Caρítuło 24 ◆ Cenas de Filme (REVISADO)

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   — Poderia me explicar por que me ligaram da escola dizendo que você se envolveu em brigas, seu Klayller?

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   — Poderia me explicar por que me ligaram da escola dizendo que você se envolveu em brigas, seu Klayller?

   Perguntou minha mãe.

    — Mãe eu não tive culpa ele me pegou de surpresa a senhora sabe que eu não sou dessas coisas.

Fiz cara de cachorro sem dono.

   — Fica esperto rapaz! Olha o tamanho da sua orelha, tá inchada. — antes dela pegar eu recuo. Ainda dói um pouco. — Depois vou fazer uma compressa de água fria pra ver se melhora isso aí.

   — Não precisa mãe!

   — Precisa sim! — rebate e tenho que aceitar. Com mãe não se discute!

   Após a refeição em poucos minutos estava pronta a compressa. Seguro sobre a região inchada e segui pra sala me acomodei no sofá e fiquei por alguns minutos olhando pro teto.

   — Meu amorzinho tá dodói...? — Hívena me tirou dos devaneios.

   — O quê... Ah, tu já é de casa, me lembrei. — sorri de canto.

   — Agora pode me explicar por que aquele pacóvio fez isso? — ela tirou a almofada que estava embaixo da minha cabeça e sentou no lugar. Colinho namorada.

   — Pacóvio? Que diabos é isso?

   — Imbecil, insignificante coisas do tipo resumido em uma palavra.

   — Hum... Deve ser problema familiares... — tento inventar algo condizente. — O pacóvio quis descontar  no primeiro pela frente e o azarado foi eu

Não consigo olhar no rosto dela, mas sei bem que as expressões é de negação desacreditada.

   — Não vem com essa! — ela me enforca levemente. — Eu ouvi muito bem quando ele mencionou o nome Larissa. — Ela revirou os olhos.

   — Vamos esquecer isso, por favor...

   — Não! Eu quero saber! — agora ela puxa meu cabelo e depois aperta a compressa na minha orelha.

   — Fica calma moça. — tento me levantar e ela não deixa. Creio que eu naquela posição fica mais fácil de me enfrentar.

   — Klaysller Montenegro! — ela me encarou fulminante amassando ainda mais compressa em sua mão.

   — Deixa de estresse princesa... — sorrio pra ela. — Tudo começou em um belo dia...

   — Ah, corta essa Klay... — ela me interrompeu arrastando a mão no rosto de cima pra baixo revelando uma pitada de ódio.

   — Poxa, me deixa fabular... — ela nega balançando a cabeça. — Naquele dia que fomos pro cinema, horas antes eu estava na casa do Romário onde acontecia uma reuniãozinha...

   Resumi ao máximo que pude a historinha.

   — O que...? Aquela garota te beijou? — ela se exaltou enfurecida.

   — Mas ela me beijou pra se livrar do pacóvio. Só que depois quem acabou pagando o pato foi eu, pois ele veio tirar satisfação. O cara é fissurado nela e daí tudo começou...

   — Não sei o que ele viu naquela... — ela revirou os olhos.

   — Vamos encerrar o assunto, tá bom assim... — dessa vez consigo me levantar. — Que tal um rolê por ai?

   — Especifique esse por ai?

    Sei lá! Shopping ou... Ah, sorveteria, você tá me devendo lembra? — sorri de canto.

   A sorveteria é um self-service. Escolhemos os sabores expostos no freezer e podemos rechear o sorvete do jeito que queremos. Discos de chocolate, canudos wafer, M&Ms, várias caldas entre outras coisas. O peso do meu foi bem razoável comparado com o da Hívena. De tudo um pouco que ela via frete foi pegando. Até acabar em uma montanha sobre a balança. Sentamos em uma mesa e começamos a saborear, contar historias de vida, planos individuais para o futuro e assim vai.

   — Aí, eu não aguento mais nenhuma colherada. — ela empurrou a taça a frente.

   — Mas já princesa? — arqueio as sobrancelhas.

   — Tá, pode falar novamente que sou uma gananciosa. Dessa vez eu tenho que concordar. — ela faz bico.

   — Nem sempre o obvio precisa ser dito quando ficou nítida a lição. — jogo uma piscada. — Você me fez lembrar a primeira vez que vim aqui, mas creio que não foi só eu com olho grande naquele dia. Tinha recém inaugurado aqui e muita gente passou do controle. — soltei uma risadinha e pego a taça dela. — Me dar aqui, termino pra você...

    — Por isso que você pegou pouco né, seu espertinho...

Minutos depois estávamos numa praça ficava ali por perto. Era bem arborizada do jeito que eu gosto. Inspiro fundo aquele ar puro e fresco, me sinto bem por está rodeado pela vegetação e me sinto mais bem ainda por está com a minha namorada. Eu acho que estou começando a gostar mesmo dela...

   — Que foi amor? — Hívena me tirou dos devaneios. — Tá pensativo...

   — Coisas da vida, princesa... — encosto contra uma árvore.

Nossos olharem se encontram.

   — Você é linda sabia...?

   Suas bochechas coram e quase em um beijo de repente veio uma ventania fazendo seus cabelos voarem pra frente do seu rosto. Levemente afasto os fios, um beijo risonho e doce. Paramos com o rugir de um trovão. O tempo nublado desde cedo já denunciava chuva a qualquer momento hoje. Olhei para o alto e uma gota caiu sobre meu rosto.

   — Que temporal será... — ergui os braços apreciando a brisa.

   — Então vamos embora! — Hívena correu tentando se abrigar.

   Em questão de segundos o chuvisco ficou bem intenso.

   — Já era meu cabelo... — ela o pegou fazendo cara de choro.

   — Esquece isso princesa. Curte esse momento. — puxo-a pela cintura, agarrando forte contra meu corpo. Ela entrelaçou seus braços pro trás da minha nuca, ficamos ali abraçados sentindo o frescor da chuva por um longo tempo.

   — Percebeu que realizamos uma daquelas cenas de filme? — perguntei entre o beijo.

   — Você é inacreditável! — disse ela e sorrimos.

   Já era fim de tarde e a volta pra casa permaneceu debaixo de chuva. O trajeto foi alegre, corríamos e brincávamos feito crianças. Pulando nas poças d'água, gargalhando alto sem se importar com nada. Por ventura esqueci o celular em casa e o da Hívena ela deixou carregando, quase tudo conspirou a favor hoje, tirando aquele episódio na escola.

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Garoto Oculto [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora