cap 31

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Incrivelmente hoje tive uma folga no trabalho, então resolvi escrever e o capitulo fluiu rsrsrs

Então resolvi antecipar o cap de sábado.... Boa leitura.

***

Eu estava deitada em uma cama barata, mãos e braços amarrados minha boca amordaçada, completamente nua.

Há um espelho de teto no quarto e eu posso ver meu olho esquerdo começando a ficar roxo, meu corpo completamente nu coberto com um fino lençol impecavelmente branco.

A noite passada havia sido um pesadelo, ainda consigo sentir o cheiro dele em mim, suas mãos ásperas me tocando, seu membro duro me penetrando.

Gustavo me torturou de todas as formas possíveis. Batendo-me, e obrigando a chupa-lo, me penetrou de todas as formas, senti a degradação, humilhação, dor, desespero e acima de tudo recordei dos tempos de Lucio, quando ele abusou de mim. Quando tirou a minha inocência e acabou com os meus sonhos.

Mexo-me tentando aliviar as amarras, porem cada vez que mexo os pulsos sinto a corda me cortando.

-Bia esta acordada querida? –Gustavo abre a porta carregando uma bandeja de comida em um de seus braços. –Vejo que esta. Com fome?

Olho para ele com nojo, como ele pode fazer isso comigo, porque ele escolheu a mim com tantas outras meninas no mundo.

–Por quê? –Consigo dizer, meus olhos ardendo com o acumulo das lagrimas.

–Não pense muito ruivinha, pensar demais não ajuda nada com a dor. Irei desamarrar você, pode ir ao banheiro e se alimentar, preciso que fique forte para o que tenho em mente. Mais não pense em tentar fugir, a casa esta completamente trancada, então sem gracinhas querida.

Ele se aproxima de mim desatando os nos de meus tornozelos seguindo para meus pulsos, instintivamente os esfrego sentindo os ferimentos recém-adquiridos.

–Como se sente? –Gustavo estava sorrindo para mim, um sorriso de compreensão, talvez compaixão. Começo a pensar que o abuso esta mexendo com a minha cabeça.

–Como você acha que eu estaria me sentindo, você me drogou, me bateu, transou comigo sem o meu consentimento. –Minha voz foi ficando cada vez mais alta, as lagrimas que antes estava ameaçavam cair, agora estava jorrando livres dos meus olhos. –Você me estuprou Gustavo, você é um doente de merda, e não ficará impune disso.

–Doente? Realmente acha que eu sou doente garota, você não tem ideia do que é ser doente. –Gustavo sai do quarto me trancando, deixando a comida em cima da cama. Meu estomago ronca me incentivando a comer. Dei uma garfada experimentando o macarrão e me surpreendo ao notar que estava gostoso.

Acordo subitamente com o toque inesperado. Gustavo esta em cima de mim, acariciando meu rosto.

–Por que não reage? –Olhei atentamente em seu rosto, um misto de prazer e dor em seu semblante.

–Por que eu deveria?

–Por que é o certo a se fazer, porque eu sinto prazer assim, gosto de ver e ouvir os lamentos as lamuria, os gemidos de dores. E você estranhamente não faz nenhuma dessas coisas. Nem mesmo quando eu bati em você, não esboçou nenhuma reação.

Ele realmente quer saber por que eu não reagi da forma certa, provavelmente foi por conta dos quatro anos em que vivi sendo abusada de forma semelhante por Lucio. Com ele apendi a mascarar a dor, o nojo a escuridão.

–Me responde o porquê Beatriz. –Gustavo se deita por cima de mim, passando a mão pelos meus seios.

–Por que eu já passei por isso no passado. –Digo fechando meus olhos. A escuridão querendo vir à tona. Rezei silenciosamente pedindo forças para enfrentar mais esse desafio. Não iria morrer pelas mãos de Gustavo.

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