Meu nome é Anne Kripton, você não conhecerá minha história e sim os fragmentos dela, que talvez possam mudar sua vida, cuidado.
Meu sono estava leve, ouvi alguns ruídos e despertei, virei ao lado e fitei pela janela o belo sol que ali raiava, meu telefone estava ao meu lado, olhei as horas e estava atrasada, já eram 7:30 AM. Me levantei rapidamente, corri para o banheiro e no pequeno espelho fiquei observando minha face, era tão clara que parecia um papel em branco, meus lábios eram carnudos porém falho, meus olhos amarelados e meu cabelo de um louro quase branco, as vezes passava por minha cabeça que eu era albina, confesso. Me despi. Estava tentando tomar banho mais rápido possível, porém o barulho inquietante que já escutara me assustava, abri com pressa a cortina que separava o chuveiro do restante do banheiro, e visualizei uma figura vermelha saindo pela porta. Num piscar de olhos voltei ao banho e o acelerei pelo motivo do espanto que acabara de tomar. Me sequei e sai logo do banheiro para vestir meu uniforme, não gostava de usar essas roupas, uma blusa social branca e uma saia avermelhada um pouco acima do joelho, me sentia presa. Peguei minha bolsa surrada e marrom que havia ganhado faz 6 anos de minha avó que faleceu recentemente.
Estava descendo as escadas para o caminho da cozinha, mexia no telefone quando novamente o barulho voltou a me incomodar, parei perplexa e olhei tudo ao redor, e lá estava novamente, a figura vermelha rondando pela casa. Rapidamente segui a figura mas a perdi de vista quando ela entrou na cozinha, ouvi alguém me chamando com uma voz curiosa, era Carrie, minha mãe, ela era parecida comigo, porém linda e com uma confiança extrema, ela estava ali com sua caneca e com um sorriso lindo me esperando para tomarmos juntas nosso café, segui em sua direção e dei um beijo em sua bochecha e segui o caminho para a mesa com ela.
Lá estávamos nós duas como todo dia, meu pai nunca havia conhecido e não gostava de falar dele, e a única parente que restava era minha vó, mãe de minha mãe, mas que infelizmente havia falecido. Conversamos entre as mordidas rápidas que dava em minha torrada, e notava algo estranho nela, mas não sabia o que, por fim do café sai rapidamente da mesa, peguei minha bolsa e me despedi de minha mãe que me fitava com um olhar triste e preocupante mas pensei que era só impressão.
Estava no caminho para escola quando senti algo forte percorrendo em meu corpo, gritei, mas não havia ninguém por perto, cai de joelhos e não sabia o que fazer, o barulho que já havia ouvido estava mais forte mas havia mais barulhos misturados e um deles me assustava, ouvia os gritos de minha mãe, a angústia estava mais forte que a dor, estava perdida, será que morreria ali?
Passou alguns minutos e a dor não passara, então olhei para frente e a figura que visualizei em minha casa estava ali me observando por trás das árvores, supliquei sua ajuda mas ela não saia dali. A figura apontou sua mão em minha direção, sua mão estava azulada e esse azul tomou conta de minha visão.
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Fragmentos de Anne: A Chave
FantasyAnne Kripton, uma garota aparentemente normal, de uma família tradicional e conservadora de uma pequena cidade localizada ao sul do Tennessee. Sua vida é monótoma: escola, família, amores... Mas tudo muda ao selar seu decimo sexto aniversário. Uma m...