♥ Capítulo 4 - O acidente.

122 10 0
                                    

Domingo

Fiquei na cama por mais uns 5 minutinhos. Talvez aquilo fosse só mais um pesadelo, talvez não eu tenho uma mania de acreditar que meus sonhos possam ser realidade, mais aquele pesadelo era muito surreal pra ser verdade.

- Sô! Desse o café da manhã está pronto! - Ouvi minha mãe me chamar.

- Tá, vou me trocar e já desço. - Levantei, abri o armário e peguei um short jeans desfiado, uma blusinha rosa e minha pantufa. Desci as escadas, e fui pra cozinha, sentei e peguei uma maçã.

- Ei, não vai comer maçã agora não! - Falou ela, tirando a maçã da minha mão e botando um pratinho com sanduíche e suco de laranja. - Aqui ó, e pra você comer isso, se sua barriga não tiver enchido você come a maçã.

- O.k.

Comi tudinho, e deixei a maçã pra lá. Fui pra sala assisti tevê ainda meio pensativa, peguei no sono e dormi. Quando acordei era cinco horas da tarde, fui pra rua brinquei (eu ainda brincava com 14 anos, eu era uma criança), depois entrei e dormi.

♡♥♡♥♡♥♡♥♡♥♡  

Segunda-feira

Tomei banho, escovei os dentes, vesti uniforme e fui pra escola.

Chegando lá, encontro um monte gente em volta de alguma coisa não consegui ver o que era, olhei pra portão da escola e vi Deby.

- Oi Deby, o que aconteceu ali? - Exclamei.

- Um Pedro morreu. - Falou ela chorando. Pedro era um dos nossos melhores amigos.

- O que? Como? - Falei eu atônica.

- Eu não sei, eu estava vindo com ele pra escola, do nada ele parou e começou a olhar pra porta da escola, sem nenhuma reação. Começou a tremer e a ficar pálido, ele andou pra trás e, sei lá, parece que jogaram ele na parede, ele voou. Mais não tinha ninguém ali perto dele só eu. Comecei a balançar ele, não mudou nada. Ele faleceu nos meus braços. - Ela falou pausadamente por causa dos soluços.

- Meu Deus! Mais como? Isso não faz sentido algum. - Comecei a chorar.

- Eu sei, mas foi assim que aconteceu. - Ela começou a chorar mais ainda.

A ambulância chegou e mandou todos se afastarem pra poder pegar ele, eu ainda tinha esperanças, até que um enfermeiro fez um sinal, ele realmente tinha falecido. Me derreti, sentei perto da parece e comecei a chorar muito. Deby me consolou chorando também.

Os pais de Pedro estavam lá, chorando muito querendo saber o motivo dele morrer assim. Eles entraram dentro da ambulância, eu corri até lá.

- Sinto muito, seu filho era muito bom. - Disse eu enxugando as lagrimas. Eles choraram mais, e fizeram um sinal positivo com a cabeça. O homem me afastou da ambulância, e saiu com ela com o Pedro morto lá dentro, ele estava em um estado horrível, sua cabeça tinha um corte profundo, um de seus olhos estava pra fora. Não sei como os pais dele conseguiam ver aquilo.

A polícia chegou logo após a ambulância ir embora. Conversou com um professor alguma coisa.

- Gente, alguém viu o que aconteceu aqui? - Um dos policiais falou gritando. Alguns alunos foram lá e contaram o que viram, o policia o olhou com um olhar de "não é possível", até que um dos alunos conversando com o policia, apontou pra Deby. O policial foi até lá. - Oi garotinha, você viu alguma coisa? - ele falou em uma voz calmante.

- S-Sim, eu estava com e-ele. - Ela falou agora só soluçando.

- Você pode me contar? - Ela balançou a cabeça negativamente. - O.k, pode ir pra casa, quando você estiver se sentindo a vontade, você conta, tudo bem? - Disse o policial se levantando.

- S-Sim. - Falou ela, ele deu um sorriso sem graça e saiu.

Os pais de Deby chegaram lá ( a coordenadora ligou pra eles), acolheram ela e botaram dentro do carro, eles me chamaram também eu fui. No carro o silêncio estava constrangedor, eu não estava com um pingo de vontade de falar.

*Débora*

Meu deus o que aconteceu lá. Eu não consigo entender. Não pude defender meu amigo... Não tinha como eu não via nada, será que foi a maldição da casa. Ele morava por lá, talvez tenha entrado nela ou implicado com os "espíritos", mais eu não acredito nisso, será que é verdade? - PENSEI-

*Sophia*

No caminho todos nós fomos calados, cheguei a casa de Deby, sentei no sofá eu e ela, a mãe dela trouxe água pra nós duas, ela sabia que eramos muito amigas dele. Ela conversou um pouco com a gente, pra ficarmos mais calmas.

- Lívia (a mãe da Deby), você poderia me levar pra casa, meus pais devem estar preocupados. - Falei sem graça.

- Claro Sophia, Vamos! - Ela falou num tom de voz animador.

Me despedi da Deby e fomos embora.

- Sinto muito pelo seu amigo.

- Ele era uma pessoa tão boa, porque tinha que ser logo ele. - Falei e comecei a chorar.

- Mas um dia todo mundo morre, e o dia dele foi hoje. Ele agora está em um lugar melhor. - Disse Lívia tentando me confortar.

- Esse mundo é muito injusto!

Ela não respondeu nada, só olhou pra mim. Seguimos o caminho e chegamos em casa. Meus pais estavam na porta super preocupados, andando de um lado pro outro.

~~~~~~~~~

Gostou?

Então não esqueça de deixar sua estrelinha e seu cometário.




A Maldição das Duas Amigas [Parada]Onde histórias criam vida. Descubra agora