Capitulo 11

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Em raparigas adolescentes normais, quando uma mudança de humor vem, ela iam resmungar e queixar-se e ser mal-humoradas como o diabo até a sombra do mal passar. Mas quando Bonnie Bennett experienciava as suas mudanças de humor, ela não resmungava, queixava ou ficava mal-humorada. Muito. Não, ser uma brxa significa que as tuas hormonas ficam exaustas, expulsando a magia do teu sistema por todo o lado. O que resultava em acordar cedo. Na tua cama. Em chamas. Bonnie gemeu enquanto saltava da cama, dando pontapés nos lençóis que ardiam. Levou-lhe dez segundos para usar a sua magia e apagar o fogo, e ela deixou cair a cabeça para trás contra parede com um suspiro.
A última semana tinha sido agitada, e ela mal tinha tido tempo para se preparar para a escola, que rapidamente se aproximava a cada segundo. Ela tinha estado em casa com o seu pai. Não que ele estivesse preparado para a deixar ir, de qualquer das formas. Afinal ela tinha saido a meio da noite e deixado Mystic Falls por algumas semanas sem qualquer aviso. No entanto, havia uma parte de Bonnie que estava orgulhosa do seu pai. Ele não tinha estado por muito tempo mas ela já sentia que estava a tomar controlo sobre tudo. Tomar controlo sobre ela. Mas a forma como ele a tratava, tomando conta dela estava a fazê-la perceber que ele queria realmente fazer aquela relação resultar.
E ali estava a pequena parte da bruxa que a fez perceber que ela queria a mesma coisa.
Na tarde do quinto dia em que Bonnie tinha regressado a Mystic Falls, ela não tinha tido uma chamada do homem com que ela tinha passado duas semanas. Ela esperou pela chamada ignorando telefonemas de Elena e de Caroline, e até de Jeremy e Matt. Ela não queria falar com nenhum deles agora. Kol era o único que importava. Os dias passaram, e no décimo dia desde que Bonnie tinha regressado, ela começou a perder a esperança. Ela tinha feito algo de errado? Certamente não era isso que parecia tendo em conta a última vez que esteve com Kol. Ela conseguia lembrar-se da sensação das mãos de Kol na sua pele, a forma como ele a segurou e a forma como ele parecia tão inseguro do que fazer. Era quase como se estivesse nervoso, e não soubesse o que esperar de todo. Ela tinha tanta certeza de estar certa sobre ele. Ela tinha esperado e esperado e tinha-o afastado, e no momento em que ela o deixou entrar, ele tinha desaparecido de imediato.
Talvez Bonnie devesse ter previsto. Tinha acontecido com todos os rapazes que ela tinha gostado. Ela apaixonou-se por um vampiro que estava apenas a usá-la pela sua magia para chegar até Elena. Ela apaixonou-se por Luka, que queria ajuda para salvar Elijah, e mais uma vez a usou pela sua magia. E depois havia Jeremy Gilbert. Quando ela pensou que podia fazer tudo resultar com este rapaz, ela ouviu que ele tinha beijado o fanstasma de Anna na casa de banho do Mystic Grill. Por isso poof. Ali ia a sua vida amorosa pela janela. O que é que de Kol diferente?
Talvez não fossem os rapazes.
Talvez fosse a própria Bonnie.
Talvez ela fosse algum encanto de má sorte que nunca haveria de encontrar o amor. Ela invejava Elena, e ela té invejava Caroline. Ambas bonitas e felizes nos seus relacionamentos. Porque é que ela não podia ser como elas? Os seus pensamentos foram afastados da sua cabeça quando o telefone tocou, e uma onde de entusiasmo passou por Bonnie. Mas desapareceu quando os seus olhos passaram pela identificação.
"Elena?" Ela suspirou para o microfone.
"Bonnie!" Era Caroline que tinha o telemóvel de Elena, mas Bonnie conseguia ouvir vozes por trás. "Onde é que tens estado? Temos tentado ligar-te durante uma semana!"
"Eu sei," Bonnie murmurou. "Apena não me apetecia sair. Só isso."
"Bonn?" Matt. "Vem ter connosco ao Grill?"
"Sim," Elena falou. "Vai ser divertido; como nos velhos tempos. Tu, eu, Caroline, Matt e Tyler."
