Amarrado

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Dilna foi eleita a presidente do conselho escolar de sua escola. Sua vitória se deveu principalmente à mandioca de Mula, seu senpai. Mula daria uma mandioca grátis de sua granja pra cada um que votasse na sua candidata.
Em seu primeiro discurso, Dil decidiu fazer uma menção honrosa à grande ajuda de seu crush, e disse a seguinte frase que marcou para sempre o estabelecimento escolar: - Eu tô saudando a mandioca! A saudação foi seguida de grandes aplausos de todas as crianças.
Mal sabiam elas que toda noite, Dil e suas colegas se juntavam no porão da casa da nossa heroína, usando capas pretas cobrindo a face, acendiam uma vela no centro de uma estrela de sal e pediam para Lúciler, o cão mágico de Dil, para que fossem queimados os votos ao criador de tucanos e aves exóticas, Aéssius Nevasca, para que a vitória de Dilna fosse garantida, mesmo com a ajuda de Mula.

- Lúciler, LÚCILER, VENHA CÁ LÚCILER, Ó CÃO BONZINHO, pega o ossinho - gritava Dil para atrair o ser místico para dentro de seu desenho salgado - Faça uma amarração para o amor, Lúciler. Traga a pessoa amada em treze dias e te darei minha alma.

Dilna amava alma, seu milho fêmea de estimação, mas estava disposta a arriscar tudo pelo amor de seu senpai. Dil sempre soube que era apenas usada por Mula-senpai, que o belo granjeiro olantador de língua presa e com uma uva presa na garganta desde os cinco anos, o que fazia sua voz ser grossa e sedutora, que perdeu o dedo costurando seu boneco do Max-Steel, sem saber que o braço dele poderia ser facilmente encaixado de volta, nunca a aceitaria facilmente, senão por rituais de sacrifício e amarração.

- Lúciler, eu farei um diário Lúciler - gritava Dilna - Anotarei todas as mudanças de comportamento de Mula, Lúciler. Só assim saberei se este ritual vale a pena. Tá amarrado!

Naquela noite, Dilna stalkeava Mula-senpai em uma *rede social de mandar indiretas e falar sobre a vida mesmo sabendo que ninguém se importa com um limite de 140 caracteres*, quando se deparou com uma publicação que dizia "Na vibe da mandis". Dilna logo foi para seu oráculo digital que dava respostas e pesquisou "como organizar um funeral". "Mandis" seja quem fosse não teria vida o suficiente para roubar Mu de Dil. Também entrou em seu aplicativo de conversação digital em seu aparelho de telecomunicação digital para perguntar se suas colegas sabiam quem era Mandis.

|Ícone| Moçoilas da realeza
Mãe, Tia 1, Tia 2, Vó...

HOJE
Garotas, vocês sabem quem é
"Mandis"?


Mankishisjsh é ba filhinha.€

Tia 1
Oi querida, e os namoradinhos?

Dil logo percebeu que seria inútil. Teria que descobrir por si mesma. Enfrentaria o próximo dia no safari...digo.... colégio.... o próximo dia no colégio, enfrentaria o dia procurando Mandis, e a eliminaria. Mula-senpai é só de Dilna. Fiquem longe de Mu. Também começaria seu diário de observações de seu Mumuzinho para verificar o andamento do ritual.

Foi dormir, tendo que aguentar os latidos de Lúciler, "baga, baga baga", e sua mãezinha vendo suas novelas mexicanas na sala.

- Ramóne, ó Ramóne de la Santa Exupérea Matilda Limbuera Alombre Santini, no me abandone Ramóne!

- Perepita, mi corazón, no te preocupes Perepita, yo voltarei para ti. Adios, Perepita!

Dil ouvia tentando aprender algo, mas não rolou nem uma aula básica de espanhol. Dilna era uma jovem criatura, humilde e na sofrência.


* não citei rede social nenhuma. Joguei a informação aí no ar

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⏰ Última atualização: Oct 20, 2015 ⏰

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A Dilna e o Mula-senpaiOnde histórias criam vida. Descubra agora