O grito de Bonnie Bennett ecoou por toda a casa. A expressão pulsando nas suas veias, ansiando pela oportunidade de se libertar. A magia borbulhava na sua voz dando origem a um alto e agudo grito. O som continuou a crescer ficando cada vez mais alto como uma sirene. As paredes tremiam, fazendo as imagens e as fotografias balançarem onde estavam pendurados. O chão vibrou tão violentamente que o telefone caiu da mesa de café, e caiu no chão com um beep barulhento. As portas do armário abriam e fechavam, aos mesmo tempo. O agressor de Bonnie rosnou ruidosamente de dor, e afastou-se, caindo no chão. Ela ouviu-o gritar enquanto puxava pelo próprio cabelo, tentando distrair-se do som. O grito das bruxas abrandou, mas ela conseguiu concentrar-se no ruído alto e agudo e mantê-lo no sitio. De alguma forma ela era imune enquanto tudo e todos na divisão sofriam. Bonnie olhou para baixo, respirando fundo enquanto olhava para o vampiro ajoelhado à sua frente. O seu rosto estava cheio de cicatrizes e nódoas negras, e o seu cabelo fazia parecer que ele tinha escavado um túnel debaixo de sujidade e se tinha arrastado pela Terra como um verme. Se não fosse pelo sangue saindo lentamente pelas suas orelhas, nariz e boca, ela poderia ter achado piada. Ele chorou de dor, e agarrou-se às suas calças. Ele agarrou-se com tanta força que as poderia ter rasgado, mas ela pontapeou-o.
"Se me voltas a tocar, eu transformo os teus olhos em caviar," Bonnie avisou, e ela quase estremeceu à crueldade da sua voz.
"Isso é um bocadinho bárbaro, não achas?" O homem conseguiu dizer. Sangue saia pelos seus lábios, e Bonnie apercebeu-se que ele tinha um grande corte no lábio inferior.
Se ela se esforçasse o suficiente para ver, ela conseguia ver a sua gengiva e dentes através da pele. Bonnie susteu a respiração e deu um passo para o lado, desviando o olhar da ferida aberta no seu queixo. "Rastejaste para fora do Inferno?" Bonnie perguntou, controlando a vontade de vomitar.
"Sabes," O homem engasgou-se e os seus olhos ficaram vermelhos. "Eu adoraria responder a essa pergunta se fosses simpática o suficiente para parar com esse barulho torturante."
"Como é que sei que não vais tentar matar-me de novo?"
"Contina com isto e eu mato-te," Ele rosnou de novo e levou as mãos aos ouvidos. "Por favor! Tens a minha palavra! Não te vou magoar!"
Bonnie olhou para ele. Ela não confiava nele, mas ela conseguia sentir-se fraca por causa da expressão. Ela parou o feitiço respirou fundo, sentido que tudo no seu corpo tinha caido e se estava a afundar. O homem suspirou em alivio, e caiu de joelhos no chão apoiado nas mãos e respirou forçadamente.
"Vampiros não precisam de respirar," Bonnie parou enquanto o observava.
"Faz-nos sentir melhor," O homem cuspiu secamente, claramente nada feliz com aquilo por que tinha passado. Ele forçou-se a levantar, agarrando-se a um sofá próximo. Bonnie ergueu uma sobrancelha, observando-o cuidadosamente. Ela não conseguia ver a sua cara graças ao sangue e às nódoas negras.
"O que é que me fizeste? As minhas entranhas transformaram-se em papa!"
"A serio?" Ela perguntou, levemente impressionada com o resultado da sua magia.
"Dava-me jeito algum sangue."
"Sai," O sorriso de Bonnie caiu, e ela apontou para a porta. "Não sei quem tu és, e como é que foste convidado para minha casa, mas tu não vais ter as tuas presas nojentas no meu pescoço. Vais arder no inferno antes de isso acontecer."
"Oh, as minhas desculpas," O homem conseguiu manter o sorriso por trás do lábio cotado. Ele levou a mão ao seu rosto retirando o sangue.
"Oh meu deus," Bonnie susteu a respiração. "Kol?"
"Isso dói."
"Então para de te mexer," Bonnie respondeu duramente e precionou o pano com mais força no lado da cabeça do Vampiro Original. "Talvez doa menos."
"Sabes - OUCH!" Kol estremeceu e rosnou-lhe. "Continua a doer."
"Desculpa se não sou gentil o suficiente. Aqui. Queres fazê-lo tu?"
Bonnie ergueu uma sobrancelha irritada e retirou o pano. Kol olhou para o material manchado de sangue pelo que lhe pareceu ser uma eternidade. Ele desviou o olhar, continuou, continuando quieto e deixando Bonnie continuar. "Foi o que eu pensei," Bonnie respirou uma pequena golfada de ar e começou a limpar o sangue de novo. Depois de alguns longos segundos de um silêncio pesado e constrangedor, Bonnie finalmente abriu a boca para falar. "Porque é que ainda não te curaste?"
"Verbena atrasa a cura," Ele respondeu simplesmente. "Mesmo para vampiros como – " Ele parou-se a si próprio tão abruptamente que Bonnie saltou levemente. Ela olhou para ele, esperando que ele continua-se. Ele ficou quieto.
"Vampiro como o que?"
"O que?" Ele perguntou enquanto ergueu uma sobrancelha. Bonnie franziu o sobrolho e abanou a cabeça, esquecendo o tema. Não era nisso que ela estava interessada. Onde é que andaste? Incomodava-te pegar o no telemóvel e ligar? Mas bombardear Kol com perguntas provavelmente não era o melhor a fazer, especialmente desde que eles estavam os dois tensos e cansados.
"O que é que te aconteceu?" Ela perguntou e interrompeu antes que ele podesse falar. "E a verdade Kol?"
