Dois

96 9 1
                                    

Depois do homem sair do quarto eu apaguei sem forças.

Acordei horas depois pois o quarto estava escuro e silencioso.

Me levantei com cuidado, meu corpo todo doia e meu rosto latejava a qualquer esforço.

Entrei no banheiro e liguei a luz me vendo no pequeno espelho acima da pia.

Meu rosto estava inchado e sujo de sangue seco, minha roupa estava suja e meus cabelos desgrenhados.

Tirei minha roupa com calma e entrei em baixo do chuveiro deixando a água levar o sangue de mim para longe.

Tomei um longo e lento banho, me olhei nua no espelho e minhas costelas estavam roxas, meu rosto cortado e inchado. Suspirei e peguei uma blusa qualquer e vesti junto a uma calcinha.

Me senti na cama e olhei tudo ao redor, deixando as lágrimas rolarem por meu rosto.

Algum tempo depois eu sai do banheiro, sentido dores fortes nas costelas.

Peguei minha mochila e coloquei roupas escova e coisas do tipo, eu iria fugir, pra qualquer lugar mais não ficava ali.

Arrumei a mochila e vesti uma calça jeans preta uma regata preta e por cima um camisa cinza de lã.

Prendi os cabelos, me olhei no espelho e meu rosto Tava bem menos inchado do que a última vez que eu havia olhado, mais os cortes e as marcas ainda estavam lá.

Peguei a mochila e calcei um bota cano curto sem salto. Desci as escadas devagar com a mochila e andei até a sala vendo os corpos dos meus pais.

Eu comecei a chorar no momento eu que os vi ali no chão, por medo...tristeza...

Peguei a bolsa da minha mãe e olhei na carteira, la tinha 2000 dólares e um vale pizza.

Eu peguei a carteira e joguei dentro da mochila, eu iria para o lugar onde ele nunca fosse me procurar.

Sai de casa com dor, dava alguns passos infalsos pela dor mais me erguia rápido.

Uma das mulheres da vida que ficava perto do ponto de programa de minha mãe andou até mim e me olhou assustada.

-ei pirralha o que aconteceu? Cade a mad?- ela falou olhando meu rosto.

-morta,assim como meu pai- murmurei rouca e fechei os olhos com dor ao movimentar o maxilar.

-vem vc precisa de um médico- ela pegou minha mochila e pós nas costas me guiado na direção do hospital mais próximo que era a duas quadras a frente.

Entramos no hospital ela me deixou la e disse que tinha que ir, eu apenas confirmei pegando minha mochila de volta e procurando por alguém que me ajudasse.

Uma enfermeira me levou até um sala nos fundos, havia um corpo coberto la.

Eu fiquei olhando o corpo e flashs da morte da minha mãe rondou por minha mente.

Me sentei numa maca vazia ainda olhando o corpo.

-não se assuste, eu vou chamar o médico ja volto- ela disse saindo da sala me deixando sozinha com o cadáver.

Suspirei e fechei os olhos contando os segundos para alguém entrar logo.

Aproximadamente 2 minutos se passarem e eu ouvi a porta se abrir.

Abri os olhos esperando ver um homem de jaleco mais o que eu vi era bem diferente.

Ele estava com um camisa laranja escuro de botões e uma jaqueta de couro preto por cima da camisa, suas calças eram folgadas e rasgadas em algumas partes na cor jeans claro, ele calçava uma bota de guerra que estava suja de lama.

O olhei por inteiro e podia dizer que ele tinha o estilo de Badboy.

Subi os olhos por ele até encontrar seu olhar em mim.

Ele tinha o cabe liso e preto mais bem penteado num jeito meio bagunçando. Ele sorriu com o canto da boca e eu pude ver alguns de seus dentes brancos e alinhados. Seus olhos era lindos, era castanhos escuro e seus silhos era grandes o que chamava a atenção para seu olhar, mais sua boca rosada me distraia mais ainda.


-perdeu alguma coisa? - ele falou andando até o cadáver e colocando uma pequena caixa ao lado.

Senti minhas bochechas curarem. -não desculpe- murmurei e voltei a olhar a porta.

Olhei ele de canto de olho e ele analisava o cadáver enquanto sorria. Ele abriu a caixa que carregava e tirou de lá um gato laranja com algumas listras brancas. O gato era lindo, acho que o cadáver era dono do gato pois o bixano logo se acomodou ao lado dele.

-e seu pai? - perguntei ao cara estranho que rancou um colar do pescoço do morto e jogou dentro da caixa a fechando.

Ele andou até mim de um jeito estranho, que me fez pensar em até correr.

Ele agarrou meu maxilar e mordeu meu lábio inferior o puxando.

Eu o encarava assustada e com dor por ele esta me mordendo e apertando.

-não interessa a você vadia- ele murmurou frio e empurrou meu rosto de lado.

Ele pegou uma touca preta dentro da jaqueta e colocou ficando ainda mais bonito e provocante.

Ele piscou pra mim e saiu porta a fora. Eu passei a mão em meu lábio inferior e senti o gosto novo de sangue na boca.

Olhei o gato que me olhava preguiçosamente de cima do morto. Olhei paro o lado e vi a caixa do estranho.

Me levantei e peguei a caixa, tentei abrir mais não conseguia de jeito nem um.

Peguei minha mochila no chão e abri a porta segurando a caixa, olhei o gato e vi ele sair de cima do morto e se esfregar na minha perna ronronando.

Dei de ombros e sai andando o mais rápido que minhas dores me permitiam atrás do cara.

Dare the Shady   ¡¡Z.M!!Onde histórias criam vida. Descubra agora