O Quarto Vermelho - Parte 1

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Parte 1 - Amiga ou Amante

No início tudo eram flores. Desde os primeiros dias de nossa relação, Carlos e eu sempre prezamos por compartilhar nosso prazer de forma selvagem. Transávamos na cozinha, no corredor que dava para a área, no chuveiro e no sofá da sala. Muitas das vezes eu passava o dia ansiosa para que ele voltasse logo para me penetrar e me possuir. Nesses tempos, era só ele atravessar a porta que eu já me jogava em seus braços e fazíamos amor ali mesmo no chão, as vezes até mesmo com a porta entreaberta. podia sentir o coração acelerado, a adrenalina que purificava nosso momento de prazer.

Apesar de ser uma mulher casada agora, eu gostava de preservar nossa relação da mesma forma como era antes de me tornar a Sr. Maria Paula de Carvalho. E assim foram nos nossos primeiros 2 anos de feliz matrimonio. Mas o tempo foi passando e as coisas sempre mudam... Não foi diferente conosco.

Antes de casar, eu era modelo. Apesar de não trabalhar mais no ramo, eu ainda conservava um corpo esbelto e disposição 1000. Loira, cabelos longos, 29 anos, 1,74m, 56kgs. Ninguém resistia às minhas curvas e ao meu rabo volumoso, que atraía muitas atenções por onde quer que eu passasse; nas filas de bancos, nos barzinhos, nos restaurantes e como não poderia deixar de ser, sou sempre sutilmente cantada pelos empresários, coroas, garotões, enfim...

Sempre gostei de ser vista com roupinhas bem chamativas, bem curtinhas e provocantes. Mini saias, ou vestidinhos que sempre deixam a mostra propositalmente um pedacinho da minha calcinha, ou às vezes saio simplesmente sem calcinha, só com meia liga e nada por baixo. Sou super exibicionista e amo me sentir bem putinha e safada.

Voltando aos fatos, infelizmente o corpo que atraia olhares na rua já não estava mais fazendo o mesmo com o homem que tinha dentro de casa. Dessa vez quando chegávamos a nossa casa depois de alguma festa ou balada, tínhamos uma transa que parecia mais casual. Diferente de quando ele, excitado, quase sempre rasgava minhas roupas e inundava de quentes beijos ao chupar minha buceta. Não havia mais isso, não tínhamos mais aquele calor de antes, onde nos embriagávamos de paixão ao menor olhar ou toque um do outro. Amigas me disseram que é normal depois de um tempo casado, mas tinha algo diferente na minha relação que me dizia que era outra coisa e não o comodismo em que muitos casais se entregam. Eu acreditava que era um sinal de que algo estava muito errado.

Minhas suspeitas se confirmaram algumas semanas mais tarde, enquanto ele estava no banho eu acabei dando uma olhada em seu celular que por descuido ele deixou desbloqueado, ele havia recebido uma mensagem de uma tal de Natalie com um endereço e horário marcado no texto.

A raiva cresceu dentro de mim, mas eu precisava me controlar. Era uma mulher consciente e sabia que aquilo poderia ser algo relacionado a trabalho, não queria antecipar nada e decidi de forma diferente. Apaguei a mensagem, não antes de copiar o número do celular e endereço. Depois tirei o chip do aparelho e causei um defeito nele para que parasse de funcionar. Assim que Carlos saiu do banho eu dei uma desculpa dizendo que ia sair com umas amigas e saí com o carro dele.

Sem celular e sem carro imaginava que ele não teria alternativa a não ser ficar em casa mesmo, assim eu poderia tirar minhas próprias conclusões sem medo de ser descoberta.

Cheguei ao Hotel no horário marcado no papel, era um hotel luxuoso na Barra da Tijuca. Cheguei até a recepção e mostrei o número do quarto e disse qual era o nome da pessoa que eu procurava, o porteiro pediu um instante e depois de uma curta ligação perguntou qual era o meu nome, respondi apenas para anunciar que venho da parte do Sr. Carvalho. Depois de alguns instantes ele disse que a Srta Natalie me aguardava em seu quarto, sinceramente achei que ela não fosse me receber o desceria para conversar comigo. Porém resolvi não me intimidar e fui até o quarto dela.

6° Andar, Número 9. O número 69 me veio a minha cabeça, número bem sugestivo. De frente para a porta eu apertei a campainha e esperei alguns instantes. Sem resposta. Resolvi bater na porta e percebi que ela estava apenas encostada. Resolvi terminar de abrir a entrar, logo que atravessei a porta um perfume de sândalo invadiu minhas narinas. Lembrei de imediato da minha primeira vez com o Carlos, eu o conheci numa festa no Hawaii durante um de meus desfiles quando ainda trabalhava como modelo, fizemos amor à beira da praia debaixo de um arbusto de sândalo.

Por algum motivo, ali naquele apartamento, a luz estava baixa e uma pequena claridade rubra surgia de um dos cômodos, a temperatura estava bastante refrescante e um som de natureza ecoava pelo ar, provavelmente alguma gravação que estava sendo tocada. Mas de alguma forma, todo aquele ambiente misturado ao perfume de sândalo acabaram me induzindo uma sensação de prazer onde involuntariamente me vi mordendo meus lábios. Tentei retomar a razão e o motivo que me levou ali.

Persisti em meu objetivo e após fechar a porta trás de mim eu resolvi entrar no cômodo de onde surgia a luz vermelha. O que vi me deixou ainda mais intrigada. Uma cama dossel ao estilo medieval toda vermelha, ela estava com as cortinas todas fechadas e a luz vinha lá de dentro. A princípio, tive medo de abrir mas então me preparei para o flagrante, peguei meu celular e me preparei para tirar uma foto.

Deixei minha bolsa de lado e me aproximei, preparei a câmera e então abri a cortina esperando encontrar ali uma vagabunda qualquer nua esperando pelo meu homem. Mas não consegui tirar a foto, o que eu vi me deixou arrepiada da cabeça aos pés. O celular caiu no chão e minhas pernas ficaram bambas, então o inevitável aconteceu, senti minha buceta ficar úmida de tesão. Aquela visão era irresistível e em minha mente eu me colocava no lugar dela, desejando o que ela estava recebendo, desejando tudo que meus olhos podiam contemplar.

FIM DA PARTE 1

Rainhas da LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora