Prólogo

207 10 1
                                    

"Ordens do rei minha senhora, seu filho será executado por possuir capacidades mágicas, não há direito a apelação ou qualquer recurso, sua família será investigada e caso possua algum traço de magia aparente receberão a mesma punição."

As lágrimas escorriam no rosto da pobre mulher cujo filho acabara de ser retirado de seus braços, seu marido fora morto na noite anterior quando demonstrou poderes em uma briga de bar ao matar um homem que o atacou usando as chamas de suas mãos. Que triste fim para uma família, morta por ser diferente das demais. A esta altura o jovem cavaleiro já se afastava e alguns soldados adentravam a cabana para levar a mulher aos cuidados dos examinadores mas para seu próprio pesar ela sabia que não haveria magia em si, sabia que apenas seu marido tinha os dons que a atraíram no primeiro encontro e a fizera se apaixonar cada dia mais pelo homem que cuidava dela e seria um pai cuidadoso para seu filho. Tudo isso acabara. Nada disso aconteceria e ela viveria com o pesar de perder tudo que amava.

Num momento de desespero a mulher roubou uma faca de um dos guardas e se degolou antes que lha segurassem as mãos, seu sangue viscoso e denso como seu pesar escorreu e chegou a sola das botas dos soldados que logo a soltaram no chão como um animal morto e caminharam para a próxima residência investigada, em seus olhos havia apenas a repulsa de ter tocado em alguém que possa ser como eles, a repulsa de ter tocado em um mago. 


Mérlin - O último MagoOnde histórias criam vida. Descubra agora