Capítulo 1

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Ai meu Deus! Não acredito que meu pai me conseguiu um ótimo trabalho em um renomado escritório de advocacia, não que o escritório que eu estagiava nao fosse me efetivar, mas o lugar era meio parado, por isso eu não conseguia muitos casos. Agora é hora de comemorar!
Assim que cheguei em casa minh a amiga Tina ja estava ao telefone pedindo algumas pizzas e sorvete, pois esse era o meu jeito de comemorar. É claro que Tina preferia ir a uma boate, passar um quilo de maquiagem, usar um vestido que a qualquer movimento pode mostrar a sua bunda, usar um salto no qual você mal consegue se equilibrar depois de tomar uma dose ou duas de vodka. Mas eu preferia definitivamente ficar em casa com minha calça de moletom, minha regata com meu rosto livre de qualquer coisa que não fosse minha própria pele, e como estávamos comemorando algo sobre mim ela concordou em comemorar do meu jeito, não que isso sempre acontecesse.
Mal vi o final de semana passar e meu relógio ja estava despertando na segunda-feira de manhã. Fiz minha higiene matinal, prendi meu rebelde cabelo em um rabo de cavalo e fui procurar algo para vestir. Não que eu me preocupasse muito com isso, então optei por um jeans tradicional, uma baby lo ok e um casaqueto, só para dar um arzinho maior de seriedade, nos pés uma sapatilha, um gloss e pronto, é o suficiente.

Quando cheguei na cozinha, Tina já nos servia um café com torradas, para o desjejum, comemos e conversamos animadas até cada uma seguir o seu caminho, pois aloja de artesanato dela ficava do outro lado da cidade, do lado oposto do caminho do escritório onde eu iniciaria meu trabalho está manhã.

Cheguei, ocupei minha sala, ja que tinha resolvido tudo na sexta feira e me enfiei em uma pilha de documentos que me passaram Logo alguém apareceu na porta da minha sala.

- Bom dia, eu sou a Alessandra aqui da sala ao lado, tudo bem? - Disse ela toda animada.

- Olá, sou Melissa, muito prazer. - Eu disse com a mesma animação.

- O prazer é meu Melissa, seja bem vinda, qualquer dúvida ou coisa que precise é só me procurar aqui na sala ao lado. - Disse ela.

- Obrigado Alessandra.

- Ah, mais uma coisa, pode me chamar de Ale. - Falou ela por fim.

Poxa fico contente, ja no primeiro dia conhecer alguém como a Ale. O restante da semana correu tudo bem, apesar de que o pessoal me olha meio estranho as vezes. Tina disse que é por causa das minhas roupas, já que outro dia ela fora me buscar para almoçar e notou que o pessoal usava roupas "diferentes" das minhas. Apesar de ela insistir de eu comprar roupas novas, umas que condissessem mais com o meu ambiente e colegas de trabalho, eu negara é claro, meu trabalho nem nada que eu faça tem haver com as roupas que uso. Gosto muitttttto do meu jeans tradicional, blusinha, sapatilha que nada tem haver com meu desempenho no trabalho ou em qualquer outra coisa. É claro que eu não tinha um namorado, mas isso nada tinha haver com minhas roupas. Não namoro porque homens são idiotas, só fazem as mulheres sofrerem, não que eu já tenha passado por isso, pois preferi nao me envolver com ninguem, NUNCA, mas a Tina é a prova viva disso, encontra caras que lhe juram amor eterno pelo menos oito vezes por ano, homens diferentes com promessa não cumpridas iguais, e sempre acaba sofrendo, isso fora os peguetes é claro.

Na sexta, ao retornar do almoço, ouvi um alvoroço copa do escritório, quatro advogados e a menina da recepção conversavam e rima animadíssimo, um deles até batia com uma mão mesa rindo e quando me passei por lá para ir para minha salão pessoal dispersou, são loucos. Era de se esperar que no final do expediente na sexta, saíssem todos juntos para um happy hour, então quando faltavam cinco minutos para as 18hrs a Ale apareceu na porta da minha sala.

- Mel, hoje é sexta e vamos a ir para beber algo no barzinho aqui da rua de cima, vamos conosco. - Convidou ela.

- Ah, me desculpe Ale, acho que vou para casa descansar, estou um caco, as coisas aqui são bem corridas e como está semana foi minha primeira e eu ainda não estava no pique, estou destruída. - Eu disse a ela querendo recusar o convite.

