Capítulo 1

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Tudo começou com dores de cabeça.

O que não é tão incomum, sério - tecnicamente, eles estavam em uma pausa, portanto, quase no fim de serem transportados de um lugar para outro com entrevistadores tagarelando em seus ouvidos, repetindo as mesmas malditas pergutas de novo, de novo e de novo. Isso é tão exaustante. Louis pensa que talvez ele irá explodir caso mais uma pessoa pergunte como o seu namoro está.

Bem, ele responde. Ótimo. E realmente está. Só não com Eleanor.

Entretanto, eles não precisam saber.

E eles não sabem, mas continuam perguntando, e, com três semanas de promo Louis sente como se sua cabeça fosse explodir, como se seu cérebro estivesse pulsando contra o seu crânio. É horrível e não importa quantos cigarros ele fume ou quantos remédios de dor ou copos de água e chá ele engula, a dor não o deixa; ela diminui, mas nunca desaparece realmente.

É frustrante, mas não alarmante. Não ainda.

Casa, Louis pensa. Casa. Ele não pode esperar para chegar em casa, onde pode tirar o seu jeans, se enrolar debaixo da coberta, fechar os olhos e dormir por uma hora ou talvez dez, até quando seu cérebro estivesse totalmente descansado e não  preste a explodir contra o seu crânio. Mas, por enquanto, ele está preso no banco traseiro de um carro com Harry e um motorista que, aparentemente, não entende que o silêncio é ouro.

Se ele estivesse com um humor melhor, Louis talvez começaria uma conversa com o motorista, falando excitadamente e rindo das suas tentativas falhas de piadas. Mas agora, ele não estava com humor para isso, e Harry percebe. Claro que ele o faz. Harry percebe tudo.

"Sua cabeça de novo, hm?" Harry murmura, lábios pressionados contra a têmpora de Louis. Louis apenas acena fracamente, choramingando suavemente e se abraçando a ele. Sua cabeça ainda está latejando, mas com seu rosto enterrado na estúpida e cara jaqueta de couro de Harry, ele se sente melhor, porque tudo o que pode sentir é o cheiro de Harry, todo quente e familiar, que lhe lembra a sua casa. Deus, ele não pode esperar para chegar em casa.

Eles chegam no flat quando Louis estava começando a cochilar. Harry agradece ao motorista, rápido e educado - ele é sempre tão profissional - antes de pôr a mão sobre o ombro de Louis e puxá-lo em direção à porta, pedindo-o para ser rápido. Ninguém sabia onde este flat ficava, mas sempre havia a chance de alguém vê-los e segui-los. Seus motoristas são usualmente bons em assegurar que ninguém estava os seguindo, rodando em torno da vizinhança até que os stalkers estivessem desesperadamente confusos, mas, de qualquer jeito, Harry gosta de ter certeza.

...

Louis tira os seus sapatos enquanto está atravessando a porta da frente, para então fazer o caminho mais curto para o sofá e enterrar o seu rosto numa terrivel, brega e desconfortável almofada decorativa. Ele sente o sofá mergulhar levemente sob o peso de Harry enquanto este senta próximo a ele, com uma mão quente em suas costas, acariciando a sua camisa. Louis sente toda a tensão deixar o seu corpo e vira-se para dar a Harry um sorriso agradecido.

Harry sorri de volta, cheio de covinhas e dentes, acariciando o seu colo de forma convidativa e Louis o ama tanto que ele poderia morrer enquanto rasteja e repousa sua cabeça no colo quente de Harry. As mãos de Harry estão nele antes mesmo dele se estabelecer, os dedos acariciando seu cabelo e esfregando levemente o seu couro cabeludo. Louis murmura em apreciação, aconchegando-se na mão de Harry.

"Está bom, boo?" Harry pergunta gentilmente, dedos pressionando levemente na sua têmpora e Louis deixa escapar um suave uh-huh antes de cair no sono, envolto pelo toque e pelo perfume de Harry. O pensamento de que ele nunca vai ser feliz como ele é quando está nos braços de Harry quase o amedronta.

hoping this cold blue water scrubs me clean and spits me out again (PORTUGUÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora