Thomaz:
Observo Laura subir as escadas, seu olhar está uma confusão de sentimentos os poucos que consigo identificar são tristeza, surpresa e preocupação. Não entendi sua reação mais cedo, ela ficou muito abalada depois do telefonema, cada dia que passa tenho mais certeza que ela tem um segredo e isso está incomodando; espero que um dia Laura me conte, porque saber que ela sofre e não poder fazer nada me mata, sigo para o escritório, olho alguns documentos. Olho para o relógio e já são quase nove horas da noite, decido ligar para minha mãe, pois desde que me casei não conversamos.
- Alô? - ouço minha mãe falar.
- Oi mãe, como à senhora está? E o papai, está bem?
- Calma menino, estamos bem graças a Deus - fala rindo. - Quero saber como anda o seu casamento?- Bem.
- "Bem"? Só "bem"? Como assim? - pergunta, e não posso deixar de me perguntar, "por que mulheres são tão curiosas?".
- Ela é linda, perfeita, e a Maya a adora, espero que a senhora também goste.
- Espero que venham me visitar logo, estou ansiosa para conhecê-la. - diz e ouço um gemido, "meu Deus".
- Mãe a senhora está bem?
- Estou, tenho que ir meu filho, seu pai não gosta de esperar. - fala e desliga o telefone sem esperar minha resposta, meu Deus, não acredito que minha mãe ia... Melhor nem pensar prefiro me deitar depois dessa.
Chego ao quarto e encontro Laura na sacada, falando ao telefone.- Malu se cuida, okay? - Ela diz.
Aproximo e ela desliga o telefone, ela inclina a cabeça para o céu olhando como se buscasse alguma resposta, tenho tempo para admirar todas suas curvas, observo seu cabelo sobre suas costas, a cintura e a bunda meu Deus que mulher maravilhosa não é só o corpo, é tudo, estou apaixonado, meu Deus!- Aaah! - seu grito interrompe meu devaneio, seu olhar inicialmente é de pânico, mas em seguida ela me reconhece e me lança um dos seus sorrisos encantadores. - Você me deu um susto, Thomaz, não devia chegar assim sorrateiro, pensei que era...
- Peço desculpas, não foi minha intenção te assustar - seguro seu rosto e a beijo, diferente dos outros beijos que trocamos, esse é mais calmo, sento e aprecio seu gosto, ela para e sorri, está corada. - Pensou que era quem? - retomo do ponto que ela se interrompeu
- Ninguém - ela responde tão rapidamente, que fico desconfiado, mas ela não me dá tempo de falar nada e pergunta. - Thomaz quando vou conhecer seus pais? - sexto sentido é assustador.
- Falei com minha mãe alguns minutos atrás e ela está ansiosa para conhecer você. - digo com cautela, ao mesmo tempo decido não insistir no assunto, ela vai me falar em algum momento, Laura, que não sabe o que passa em minha cabeça, me olha e sorri.
- E quando podemos ir visita-los?
- Não sei, Maya está estudando e breve vou voltar á trabalhar. - explico ela suspira e senta na cama, sua expressão muda repentinamente.
- Então, vai ter um feriado semana que vem, seria ótimo se fossemos para lá. Podemos ir? - ela pergunta sorrindo.
- Podemos sim - digo, o sorriso dela se abre ainda mais, ela se levanta e me dá um abraço rápido.
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Enquanto houver razões
Romance"Enquanto Houver Razões Laura Miller, tem 25 anos, e se vê forçada pelo pai a se casar com o atraente empresário, Thomaz 32 Ela está certa que não pode se apaixonar por seu marido, embora a vida com ele e a nova enteada esteja rodeada de momentos f...