War Fighters- Temporada 2

Capítulo 10

N/A: Música na multimédia!! 

Dia seguinte

Acordei cedo. Não tinha sono. Ouvi uns batuques na porta e dei autorização a essa pessoa para entrar. Era Luke. Por que raio é que ele iria bate à minha porta, a uma hora destas? Espero que seja importante, porque continuo a não querer falar com ele. Posso parecer parva, ou o que quiserem, mas continuo magoada. Quando fico magoada, isso dura bastante tempo, acreditem. 

-O que queres?- perguntei de forma seca. Não tinha a minha paciência, ainda por cima de manhã e tão cedo.- Não estou com paciência.

-Só queria falar contigo.- respondeu, fechando a porta. Respirei fundo para não armar escandalo. 

-Sobre o quê?- as minhas perguntas eram pequenas e secas. Continuava a olhar para o teto. Não queria cruzar olhares com ele. Deve ter alguma coisa de útil para me dizer. Não quero nada velho, nada que já saiba.

-Quero pedir-te desculpas. Fui um pouco duro contigo naquele dia e não devia.- começou, sentando-se na cama. Sentei-me e olhei para ele. Era a primeira vez que os nossos olhares se cruzavam durante tanto tempo.- A pressão de tudo o que anda a acontecer tem dado cabo de mim e isso, por vezes, faz-me descontrolar e digo coisas que não quero dizer e ajo como não quero. Fico uma pessoa diferente e, depois, arrependo-me. Ainda por cima, tudo o que o meu pai nos fez teve o seu peso nisso. O meu pai terá sempre algo haver com alguma coisa que nos acontecer. Ele não admite que esteja com alguém da família rival. 

A sua voz mostrava arrependimento assim como a sua cara. Uma parte de mim quer acreditar, mas outra diz que ainda é muito cedo. Por um lado quero perdoar-lhe e por outro quero deixar como está. Dar espaço a tudo isto. Pensar se dar o braço a torcer agora é demasiado cedo ou não. A minha cabeça, o meu coração, tudo em mim está um turbilhão de emoções que ninguém imagina.

-Luke...-tentei começar. Queria arranjar as melhores palavras. Não quero que ele fique mal comigo nem eu com ele. Não quero deixar nada em suspenso, magoar sentimentos. Quero deixar tudo claro como a água.- Um lado quer perdoar-te e o outro diz para dar um espaço. Para te ser sincera, eu quero imenso perdoar-te, contudo, não sei se sou capaz. Posso estar a ser uma autêntica drama queen, mas quando me magoou, magoou-me a sério e isso leva o seu tempo. Quero tanto, mas mesmo tanto perdoar.

-Então porque não o fazes?- pequenas lágrimas começaram a rolar pela sua cara. Por que é que fizeste isso Luke? Porquê? O meu coração amolece. Abracei-o logo e respirei fundo. Abraçou-me de volta e abraçámo-nos mais forte. Por vezes, são estas zangas que tornam mais fortes as relações. Na minha opinião há alturas em que se tem que fazer uma pausa para pensar no que realmente queremos, dar um espaço, viver as nossas vidas por algum tempo. E, na nossa relação, esse tempo acabou. É hora de voltarmos, de tomarmos conta do nosso filho juntos, de nos completarmos outra vez.

-A única coisa que te tenho a dizer é que te perdoou. Não sou capaz de estar mais tempo chateada contigo. Não contigo.

-Sabes que és a pessoa mais bondosa de sempre?- perguntou-me num sussuro. 

-Já me disseram isso. Sabe bem estarmos de volta.- disse, quebrando o abraço e olhando-o profundamente nos olhos. Aproximei-me dele e colei os nossos lábios num leve beijo. Saudades. Saudades é o que sinto. Saudades dele ao pé de mim. Saudades de tudo nele.- Peço desculpa por estar a tocar no assunto que vou falar, logo neste momento, mas tenho essa necessidade. No dia em que nos chateámos, fui até à casa onde eu e a minha família costumávamos passar uns tempos e, enquanto arejava a casa e fazia as minhas investigações, encontrei um diário do meu pai numa das gavetas da secretária do seu escritório. Achei estranho e decidi pegar nele e começar a lê-lo. O que não estava à espera era de encontrar o que encontrei.

-E o que é que encontraste?- questionou-me confuso, enquanto me levantava para o ir buscar. Entreguei-lho e voltei-me a sentar na cama.

-Encontrei páginas sobre a confusão e isso tudo que há entre as nossas famílias. Só li ainda as duas ou três primeiras páginas, nada mais. Do que li, deu para entender que tudo isto já vem de há muitos anos atrás. E ainda não entendi o porquê de tudo isto. Ok, não li o diário todo, mas quero saber, quero saber mais e mais. Quero que isto acabe agora. Não quero que mais ninguém sofra por isto, que volte a passar por isto. Quando descobrirmos o que realmente orginou esta treta toda, vamos por um ponto final. Acaba connosco.- disse determinada a levar a minha ideia até ao fim. 

-Se quiseres, podemos ler isto em conjunto. Deixas-me ler aquilo que já leste e continuamos juntos. Já contaste à tua mãe e ao teu irmão?

-Não, ainda não. E não faço ideias de contar, por agora. Não os quero preocupar. 

-Mas devias de lhes contar! Eles precisam de saber da existência disto, de saber de tudo! Pode haver coisas que não sabem, que podem ter sido escondidas por alguma razão!

-Podes estar certo, mas não quero! Se achar oportuno contar-lhes, conto. Deixa passar algum tempo. Deixa que as leituras avancem e, se tudo indicar que lhes deva contar, eu faço isso. Entende a minha posição. Já passámos por muito. A minha mãe perdeu a pessoa que mais amou na vida, eu e o meu irmão perdemos o nosso pai. Talvez eu possa aguentar melhor isto, pois perdi-o muito cedo e não tenho muitas memórias dele. Agora, contar isto, pode ser uma bomba. Não quero que eles se passem. Podem reagir mal, podem ficar magoados comigo e eu não quero isso.

-Se achas que isso é o mais correto, só tenho é que te apoiar. Quero o melhor para todos.- apoiou-me, finalmente! Levantei-me e fui amamentar o Andy.- Vamos é deixar o diário para depois. Temos aulas, para que conste. 

-Só me faltava agora era isso. Agora que queria saber o que estava escrito nisto.- fez-se-me luz, de um momento para o outro.

-Por acaso o teu pai não tem um diário ou assim? Algo onde escrevesse. Lembraste de alguma coisa que se parecesse com um diário?

-Que eu me lembre, não! Posso telefonar à minha mãe para ela procurar e, se encontrar, para enviar por correio urgente. Vai demorar, mas pode ajudar, espero eu.

-Então começa a rezar para que ele tenha um, porque poderá vir-nos a ser bastante útil! Pode-se descobrir coisas que nunca se pensou. Podemos descobrir facetas dos nossos ente queridos que nunca pensámos que existiam.- expus algo que pensava, e fui-me arranjar.

N/A: Finally!! Finally!! Já fizeram as pazes!! Agora, eles vão tentar de tudo para que tudo fique bem, mas tudo vai mudar mais para a frente. Para bem, ou para mal...Tudo pode acontecer!! :D Keep reading e descubram!! :D