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Maldito Diário, hoje aprendi que posso contar comigo, apenas comigo mesma. Aprendi também que não sei lidar com as perdas de pessoas, aprendi a ser profundamente sensível, aprendi como não chorar na frente de duas colegas, aprendi como acabar com um namoro de 2 fucking anos e meio em quatro míseras frases, e em como isso influencia nas pessoas a não te considerarem mais porra nenhuma. Percebi que, sinceramente, estou bem confusa entre se estou afundando em um Mar da depressão ou se estou apenas na merda. Achei que só meninas da minha escola chorassem por causa da perda de "amiguinhas" bonitinhas, (e não venha me chamar de machista, a final, sou uma mulher. E mesmo que chame, acredite, eu estou pouco me fodendo, tanto para o machismo, Quanto ao feminismo) mas confesso, chorei sim por causa dessa merda. Você quer saber porque brigamos e paramos de nos falar tão rápido? Isso é simples: eu sou uma completa idiota, e ela é uma completa idiota. Era uma dupla legal. Foi inevitável. Apenas dissemos algumas coisinhas bastante desnecessárias uma à outra e tudo acabou, pronto. Pra me defender, poderia dizer que é tudo culpa de fulana, porque fulana me traiu com a minha melhor Amiga, mas não. Foi minha culpa. Ou talvez, culpa dela. Já não a entendia mais o suficiente, ela simplesmente queria uma pessoa pra conversar sobre sua banda favorita e os casais gays nelas presentes, entendo-a por um lado, não aguentava mais conversar sobre tal assunto, mas nunca imaginei que iria querer ouvir o nome: one direction. Ela me trocou por uma dúzia de shipps e uma banda britânica. Sei que não sou só eu que sente sua falta, ela também sente a minha, mas ela lida com isso de uma forma que mutila totalmente qualquer mente, o jeito de finjir que me odeia e que não se importa mais com minha presença está começando a me convencer, na verdade, já me convenceu, apenas estou tentando enganar a mim mesma. Ela acha que é a única que finje estar bem, mas eu também finjo, não finjo estar bem, finjo não chorar, e isso já é considerado um ato de "finjir". E por causa de uma pessoa e quatro frases, não tenho mais vontade de ir na aula, muito menos olhar pra ela finjindo que adora a tudo e a todos, menos a mim. Não deveria me sentir assim já que ela não dá a mínima. Me sinto como se ela tivesse me empurrado para dentro de um poço, me trancando dentro, enquanto sai colhendo algumas margaritas, que nem acontece no filme " O Chamado". É uma boa metáfora para resumir tudo isso. Mas agora, vamos ao que interessa: como tudo acabou. Ally é minha melhor amiga que se considerava homofóbica até aquela noite, Normani Kordei é a garota que fez o descobrimento, e Camila passou de uma simples menina que um dia já me odiou para a pessoa que deu sentido a tudo isso. E eu sou Lauren. Meus amigos me chamam de Lolo, então vocês podem me chamar de Lauren, mesmo. Embora ache "Lolo" um apelido fofo e nojento, os deixo me chamarem dessa forma. Sou daquele tipo de garota que acorda de mau humor e fala a primeira coisa que vem na cabeça, e não tente ficar zangado, chateado, ou se afastar de mim na esperança de que eu corra atrás, pois eu não vou.
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