Jane era uma rapariga de 15 anos, muito curiosa. Vinda de uma família de artistas, a criatividade e inovação estava nos seus genes.
Certo dia quando regressava a casa depois de um dia cansativo na escola, tomou um rumo diferente no seu caminho a casa.
O seu instinto ao passar por uma loja, foi olhar para a montra. Várias lindas bonecas estavam a captar a sua atenção da montra.
Jane decide entrar.Esta olha para a caixa e está a vendedora numa posição pacífica. Era uma senhora já idosa e, ela nota a presença da rapariga.
Jane explora um bocado a loja e vê aos seus olhos várias bonecas... bonecas essas que, tinham um aspeto extremamente real.
Com isto, ela fica desconfortável e sente um mal-estar com o ambiente escuro e húmido da loja.Ignorando isso, analisa as bonecas nas estantes. Eram poucas mas bastante valiosas aos seus olhos pois, Jane sempre foi amante de bonecas de vários materiais.
Desta vez, ela teria encontrado um tipo único de bonecas.
Após ter passeado pela loja e apreciar as bonecas, regressa a casa e decide pintar um quadro.
Pegando nos pincéis, senta-se e pinta algo incrível...Acabando com os detalhes, estava à sua frente um retrato de uma rapariga... não. Enganam-se. Era uma das bonecas que tinha visto na loja.
Esta tinha um cabelo preto com um corte curto e alinhado com franja. Tinha um tapa-olho e o outro olho que tinha, era de uma cor avermelhada.No dia seguinte visita a loja novamente.
Após estar um bocado com as bonecas, senta-se na poltrona que estava no canto da loja e verifica o seu telemóvel.
Vindo de uma direção da loja meio escondida, Jane avista uma rapariga igual à boneca que está na loja e mais que tudo, foi a ela que retratou no seu último quadro.
Jane engole em seco e cumprimenta a rapariga misteriosa.
Esta dá-lhe um olhar quase que arrepiante e acaba por cumprimentar de volta e senta-se ao lado de Jane.
-Tem bonecas tão lindas aqui...s-são feitas por quem? -pergunta Jane.
Silêncio
Jane sente-se amedrontada e diz- a-acho que vou andando...
E, no dia seguinte ela regressa à loja.
Passando pela caixa registadora, ouve alguém a chamar-lhe. Foi a dona da loja.
-Tu és a minha única cliente.
-H-hum- pensando na rapariga que vira no dia anterior, dá-lhe um aperto na barriga.- gosto das bonecas, quem as faz?
-Eu mesma-diz a dona com um olhar analisador. - sente-te à vontade.
-Hum-hum. - continuando o seu passo.
Mas quem fora a rapariga que tinha visto no outro dia?
Desta vez, Jane descobre que há ainda o piso de baixo... com ainda mais bonecas!
Depressa se tornou o seu lugar favorito a visitar após as aulas.Dia após dia ia visitando a loja e tirando fotografias às bonecas, apreciando-as e fazendo retratos em casa, até que um dia ao parar na rua da loja após as aulas, vê que a loja está encerrada.
Posto isto, a partir de uma certa noite começa a ter pesadelos envolvendo bonecas vingativas e cheias de sangue.
Até que um dia, depois de um mês aguentando com os pesadelos e a loja continuar encerrada, decide destruir os quadros que pintou e queimá-los numa fogueira numa tarde de Outono, com a ideia de que esse era o seu motivo de não dormir à noite.
De facto, as bonecas não eram belas,eram longe de o serem. Todas as vezes que a mãe da rapariga visitava o quarto desta, ficaria desconfortável com o ambiente que os quadros proporcionavam.
Aos olhos de Jane as bonecas eram perfeitas, belas e extravagantes.
Passado um tempo, o melhor amigo de Jane fica internado no hospital e, como a boa amiga que era, visitava-o todas as vezes que saía da escola , levando um bolo ou fruta.
Numa tarde, estava um dia nublado e chuvoso. Jane estaria a ir ao encontro do seu melhor amigo.
Já no elevador, carrega no botão do andar a que se pretendia dirigir.
O elevador começa a subir, a subir, a subir e de repente pára no andar errado...Seria um problema técnico?
Passado dois segundos, o elevador desce e abre-se...
O parque de estacionamento?
Jane começa a sentir um ambiente frio e gelado à sua volta.
O elevador não fecha.
O que ela vê à sua frente é, somente um parque de estacionamento frio e sombrio no interior do hospital.
Esperando uns quase 5 minutos até que o elevador funcionasse, ouve-se um suspiro vindo do parque.
-Ei! Está aí alguém??- grita Jane.
Sem resposta
Mas, de repente, aparece uma silhueta ao fundo. Julgando pela figura, deveria ser uma rapariga.
Esta aproxima-se mais, e mais...notasse um cambalear na sua maneira de andar.
Estaria ela magoada na perna?
Cada vez mais, estava se a aproximar...
E em direção ao elevador...
Já era possível ver a sua face...
Não é possível....
Era a rapariga com que Jane se encontrou na loja, e da qual teria pintado um retrato.
Ela trazia um saco...com sangue a pingar.
Num espelho do elevador , Jane assustada, vê algo escrito com um vermelho vivo...pela maneira como escorria, seria SANGUE.
BELOS RETRATOS
PENA QUE FORAM DESTRUÍDOS
Jane com o horror, cai no mesmo elevador e tapa a sua vista com uma das mãos e a outra clicando no botão do andar de cima, gritando incontrolavelmente.
Vá lá, funciona!
Parece que a sorte estava do seu lado pois o elevador começa a fechar-se e a levantar-se para o andar de cima.
Que alívio!
Respirando fundo várias vezes antes de entrar no quarto do hospital onde estaria o seu amigo hospitalizado, consegue se acalmar.
O pior foi quando teve que regressar a casa mas a única maneira de sair do andar em que se encontrava, seria pelo elevador ou desceria as escadas com o risco de encontrar a rapariga misteriosa.
Com coragem, entrou no elevador e carregou no botão.
Já estava a ficar um exagero pois o elevador parou novamente no parque de estacionamento.
Ela não me quer deixar ir embora... o que eu ei-de fazer??
-Deixa-me em paz!- grita Jane apavorada ao ver novamente a rapariga.
A rapariga continuando a cambalear em direção a Jane, mostra uma faca afiada numa das suas mãos pálidas e aproximando-se cada vez mais, consegue enfiar a faca que possuía na barriga de Jane.
Com uma voz quase irreconhecível a rapariga maldita diz algo entre dentes- pensei que gostavas de nós!-dando uma valente gargalhada de seguida.
Jane não conseguindo se levantar, desmaia, fechando os olhos lentamente, e...
Acordando numa maca, com os braços e as pernas presas em ferros. Encontrando-se num lugar sem quase luz existente, húmido e frio, olha para o lado e vê uma figura familiar...era a dona da loja das bonecas e tinha uma agulha na sua mão.
-Elas querem que te juntes a elas! - diz a velha com um sorriso malicioso.
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Horrífico
HorrorAqui poderás encontrar vários contos de terror escritos por mim mas inspirados por outras fontes. Espero que gostem!