"Isso soa bem," Bonnie começou lentamente enquanto se afundava no sofá. Ela torceu um caracol do seu cabelo escuro em volta do seu dedo. "Apenas não me apetece."
"Quando é que te vai apetecer Bonnie?" Caroline perguntou. "Nós sentimos a tua falta."
"Eu sei. Também tenho saudades vossas. Eu saio amanha, okay?"
"E vais contar-nos o que aconteceu, certo?"
"Eu...eu não quero falar sobre isso."
"Bonnie-" Elena parou. "Vais ter que falar, eventualmente."
"Não, Elena. Não tenho- Não quero falar sobre isso. Foi um erro, só isso."
Ela afastou o telefone da orelha, o som das vozes das suas amigas desaparecendo. Um suspiro suave escapou dos seus lábios enquanto ela desligava a chamada, e aninhou-se numa almofada. A porta do seu quarto a abrir fê-la sacudir-se e ela olhou após o som durante alguns segundos. Lentamente, ela retirou o cobertor de cima do seu corpo e deixou os seus pés tocar no chão frio de madeira.
"Quem está ai?" Bonnie perguntou, mantendo a voz firme. Ela ouviu a cama a chiar e ela respirou fundo enquanto deixava a sua magia subir através da seua pele. As luzes começaram a piscar, a mobilia começou a tremer e o ar à sua volta formava pequenos ciclones. O som da sua respiração parecia vibrar através das paredes e do chão, e Bonnie conseguia sentir a frieza do chão de madeira debaixo dos seus pés fazendo-os ficar entorpecidos. Ela empurrou a porta, abrindo-a, a sua mão levantada e preparada para um aneurisma. Os seus olhos cor de avelã percorreram a janela fechada, a mobilia intacta. As sobrancelhas de Bonnie juntaram-se em confusão e ela deu mais alguns passos para o quarto. "Eu sei que estás aqui," Bonnie continuou. Ela tinha ouvido algo. Ela não estava a enlouqucer.
Mas o quarto estava vazio, e não havia lá nada. Ela empurrou a porta da casa de banho e as portas do vestiário. Nada. Ela limpou a garganta e deu uns passos atrás, e quando Bonnie se começou a virar, ela sentiu uma respiração quente no seu ombro. Ela mordeu o lábio inferior, e fingiu que não tinha sentido absolutamente nada. E com um grito de guerra, ela virou-se. O seu punho agitando-se no ar como se fizesse contacto com...Nada.
Ela sentiu lágrimas picando os seus olhos enquanto ela olhava o espaço vazio do seu quarto. Bonnie colocou uma mão na testa enquanto empurrava lágrimas indesejáveis para trás. Ela estava a enlouquecer. Finalmente, depois de tudo o que tinha acontecido, ela estava a ver coisas, ouvir coisas. Sentir coisas.
Bonnie Bennett tinha endoidecido, completamente.
Ela abanou a cabeça para si própria, e começou a caminhada da vergonha para fora do quarto.
Talvez estivesse na hora. Ligar a Elena, Caroline, Matt. Alguém. Bonnie precisava de conversar com alguém, e ela estava a afastar toda a gente que se preocupava com ela. Era isso. Ela não estava preparada para se ir a baixo por causa de um rapaz. Aquela não era a Bonnie Bennett que ela tinha sido criada para ser. Bonnie parou e virou-se, andando de volta para o seu quarto. Não, não. Ela era forte. Esta não era ela.
Toma banho e veste-te. Supera Bonnie.
Ela pegou na escova de cabelo da sua mesa de cabeceira quando ouviu o telemóvel a tocar. Ela parou e olhou para a porta aberta. Lentamente, ela pousou a escova e caminhou para fora do quarto. As suas costas bateram contra parede numa pancada violenta, e ela mal teve tempo para reagir enquanto o ar do seu estômago abandonou o seu corpo, deixando-a ofegante. Bonnie olhou para cima, o seu coração acelarado quando viu os olhos vermelhos turvos e as presas brilhantes rosnando para ela. A sua cara coberta de arranhões e sangue, as suas roupas feitas em pedacinhos, e aprecia que ele se tinha arrastado do poço do inferno de fogo. Essa até não era a pior parte.
Ele estava a tentar matá-la.

Olá olá! Aqui têm mais um capitulo! Esta temporada breve chega ao fim e eu estou muito na dúvida se publico a segunda temporada. Deem-me a vossa opinião :) nao se esqueçam de votar 

Captured Hearts [Tradução p/Português]Onde histórias criam vida. Descubra agora