- Mas é exatamente por isso que você precisa ir, para descontrair e comemorar a sua primeira semana aqui conosco. - Falou ela tentando me convencer.

- Ah não sei Ale, nem conheço o pessoal, acho que ficariansem jeito.

- Então esse é o motivo da sua recusa não é?! Eu sabia, olha relaxa, foram até os meninos que pediram para eu te chamar, para se socializar com a gente, nnao que eu ja nao fosse te chamar é claro. - apresssou-se ela a dizer - Vamos lá, vai Mel, vai ser divertido, a gente bebe, conversa um pouquinho, você conhece o pessoal e vai pra casa descansar depois. Vai, por favor. - Implora ela com cara fiquei gato de botas.

- Ok, ok, eu vou mais só uma horinha. Vou ligar para minha amiga avisar que vou me atrasar para o jantar.

- Tudo bem, te encontro no estacionamento, você pode ir comigo no meu carro. - Disse ela me dando uma piscadela e saindo da minha sala.

Peguei meu celular e liguei para Tina.

- Alô Tina, vou demorar um pouco mais para chegar, vou sair com o pessoal do trabalho, mas em uma hora estarei em casa.

- Uau, vai lá amiga, fico feliz que esteja se misturando ao pessoal, quem sabe assim você não arruma um namorado.

- Não exagera Tina, logo estarei em casa.

- Ok beijo gata. - Assim ela encerra a ligação.

Desço para o estacionamento e vou direto para o carro da Ale, já sei qual é, já que ela me deu carona duas vezes essa semana. Ao chegarmos no bar, constatei que o lugar não era tão ruim, tinha um bar em uma parede, na outra havia um palco onde um homem com um violão cantava algumas músicas, e espalhadas por todo o ambiente mesas de madeira com toalhas brancas e vermelhas. Todo o pessoal ja es a la, estávamos em cerca de 12 pessoas, e a Ale fez questão de me apresentar um por um. Depois de um tempo levantei-me e fui ao banheiro, quando voltei meu lugar que era a direita da Ale, estava ocupado por um dos advogados que conversava animadamente com ela, mas por sorte o lugar vago era entre ela e outro cara, sentei-me e fiquei na minha bebendo a minha cerveja. Logo o advogado ao meu lado se apressou em puxar uma conversa, por educação creio, ou tédio ja que ele também não estava conversando com ninguém.

- Oi - Disse ele.

-Oi.

- Sei que já fomos apresentados aqui nesta mesma mesa, mas caso não se lembre meu nome é Eithor, o seu é Melissa não é? - Disse ele meeee estendendo a mão educadamente.

- Sim, Melissa. -eu disse a ele pegando sua mão e sentindo um estranho tremor em meu corpo, imperceptível para ele é claro, e só então reparei no homem qual eu conversava. Olhos castanhos, os cabelos da mesma cor numa bagunça total, seu rosto quadrado tinha feições que indicavam nervosismo, mas de repente ele fechou os olhos como se estivesse tentando se concentrar, em segundos abriu-os de volta me lançando um sorriso, lembrei-me então dele, era o fanfarrão que rua batia com a mão na mesa da copa do escritório mais cedo.

- E então Melissa, o que está achando de trabalhar na Q&R Advocacia? - Elee perguntou mais tranquilo.

- Ah, é meio diferente de Ind eu trabalhava anteriormente, mais corrido, dinâmico, gosto disso só não entrei no ritmo ainda. - Respondi.

Então e gatos uma conversa sobre meu antigo trabalho e como havia conseguido entrar na Q&R, quando ou o advogado se intrometeu na conversa:

- Melissa você disse que tem mudado alguns hábitos seus para seguir a altura da Q&R, então você não acha que já está na hora de mudar as suas roupas também? Convenhamos baby, seu estilo nao te dá muita credibilidade como advogada, está mais para dona de casa largada nao é?! - Disse aos risos o imbecil que pelo que me lembrava se chama Lucas.

- Não senho, eu não penso em trocar minhas roupas, elas não dizem nada sobre meu trabalho, sou uma excelente advogada, tenho consciência disso e tenho provado isso todos os dias. Porém, se o problema for o que apresento por fora? eu posso sim comprar roupas novas e terei a tal "credibilidade" que voceendiz que preciso. Agora me diz você, vai pagar uma plástica para melhorar sua cara? Pois essa sua cara de idiota também não passa credibilidade alguma. - Disse e sai pisando duro, enquanto todos riam da cara dele.

Alee gritou querendo me levar embora, mas eu disse que não era necessário.

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