"Entrei numa briga. Tão simples quanto isso."
"Que tipo de briga deixa um vampiro preto e azul com um lábio cortado?"
"Uma luta grande?"
"Kol não estas a ser engraçado," Bonnie suspirou e inclinou-se para trás, deixando o pano ensanguentado num caixote próximo. A água lá dentro ficou vermelha escura. "Podes ser honesto comigo, ou podes sair."
Kol olhou para os seus dedos e esfregou-os cautelosamente nas calças. "Não quero que te preocupes com isso," Ele disse calmamente. "Não tem nada a ver contigo."
"Sim, tem. Se vens a minha casa e convencendo-me que estás a tentar matar-me, então sim. Tem a ver comigo, e eu quero saber."
"Entrei num mal entendido com a pessoa errada à hora errada. Ele era forte, eu era fraco. Tão simples quaanto isso."
"Klaus?" Bonnie perguntou, mesmo sabendo que estava certa. "Klaus fez-te isto?"
"Bonnie apenas esquece-"
"Não, Kol. Quem é que ele pensa que é?"
"Um vampiro Original, okay?" Kol levantou a voz enquanto saia do sofá, cambaleando levemente. Ele ganhou balanço e mordeu o seu lábio acabado de sarar. "Ele faz o que quiser. Ele consegue o que quer."
"O que é que ele quer?" Bonnie levantou-se e deu alguns passos na sua direção. "Porque até agora, o que eu estou a perceber é que ele não te quer perto de mim. Porque?"
"Eu nao sei!" Kol encolheu os ombros dramaticamente e afastou-se dela. "Ele tem uma mente controversa, nao consigo perceber um único pensamento da sua pequena e doente cabeça."
"Não achas que já está na altura de lhe perguntarmos? Klaus esteve tão perto de te matar. Ele tentou matar-me em Chicago Kol."
"Klaus não arranjou isso," A voz de Kol misturada com irritação, mas a sua expressão caiu assim que percebeu que havia cometido.
"Como é que sabes?"
"Porque o conheci."
"Conheceste?" Bonnie ergueu uma sobrancelha. "E nunca pensaste em partilhar isto comigo?"
"Não era nada da tua conta."
"Nada da minha conta? Ele tentou matar-me!"
"Olha, ele queria vingar-se de mim e atacar-te foi o melhor que ele se lembrou. Simples."
"Porquê eu?" Bonnie abanou a cabeça e virou-se, olhando para o balde de sangue. "Porque é que tudo em que estás envolvido, eu sou arrastada?"
Kol observava-a silenciosamente enquanto ela olhava pela janela. Ela respirou fundo e passou a mão pelo cabelo. Ele estava a metê-la em perigo. Mentir-lhe ia matá-la, mas ele não ia aguentar perdê-la se lhe contasse a verdade. Como iria Bonnue conseguir perdoa-lo por esconder um segredo tão grande?
"Bonnie?"Kol perguntou calmamente. Ela não se virou e os seus ombros começaram a tremer levemente. "Bonnie?" Ele tentou chegar-lhe.
"Não!" Ela gritou e sacudiu a sua mão. Lágrimas quentes encheram os seus olhos, e ela empurrou-o para trás com quanta força tinha. "Não me toques!"
"Estou a tentar proteger-te," Kol estalou de volta, a sua paciencia desaparecendo.
"Mentindo? Isso corre sempre mal, Kol. Tu sabes que qualquer segredo estúpido que estejas a esconder, eu vou descobrir."
"Vais mesmo?" Kol levantou uma sobrancelha. "Como é que pensas que vais fazer isso?"
"Tenho a certeza que o Klaus me vai dizer. Parece que ele quer ver-nos separados custe o que custar, e eu tenho um pressentimento de que estás a esconder é algo gigante."
"Bonnie-"
"Não me venhas com Bonnie. Estou farta de mentiras Kol."
Ele olhou para ela, os seus olhos escuros procurando-a. Desta vez ela estava séria, e ele podia ver isso. Ele podia dizer-lhe a verdade, ou ela ia sair de casa e ir direta à porta de Klaus. E Kol sabia que o seu irmão mais velho não ia prescindir de detalhes. "Okay," Kol disse suavemente, e Bonnie animou-se. "Eu conto-te. Tudo o que precisas de saber."
"Okay," Bonnie acenou, retirando o cabelo dos olhos.
"Com uma condição." Kol acabou e hesitou. Bonnie continuou quieta, preparada para aceitar tudo o que Kol quisesse pedir. "Sai comigo."
"O que?"
"Agora. Ao parque, escola, ao Grill. A qualquer lado. Preciso de ser visto em público. Preciso de ser visto contigo."
"Porque?" Bonnie abanou a cabeça confusa. "Não percebo. Como um encontro?"
"Sim," Kol soltou a palavra. "Um encontro. E depois conto-te tudo o que precisares de saber."
"Prometes?"
"Com todo o meu coração."
"Okay," Bonnie acenou lentamente e enxugou a humidade por baixo dos seus olhos. "Mas tu precisas de sair daqui. Eu estou uma confusão."
"Para mim tu estás linda, pequena bruxa," Kol sorriu levemente, recebendo um olhar de Bonnie. "Sempre."Ainda nao acabou! Só mais um capitulo para acabar!! Deem-me a vossa opiniao em como acham que vai acabar e nao se esqueçam de votaar :)
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Captured Hearts [Tradução p/Português]
FantasyThe Vampire Diaries. Kol e Bonnie. Bonnie Bennett é uma bruxa. Kol Mikaelson é um vampiro Original. Juntos, eles são o caos. ESTA FIC É DA PASTAQUEEN! EU ESTOU APENAS A TRADUZIR