CAPÍTULO 5

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Ariel.

Quê merda eu acabei de fazer? Minha nossa!

Virando uma esquina quase perto da superintendência, eu olhei de relance pra ele outra vez, aí toda a minha sanidade pareceu desaparecer. Não era só porque ele era extremamente lindo, era também, em grande parte, porque meu corpo sentia por ele uma terrível e assustadora atração sexual. E olhar pra ele, me fazia querer nunca mais desviar o olhar pra outra direção.

O silêncio se seguiu. Ele mantinha uma cara emburrada, e raivosa, que eu particularmente achei bastante atraente também...

---- Dirige, Ariel. Para de olhar pra mim, ou então, tua BMW vai ser amassada outra vez. ---- ele me disse, olhando pra frente, sem nem mesmo olhar pra mim.

Ficando um pouco vermelha, eu prestei atenção na estrada.

---- Você está... bravo? ---- perguntei, querendo realmente saber.

---- Você é muito observadora... ---- ele virou a cara pro outro lado, com teu tom debochado.

---- E por que você tá bravo? ---- eu insisti na pergunta. ---- Afinal de contas, acabou de conseguir o que você tanto queria.

E o incrível era que eu não estava arrependida... Mas, não sei se eu faria de novo.

---- Nem de longe. ---- ele praticamente sibilou por entre os dentes.

Suspirei, ele tinha sérias mudanças de humor. muito pior que as minhas.

Eu fingi com todo o meu ser que o cara mais gostoso da fase da terra não estava sentado dentro do meu carro, e segui meu caminho, ignorando completamente a cara emburrada dele.

Quando finalmente estacionei meu carro ao lado do dele, eu mordi os lábios, pois isso era um adeus. Estava com medo até de virar a cabeça e olhar nos olhos dele, então, fiquei praticamente congelada olhando fixamente pra frente.

---- Preciso conversar com você, pode me acompanhar aqui fora um segundo? ---- ele me perguntou, sem esperar pela resposta, abrindo a porta do meu carro e saindo.

Respirei fundo umas três vezes e então sai pra fora, parcialmente, colocando as mãos sobre o teto do carro, com a porta aberta.

O sexo incrível e breve que eu tive com ele há uns minutos, me deixou meio mole...

---- Pode falar. ---- eu disse, fazendo o maior esforço pra soar confiante.

Leandros me olhou, abrindo a porta do teu carro, entrando, tirando de lá um envelope daqueles do banco do Brasil.

---- Pode vir até aqui? ---- ele sorriu, um pouco mais amigável dessa vez. ---- Não vou morder você.

Levantei o queixo e fechei a porta do carro, indo até a onde ele estava: entre os dois carros. E então esperei, cruzando os braços.

Leandros me encarou, franzindo a testa e me medindo de cima a baixo. Parecia que ele iria me dizer uma coisa, mas mudou de ideia no último segundo e me disse:

---- Eu quero você. ---- ele falou, mais uma vez, fazendo meu rosto pegar fogo.

Vi algo nos olhos dele que me deixou intrigada. Uma ternura que até então não tinha percebido...

---- Não é nada fácil pra mim admitir isso, mas você já teve. ---- eu suspirei. ---- Sem camisinha, e na porcaria do banco de trás do meu carro.

Ele trincou o maxilar, abaixando a cabeça pra poder dizer em um tom mais baixo.

---- Não foi o bastante... ---- ele balançou a cabeça levemente.

Passei a respirar pela boca, perdida dentro dos olhos azuis dele. Hipnotizada pelos traços do teu rosto sensual e sexy. Ele estava olhando fixamente pra mim, como um caçador. Se eu corresse, ele certamente iria correr atrás. E só de pensar nisso, minhas estranhas reviraram.

Duas Semanas De Puro PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora