Capítulo único

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    Já se passava da meia noite e Leonardo encontrava-se, como o de costume, em meio a aquela bagunça de seu ateliê. Debruçado sobre a mesa, ele entertia-se em meio a manuscritos e livros, fazendo de tudo para não pensar em Ezio, que neste momento deveria estar esgueirando-se por entre as ruas escuras da cidade para articular seja lá oque for, que com certeza o colocaria em perigo. Ezio não contou os detalhes ao outro, que achou melhor assim, quanto menos soubesse, melhor.

    Devia ser umas três da manhã quando Leonardo escutou batidas na porta e seu coração acelerou. "Ezio" pensou ele, e de fato acertou. O capuz escondia o rosto do moreno quase que completamente, mas mesmo assim, Leonardo conseguiu sentir certa melancolia em Ezio.

– está acabado... - Ezio moveu-se e abraçou Leonardo fortemente - ... Vieri de'Pazzi. Eu o matei.

    Leonardo abaixou o capuz do moreno e acariciou lenta e carinhosamente os longos cabelos do outro. Por mais que tentasse, ele não podia compreender aquele sentimento.

– Dios mio Ezio... Como foi?

    Ele contou o ocorrido e de como perdera o controle e respeito pelo corpo morto do inimigo, esfaqueando-o várias vezes, completamente tomado pela raiva e rancor.

– Ezio... - ele afastou seu rosto para poder olhar-lo e deu um sorriso gentil - já esta tarde. Vá para o banho e vamos nos deitar, sim?

– antes preciso que me ajude com algo... - ele tirou a capa que escondia o seu corpo, revelando uma mancha vermelha localizada no abdomem perto do umbigo - Fui um pouco descuidado, mas não me parece de todo o modo grave.

– ah Ezio... Quantas vezes já lhe disse... - Leonardo procurou por entre aquela bagunça na qual somente ele achava organização e pegou uma pequena caixa de primeiros socorros - ...Que nessas horas todo o cuidado é pouco.Assim você me preocupa.

– Fico feliz em ouvir que te preocupas comigo - o moreno soltou um sorriso enquanto se sentava em uma cadeira tirando as partes de cima de sua roupa.

    Leonardo ajoelhou-se em frente ao outro e analisou a ferida atentamente e começou a pegar coisas dentro da caixa.

– não foi muito profunda, graças a deus... esse poderia ser um ponto fatal se tivessem te acertado em cheio.

–como sabes disso?

– ja disse que estudo muito do corpo humano. Bom, de qualquer modo preciso limpar o ferimento se não pode infeccionar. Isso vai doer um pouco ok?

    Leonardo então passou uma solução no ferimento que fez o corpo inteiro de Ezio se contrair, mas logo a dor passou e o ferimento ficou dormente e latejante. O pintor sorria satisfeito enquanto guardava as coisa novamente.

–agora vá para o banho.

– não queres vir comigo Leonardo? - Ezio sorriu sedutoramente para o outro.

– Bobagem! ja tomei meu banho - Leonardo gostava de fazer-se de desentendido as vezes, só para testar as reações do outro - estarei esperando na cama. Ande logo.

    Ezio tomou um banho rápido e quando chegou ao quarto do outro, ele encontrava-se deitado de lado em sua cama lendo um pequeno livro. O moreno sentou-se na cama e acariciou os cabelos de Leonardo, que por sua vez, fechou o livro e virou-se para ele sorrindo e acariciou seu rosto com ternura escorregando sua mão pelo pescoço do outro, logo então seguindo pelo braço até chegar em sua mão. As mãos de Ezio haviam mudado muito desde que ganhara as laminas ocultas, agora elas eram cheias de cicatrizes, oque fez Leonardo soltar um pequeno sorriso. " esse idiota é realmente descuidado'', pensou ele. No entanto, foi tirado se seus pensamentos quando o maior moveu seus cabelos para traz lhe dando um beijo no pescoço. Os dois se encararam por um instante, os rostos se aproximando até que se beijaram. Foram caindo lentamente na cama até Ezio encontrar-se completamente em cima do outro. Ele parou o Beijo e sua respiração parecia pesada.

– está doendo? - perguntou Leonardo, passando a mão no abdomem desnudo, perto do curativo.

– nada que eu não possa lidar, não há de se preocupar.

    Um lado que Leonardo não gostava no outro é que ele sempre tentava parecer forte, mesmo quando não era. Ele empurrou Ezio e o Fez sentar-se na cama.

– oque foi?

– acho que deste modo será menos doloroso para você - O loiro sentou-se então, no colo de Ezio, sorrindo.

    Os dois beijaram-se e Ezio levou suas mãos até o quadril do outro movimentando-o sobre sua calça e após isso subiu as mãos por baixo da fina camiseta de Leonardo, arranhando-lhe levemente as costas. Leonardo começou a demonstrar reação aos toques do outro, soltando uma voz abafada quando o moreno levou sua boca aos seus mamilos, beijando-os e mordiscando. Quando Ezio parou, Leonardo deu-lhe um pequeno beijinho e desceu para a parte inferior do corpo do outro. Ele moveu as mãos inicialmente sobre a calça, sentindo já um grande volume. Quando ele abaixou a mesma, revelando o membro ereto do moreno, sorriu. Moveu então seus lábios sobre o corpo do pênis, dando pequenas lambidas e chupões, maltratando o outro.

– Dios mio Leonardo. Pare de me torturar

    O pintor sorriu e então deixou que o membro inteiro do outro entrasse em sua boca movendo seu pescoço para cima e para baixo. abriu sua boca, dando uma volta completa com a lingua pela glande e depois sugou apenas a cabeça, movimentando sua mão pelo corpo do membro. Ezio segurou a cabeça do outro e desfez-se em sua boca.

– Ezio! - ele levantou-se limpando o semem que escorria em seu rosto.

    Estava pronto para xingar-lo quando o maior o puxou novamente e tocou seu membro que também já encontrava-se ereto. Diferente de Ezio, Leonardo usava uma especie de camisola oque facilitava as coisas para o moreno. Ele então voltou a beijar-lo no pescoço, oque provavelmente deixaria marcas e moveu uma de suas mãos sobre o pênis de Leonardo e outra apertava sua bunda. O pintor já não contia mais a sua voz, deixando os gemidos ecoarem pelo quarto. Ezio então introduziu dois de seus dedos de uma vez, os movimentando afim de preparar o local.

– Ezio... já é o bastante, eu quero você... - ele segurou a mão do outro e sussurrou em seu ouvido.

– me avise se doer... já faz um tempo que não fazemos isso.

    Terminando de falar ele o penetrou lentamente e com cuidado. esperou que o outro se acostumasse e então começou a se movimentar. Ele segurava o quadril de Leonardo ora dando estocadas rápidas e curtas, ora lentas e fortes. O loiro segurava com força o cabelo de Ezio, e pendia seu rosto no pescoço do mesmo, soltando gemidos que o deixavam louco.

– E-Ezio... eu já estou no meu limite... - Falou o Pintor em meio a gemidos.

    Os dois chegaram ao ápice juntos.

    Leonardo foi ao banheiro para limpar-se e quando voltou o outro já dormia pesadamente. Ele deitou ao seu lado e ficou o olhando por um tempo. Ficava triste em saber que ele partiria de novo o mais rápido que pudesse e que talvez demoraria mais anos para se verem novamente. Leonardo soltou um sorriso triste e o deu um beijo na testa.

– Volte vivo, mi amore... Aqui sempre será seu lar.


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⏰ Última atualização: Sep 27, 2015 ⏰

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