu ...

- nós já sabemos o que vai acontecer daqui uns anos ...

- eu sei filha !

- então por que me vendeu ?

- eles te buscarão hoje a noite .

- Pedro , e se eu não quiser isso ?

- você não tem mais nada .

- eu pego minhas economias , e vou embora .

- você não tem mais nada , eu o dei também

- você sabia muito bem pra que eu usaria esse dinheiro , vai começar daqui 1 mês e meio .

- eles podem pagar .

- eu não quero nada que venha daquele homem

Eu sai daquela sala correndo fui pro meu quarto peguei uma calça jeans , e uma blusa qualquer meu casaco , e sai correndo daquela casa , fui pro maior parque da cidade , lá teria espaço o suficiente pra ficar sozinha , comecei a andar olhando para os meus pés , enquanto chorava em silêncio , mas acabei esbarrando em um homem , e caímos no chão .

- olha por onde anda . - falei com raiva para o tal homem.

- se você parasse de olhar para os seus pés enquanto anda , você não teria esbarrando em mim.- diz ele irritado .

- vai a merda , era só você olhar por onde anda ! .

Me levantei e sai de perto daquele cara , antes que eu desse um soco nele , meu dia estava indo de mal a pior , eu não conseguia acreditar que meu pai tinha feito isso comigo , eu vou ter que me casar agora com um , garoto idiota provavelmente , riquinho metido a besta .

Aquele parque me trazia ótimas lembranças com meu pai , mas era melhor esquece-las , era melhor esquecer que eu tinha um pai .

Deis que eu era criança meu pai sempre saia para jogar e voltava depois de um ou dois dias , minha vizinha que me criou praticamente , eu não tinha mãe e praticamente não tinha pai , Mas eu conseguia ser uma mulher responsável , eu conseguia ser doce meiga e educada , mas hoje foi uma exceção . Depois de passar umas três horas no parque resolvi , ir para uma lanchonete almoçar , ainda bem que no bolso da minha calça tinha meu cartão de crédito .

Pedi um hambúrguer , e de sobremesa a melhor sobremesa do mundo pudim .Depois que eu terminei de comer paguei , voltei pra casa , entrei sem ao menos olhar pro Pedro , entrei em meu quarto peguei algumas malas que eu tinha , e comecei a arrumar minhas coisas , eu tinha muita roupa , e sapato , peguei todas as minhas roupas , meus livros , livros que traziam memórias incríveis , olhei para um deles e comecei a sorrir , tinha eu e minhas amigas do trabalho , nos tínhamos estudado juntas , lembrava perfeitamente do dia da foto , uma das minhas melhores qualidades e que eu conseguia ficar feliz mesmo acabado de se acabar de chorar , pena que essa minha alegria acabou rápido , avistei um porta retrato meu e do meu pai , esse eu não faria questão de levar , peguei tudo que eu tinha de roupas , maquiagem , acessórios , fotos , livros , tudo. No espelho do meu quarto havia uma pequena foto , da minha mãe , grávida de mim , sorrindo , aquela foto em especial era a que mais me motivava a viver , ao lado da foto tinha , um coelhinho de pelúcia , que ela havia comprado pra mim , antes de eu nascer , eu peguei os dois e os guardei com muito cuidado .

Quando eu terminei , peguei todas as minhas malas e as deixei na sala , fui até meu quarto , e fiquei o olhando , tinha cortinas brancas , uma cama de solteiro branca , com um lençol , de panda , do lado um guarda roupa grande de madeira e na frente da minha cama uma penteadeira branca também , meus livros ficavam em meu guarda roupa , dei um adeus pro meu quarto e sai , fui para a sala e vi um homem , com terno , e cabelos grisalhos , ele era muito elegante por sinal , um homem começou a pegar as minhas malas e levar pro carro .

- você deve ser a senhorita Collins prazer em conhecer lá.

Disse o tal homem estendendo sua mão para aperta lá , a apertei mas logo a soltei .

- me chamo Christian O'conner , pode entrar no carro , meu filho já está lá dentro .

O motorista veio até mim , pegou em minha mão e me guiou até o carro , abriu a porta para que eu entrasse , quando eu entrei e olhei pro lado , eu não acreditei quando vi , era o homem do parque , ele se virou pra mim , e arregalou os olhos .

- VOCÊ ! - falamos em uníssono