Richmond – Virginia
Dia de Martin Luther King – Janeiro de 2013 – Segunda-Feira.
Krystal Moore saiu do seu taxi apressadamente, pegou as chaves que quase caiam de seu bolso, e correu até a portaria de seu prédio, pois não queria se molhar, a chuva estava muito forte. E não tinha levado guarda-chuva para o trabalho.
Mesmo no feriado, ela tinha que trabalha, não poderia deixar ela mesma e a irmã passarem fome. A irmã de Krystal se chamava , Serena , tinha dezenove anos, estudava em casa e quase não tinha amigos, na verdade, não tinha. Krystal e Serena eram órfãs, os pais delas morreram quando Serena tinha nove anos, Krystal tinha a dezoito quando aconteceu. Desde então ela cuida da irmã, como se fosse uma filha.
A vida de Krystal sempre foi uma bagunça. Perdeu os pais, muito nova, e desde a flor da idade, cuida de uma criança, que hoje, é uma mulher. Mas tinha um lado bom, depois que eles morreram ela herdou toda a fortuna, que ela investiu para criar uma franquia de roupas, muito famosa em toda a América do Norte, DiMoore, o nome da franquia, ela trabalha muito, desde que criou, com apenas vinte dois anos, até nos finais de semana e feriado, mesmo nadando em dinheiro ela nunca perdeu a simplicidade que sempre teve, nunca comprou um carro, porque ela acreditava que fazia mal ao mundo, mesmo não afetando ela e a irmã, ela nunca gostou de ter um carro próprio. Um detalhe muito curioso sobre os Moore, é que o primeiro vampiro que existiu, Katherine Moore, era de sua família, e que a mãe de Katherine era uma banshee com asas, e sua avó foi a criatura que deu inicio a magia. E por isso, o mundo todo conhecia os Moore, até estudava sobre eles na aula de história, e nas faculdades. Krystal e Serena tinham grandes prestígios, porém, Krystal nunca foi de gostar de ser o centro das atenções, se alimentava com bolsas de sangue, e nunca matou ninguém, já Serena, sempre gostou de sentir as veias em suas presas, Krystal sempre a corrigiu em relação a isso, porém, Serena sempre foi impulsiva, extrovertida, insensata, precipitada, impetuosa. Já Krystal sempre foi a "certinha", introvertida, calma, paciente, discreta.
Krystal passou pela portaria, entrou no elevador e esperou ele leva-la até seu andar. Krystal carregava uma bolsa e um sobretudo sobre ela, que por sinal era muito quentinho. Quando o elevador abriu em seu andar, ela correu a porta de seu apartamento.
Após Krystal destrancar a porta ela entrou nele, e jogou a bolsa no chão, porque estava muito cansada, e com muita fome. Ela se dirigiu até a cozinha, que ficava ao lado da sala, que é na frente da porta do apartamento. Krystal abriu a geladeira, e foi direto ao congelador, pegou uma bolsa de sangue, colocou o sangue em um copo e tomou rapidamente.
- Chegou a doida que trabalha em feriado. – Serena chegou à cozinha com uma carta em mãos – Estava com fome, pensei que você nunca chegaria. Não queria ficar o feriado dedicado a um homem que fez algo bonito ao mundo, assistindo Netflix e tomando sangue gelado, então fui dar uma volta. Mas, olha, já estou aqui.
- Tantos anos cuidando de você, e ainda não me acostumei com a sua voz.
- E outra, chegou uma carta para você – disse ela pegando a carta que estava em sua mão – Tentei abrir de todas as formas, porém, não consegui de todas as formas. Abra. Leia. Conta-me. O.k.?
- Tem nome ou endereço do remetente na carta? – Ela perguntou encarando curiosamente a carta.
- Não, só a carta mesmo! – respondeu Serena.
Krystal rasgou o envelope e com a curiosidade que ela estava, nem reparou que o envelope rasgado caiu no chão. A carta era branca, com bordas pretas, ela abriu por fim a carta, leu-a por inteiro.
E olhou para Serena assustada.
- O que diz? – Indagou Serena com um ar de curiosidade.
Krystal engoliu seco.
- Estão vindo.
- Quem? – Perguntou Serena – O Correio? As forças armadas? Quem Krystal?
- Os Primordiais. – Respondeu Krystal por fim.
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O Olhar do Infinito - Ligadas Pelo Sangue
HorrorKrystal e Serena são as irmãs e também as duas ultimas de uma linhagem muito antiga e conhecida de Vampiros, cujo nome Moore. Elas sempre viveram cercadas em meio a dinheiro e a bolsas de sangue congeladas. No entanto, elas não imaginariam que isso...