Exatamente à duas semanas minha mãe foi despedida do restaurante que trabalhava como garçonete, o que significa que ficamos sem dinheiro.Logo depois disso tivemos que se mudar de casa, uma bem menor , a casa da minha avó.
Não é que esteja reclamando eu amo minha avó, mas sempre quis conhecer meu pai.Minha mãe nunca falou sobre ele, eu não sei como é, aonde mora, nem mesmo seu nome.
-Alexa vamos logo - minha mãe apressada e estressada como sempre, o nome dela é Genna e aparenta ser bem mais velha, e tem apenas 40 anos.
-Já vou - gritei se despedindo da casa, eu morei aqui a minha vida inteira, não é fácil ir embora assim.
Saí de casa sem deixar de reparar a placa "A venda", minha mãe e eu não temos carro então vamos pegar mais ou menos 5 ônibus pra chegar até minha avó.
-Sua avó falou que as caixas já chegaram lá - minha mãe falou depois de um tempo que estávamos no primeiro ônibus.-Foi bem rápido né?
-Super - depois disso falamos algumas coisas sobre a nova escola, até que ela tocou em um assunto que não gosto de comentar - Espero que você faça amigos.
-Aí mãe não começa.
-Filha, uma pessoa precisa de amigos pra sobreviver sabia? - ela me olhou meio preocupada.
-Eu não sei ter amigos - o assunto morreu aqui, e a propósito nunca tive amigos, minha mãe sempre me fez fazer amizade com as filhas das suas amigas, mas sempre me deixavam de lado e perguntavam porque eu me vestia mal!
Aparência nunca foi importante para mim, sempre usei calças largas com sueter de cor clara, nunca arrumei meu cabelo ou fui em um cabeleireiro como a maioria das garotas da minha idade fazem.Isso não é estranho eu só sempre quis ser normal.
O resto da viagem foi tranquila, ficamos caladas a maior parte do tempo, como o quinto ônibus para na rua da minha avó não precisamos andar muito.
-Chegamos - minha falou, logo que paramos de frente com a casa, realmente é uma casa muito simples - Mãe!
-Oi queridas - minha avó venho nos abraçar - Entre vamos.
Por algum motivo a casa tem dois andares, onde fica o banheiro e os dois únicos quartos, no andar de baixo tem só uma sala com uma pequena cozinha.
O resto do dia passamos a organizar nossas coisas, minha mãe deixou o quarto vazio para mim, e ela vai ficar no da minha avó.
No meu quarto há apenas uma cama, e uma penteadeira com cômoda antiga.Depois de quase três horas arrumando tudo ele ficou até que apresentável.
-Vem jantar filha - essa mania da minha mãe ficar me gritando, bom eu amo ela desse jeito.
-Já vou.
Desci as escadas e fui até a sala de jantar, como ela consegue fazer coisas tão aparentemente gostosas com tão pouco ingredientes?
-Nossa isso aqui tá show! - falei a experimentar.
-Alexinha é só arroz com frango - minha avó falou rindo.
-Mesmo assim - rimos.
-Amanhã você começa a ir na escola - minha mãe falou bebendo um pouco de água.
-Já? - disse.
-Sim, e para de preguiça porque é aqui perto - rimos.
Depois do jantar assistimos um pouco de TV e fui para meu quarto, tomei um banho e coloquei um pijama.Deitei na cama pensando que algo de importante iria acontecer amanhã, não sei o que pode ser mas só tenho essa impressão.Logo adormeci e só sei que exatamente às 6 da manhã, minha mãe me acordou.
Coloquei uma calça jeans e uma sueter verde claro, desci e peguei uma maçã para comer no caminho, minha mãe deve estar ajudando minha avó no brecho, o que eu vou ter que fazer também.
O caminho é curto, só são 3 quarteirões até a escola, observei que havia vários carros na frente, Aff pessoas com mais dinheiro já vi que vou me dar mal.
Ninguém reparou na minha chegada, nenhum rosto conhecido e nada implicações, parei na secretaria e me deparei com uma mulher gorda com o cabelo vermelho, que aparentemente é pintado da pra ver pela raiz preta.
-É... - ela não reparou minha chegada - Sou nova aqui e gostaria de algumas orientações - ela me olhou com um olhar frustrado.
-Como é seu nome?
-Alexa Troian - mexeu e remexeu em uma pasta e me entregou um papel e levantou indo embora - Obrigada - sussurrei.
O papel dizia basicamente meus horários e o número do meu armário que é 63.No armário havia alguns livros e um papel dizendo "Grave uma senha" , escolhi 25 que é o dia do meu aniversário.
De repente senti algo bater na minha cabeça caí no chão, e vi que era uma bola de basquete algumas pessoas riram.
-Você tá bem? - um garoto veio me perguntar - Desculpe pela bolada.
-Tá tudo bem - me levantei e fechei o armário e sai andando, indo em direção a sala 7 onde tenho aula de História.
Tive mais três aulas, Matemática e duas de Inglês, na hora do intervalo decidi comer somente uma fruta e beber um suco.Sentei em uma mesa vazia no canto, até que o menino que acerto a bola em mim sentou na minha frente.
-Oi - sorriu, olhei com uma cara de "Oi?" e voltei a comer - Você é nova aqui né, pode não parecer mais tá todo mundo falando sobre você.
-Ae?
-É - ele riu - Se você quiser alguma ajuda pode falar - ele até que é legal e bonito.
-Valeu - Sorri.
-Meu nome é Steven.
-O meu é Alexa.
-Posso ver seu horário? - o entreguei.
-Eu não sei bem onde é o ginásio.
-E sua próxima aula é educação física - rimos - Eu te levo até lá.
-Obrigada - sorrimos e conversamos mais um pouco.Quando acabei de comer nós levantamos e deixei ele me conduzir.
-Você tá gostando daqui? - ele falou.
-Sim é bem tranquilo.
-Que bom.
Durante todo o caminho (que é bem longo) ele perguntou coisas sobre mim como família, vida etc...
Percebi que já não estávamos no prédio da escola, quer dizer, estamos em um terreno abandonado da escola.Ele parou e me encarou.
-Chegamos - ele deu um sorriso malicioso.
-Isso aqui é o ginásio?
-Não.
-Então o que a gente tá fazendo aqui - ele soltou uma risada me rodeando, senti uma energia ruim tomei empulso pra correr mas não tive coragem, quis gritar mas minha voz não saiu.
-Adivinha?
*Peço que comentem o que estão achando, é muito importante a opinião de vocês kkkk.Estou aberta a críticas e elogios huehue beijosss de neon*
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O Meu Melhor Amigo
Non-FictionNão importa o que aconteça, o que digam ou o que vou pensar, eu vou me vingar por tudo que ele me fez passar, por ter tirado o mais importante que tinha na minha vida. E hoje isso vai acontecer minhas armadilhas deram certo, não há mais ninguém aqui...