2. Parvuli Prohibetur

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Lia passou a madrugada acordada em seu quarto. A janela fechada, mas a cortina se encontrava aberta, deixando alguns fios de luz da lua penetrar o chão de seu quarto.

Não conseguia tirar os Infratores de seus pensamentos, era como um corte que parecia que nunca iria cicatrizar.

Ficava dando voltas e mais voltas em sua cama, as vezes começava a trançar seu cabelo, mas desistia, depois de imaginar vários penteados diferente.

"Eu preciso falar com Callie e Will!" Lia pensava.

Lia levantou-se e foi em direção a janela avistar a lua. Aquele prateado da lua se reluzindo nos olhos de Lia como foguetes lançados e ela como alvo.

2h00 da madrugada. E Lia ainda estava acordada.

Mas... dormir agora não seria uma opção boa para se escolher, de tanto que Lia pensava nos criminosos fugitivos, ou, adolescentes com distúrbio mental. Ela sonharia, com certeza, com os Infratores. Alguns dizem, que você só sonha com aquilo que você já viu, então Lia não precisa se preocupar, certo? Errado! Como ela sabe que nunca viu um Infrator se nem sabe como ele é, e, qualquer um de sua Tribo possa ser um Infrator disfarçado.

Lia começa a se lembrar de quando ela viu uma menina, que aparentava ser 8 anos mais velha que ela, observando-a a algumas semanas a trás.

"Merda! Agora mesmo que não durmo! "

Lia bateu a mão na testa.

Abriu a janela e sentiu um vento forte vindo em sua direção, balançando seu pijama comprido. Fechou a janela rapidamente.

"Preciso dormir!"

Lia fechou a cortina e foi em direção a sua cama.

Puxou o cobertor até seu pescoço, cruzou os dedos e começou a falar mentalmente:

"Não tenha pesadelos, não tenha pesadelos!"

E acabou dormindo.

***

- Mãe! – Gritava uma voz feminina e masculina ao mesmo tempo. – Não deixe eles nos levar!

Um menino e uma menina estavam sendo puxados pelos braços para um avião. Uma mulher, Lia não conseguia ver seu rosto, foi até as crianças, Lia também não conseguia ver o rosto deles. No lugar do rosto havia luz. Uma luz prateada.

A mulher batia nos guardas que seguravam as crianças que aparentavam ter quatorze anos.

BANGUE!

Um barulho de tiro foi disparado, um outro homem de terno apontou um revólver para a mulher e gritava para ela: " Se afaste! Ou te mato! "

O homem de terno, a mulher, os guardas e as crianças olharam para Lia. Uma picada forte em seu pescoço, depois escuridão profunda.

- E foi isso que aconteceu! – Disse Lia para Callie e Will. – E olha que eu pedi muitas vezes para não ter pesadelos.

A praça da Quinta Tribo estava com poucas pessoas, mas pelo horário, o número de pessoas estava explicado.

17h00.

Nas Tribos existe uma lei chamada Parvuli Prohibetur, do latim, Crianças Proibidas. Essa lei foi criada afins de proibir qualquer menor de dezesseis anos sair de casa depois das 14h00. Essa lei foi criada depois que os Infratores conseguiram se fortalecer, e raptaram um menino em torno de quatorze anos e o levou para sei lá aonde. Mas, isso foi o que a HigherCity informou a todos em um show de hologramas na praça. A lei Parvuli Prohibetur foi fundada pelo presidente da HigherCity, Dante Ulysseus Albany. Lia nunca tinha visto um homem de idade mais asqueroso na vida. Sua pele era escura e sua cabeça careca. Lia não tinha certeza, mais vários comentários diziam que ele era muito alto, mas para saber mesmo, ou a pessoa tinha que receber uma punição ou ir para a Distinção.

Infratores: A DistinçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora