capítulo 1

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Eu estava no ano de minha formatura em contabilidade, aos 32 anos e tendo que correr atrás do tempo perdido, pois tinha passado por alguns problemas financeiros e tive que trancar o curso. Já  era para estar formada e no mínimo estar cursando doutorado, mas enfim chegaria lá.... Estava sem tempo para qualquer outra coisa que não fosse trabalhar e terminar meu TCC, pois trabalhava em período integral em uma grande imobiliária da cidade em que morava, no setor de atendimento a clientes. Era uma sexta-feira as 18:15h estava esperando minha amiga que só sairá as 19:00h todos do setor que eu trabalhava já tinham saído e eu estava emitindo uns relatórios para meu chefe que iria participar de uma reuniao muito importante no dia seguinte com um dos diretores, quando o telefone de minha mesa toca, retiro do gancho e digo já sabendo que era da recepção:

- não atendo nem por muito dinheiro e começo a sorrir...

A recepcionista ( Natália ) era minha grande amiga e insistiu para que eu atendesse este cliente. Apenas disse:

- certo, manda!

Estava abrindo o sistema, sentada a trás da mesa, quando a porta da sala se abre. Olho para cima e fico perplexa, paralisada, quase caindo durinha para trás com tamanha beleza, meu coração quase sai pela boca... e vejo aquele homem alto, forte e incrivelmente perfeito de lindo, estava usando um terno preto, blusa branca, uma gravata de listras e sapatos pretos, cabelos bem cortados em um tom castanho claro, os olhos azuis da cor do céu, barba bem feita e sua pele parecia com a de um bebê, mas estava sério e compenetrado. A única coisa que consigui falar foi pedir que sentasse e aguardasse por um momento... Ele sentou-se com uma elegância que não tinha visto em homem nenum que tivesse conhecido, abrindo o botao de seu paletó,  sentou-se. Perguntei-lhe o endereço do imóvel, como de costume, ele me respondeu, digitei no sistema verificando que era um prédio comercial, localizado em uma avenida de grandes edifícios elegantes, e este era um deles.

- Qual a sala que o Sr. aluga?

- Eu não alugo nenhuma sou proprietário do imóvel.

Meu queixo quase caiu de vez, pois os proprietários se dirigiam diretamente a gerência e nunca ao atendimento.

- Em que posso lhe ajudar Sr. André?

- Como sabe meu nome?

- Quando localizei o imovel no sistema existe um campo com a informação do nome do proprietário.
Desde que entrou na sala não tirou os olhos dos meus, me deixando um pouco com vergonha e olha que todos os meus amigos falavam que era impossível alguém me deixar sem jeito, mas este homem conseguiu. Ele começou dizendo que tinha um andar do edifício que era seu escritório, que não era alugado e que estava com uma mancha enorme do teto de sua sala e acreditava ser devido a alguma infiltração da sala de cima. Precisava entrar em contato com o inquilino para mandar uma empresa especializada para resolver o problema. Mas nao queria ele mesmo ligar, como existia a imobiliária para ser a intermediadora entre o proprietário e o enquilino.

- O Sr.  Fez muito bem vou marcar com ele e lhe passarei a data. Qual o número do telefone que posso entrar em contato diretamente com o Sr.?

- É melhor me chamar de André!

Me passou o número e anotei.

- Posso lhe ligar na segunda ou prefere que a gerente de seu imóvel lhe passe a informação?

- Pode você mesma me ligar, não quero ocupar Lídia com uma coisa simples dessas, sei que ela é muito ocupada.

Como se eu não fosse! Fiquei com muita raiva, além de atendê-lo fora do meu horário de trabalho, ainda deu a entender que não era tão ocupada, eu mereço mesmo.

-  Ok então André vou agendar com o inquilino e na segunda ligo-lhe passando a informação.

- Obrigada Lavínia.

- Como sabe meu nome?

- Está escrito em seu crachá.

Sorri meio que sem graça. - Tenha uma boa noite André!

Ele se levante abotoando seu paletó e respondeu segurando firme minha mão.  - Boa noite. Quando saiu já se passava das 19:30h. Natália me ligou novamente.

- Vamos?

- Claro que sim fiquei extremamente exausta depois desse atendimento.

Quase todos os dias íamos juntas para casa, pois morávamos no mesmo condomínio, ela com sua família e eu sozinha, já que tinha vindo do interior para estudar e trabalhar na capital,  mãe dela era maravilhosa comigo me tratava como filha. Fui o caminho inteiro falando sobre André e de como aquele homem havia me deixado após atendê-lo. Natália apenas sorria. Quando estacione o carro no condomínio disse logo a ela que hoje não iria sair pois estava muito cansada e iria fazer os últimos ajustes do meu TCC, mas que amanhã iríamos sair para comemorar, pois só me restaria apresentar meu trabalho de conclusão de curso e receber meu certificado. Subi para meu apartamento, entrei no quarto tirei minha roupa e fui tomar uma banho. Depois fui para o computador acertar os últimos detalhes de meu trabalho, enviei o e-mail do trabalho para minha coordenadora e fui dormi eram mais de uma hora da madrugada. Estava muito mais cansada do que quando cheguei deitei em minha cama e dormi profundamente.

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⏰ Última atualização: Aug 08, 2016 ⏰

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