Capítulo 2: Noite Diferente

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Nada diferente do habitual, abrimos na Sexta-Feira as 21h00min e ficamos até as 05h00min da manhã.

Geralmente esses dias são os mais pesados na casa, afinal todos os jovens universitários, funcionários de empresas e a galera que vai para balada passa por lá. Nosso dever? Fazê-los ficar.

Ontem não foi diferente, uma típica sexta exaustiva cheia de trabalho, caras engraçadinhos me cantando do outro lado do balcão e as meninas me convencendo a dar bola para quem sabe algum que eu julgasse interessante.

Esse era o problema, diferente da Kim ou da Maxy, eu não conseguia simplesmente flertar com um cara e pronto. Eu sou a Genny, a garota que aos 17 anos ainda não havia perdido o BV, Tímida e envergonhada de tudo e todos.

Assim que cheguei ao apartamento, vi que Kelly já havia saído. Kelly Rolland, minha colega de quarto. Ela iria passar duas semanas na casa de praia com o namorado e alguns amigos. Lógico que me convidou por educação, pois já sabia que eu não iria.

Arranquei a roupa do serviço e me joguei no chuveiro para tomar uma ducha relaxante. Estava exausta. Assim que peguei meu celular, vi que tinha mensagens da Amber no grupo do Whatsapp.

Lyxygirls group:

Amb <3: Meninas, acabei de chegar em casa e meu pai me deu a notícia de que hoje à noite a boate será fechada para um aniversário. Então já sabem... Roupa, maquiagem... Aquilo de sempre!

Maxy: OBAAAA! Isso significa que iremos sair mais cedo, afinal, essas festas nunca duram a noite inteira!

Kim: Espero que pelo menos tenham convidados mais bonitos do que a última, por deus, o que foi aquilo?

Carther: Nós vamos trabalhar Kim, não nos prostituir! ;)

Eu adorava a Kim, mas a Carther tinha razão, as vezes ela agia como se fosse uma garota de programa só esperando um cliente com dinheiro. As meninas continuaram falando por mais alguns minutos e sinceramente, não sei como conseguiam, pois a última coisa que eu me lembro de ter visto depois da mensagem da Carther foi minha coberta se envolvendo no meu corpo e o travesseiro se fundindo a minha cabeça.

Acordei e já se passavam das 15h30min. Pensei em comer algo, mas decidi que iria ao shopping comprar algo para usar hoje à noite. Liguei para Maxy para perguntar se ela estaria disposta a ir comigo, afinal, sempre usava as dicas dela.

Marcamos de nos encontrar com a Carther e a Mel no subway, para comermos algo e depois irmos às compras. Eu era definida em relação ao meu estilo, pois se pudesse usaria eternamente calça jeans e camisetas, mas as meninas insistiam em me fazer parecer uma mulher madura e decidida com as roupas e maquiagem, coisa que realmente não me acho.

Entramos em uma loja que Maxy disse ser o point de roupas dela. Sendo assim, ela já saiu me mostrando peças e mais peças, como se fosse atendente da loja. Pobres vendedoras se dependessem da Maxy não iriam ganhar um centavo de comissão sobre vendas, pois ela fazia questão de mostrar tudo, pegar, colocar na sacola e me empurrar para os provadores.

Entrei na cabine com três pares de saia, cinco blusas, dois vestidos e duas jaquetas. A cada roupa que eu provava tinha que sair para as meninas avaliarem.

A escolha final ficou por conta de uma saia de couro preta meio rodada que era de cintura alta e batia um pouco acima do meu joelho, um top cropped branco com a palavra "Rock" escrita na área do busto e uma das jaquetas de couro com espinhos dourados nas lapelas.

Maxy disse que com a maquiagem certa e o sapato correto, eu iria roubar a cena até da aniversariante. Coisa que eu realmente não queria.

As meninas também acabaram comprando algumas coisas por lá e por outras lojas do Shopping, até que finalmente entramos em nossa loja favorita. A DE SAPATOS.

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