Capítulo 17: Todos os limites

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O Thomas tem-se adaptado bastante bem, é amigo de todos e todos se dão bem com ele... bem, todos exceto Gally, esse insiste que Thomas é um sujeito estranho e não confia nele... Quanto a mim? Eu cá confio no rapaz a 200%, se há alguem capaz de nos tirar daqui será ele, e pelo que ouvi a saída já não está longe. 

Thomas tem sido incansável em explorar o Labirinto e só conseguimos conversar em paz á noite, depois de tudo estar apontado e guardado para o dia seguinte. Thomas disse-me que sabe onde é a saída, mas que ainda não encontrou uma maneira de lá chegar em segurança, o que quer que isso queira dizer... 

As minhas dores acalmaram, e parece tudo estar a voltar ao normal... O melhor é dormir, por agora.

THOMAS POV: // (Na manhã seguinte)

"Hm, será que o Minho vai demorar? Estou farto de esp..."

- Hey Thomas! - acenou o rapaz aproximando-se.

- Bolas! Estava a ver que nunca mais... Vá ainda temos de ir buscar algumas coisas antes de entrarmos no Labirinto!!

- Sim...

Os rapazes foram buscar os equipamentos, e tudo o resto que podiam precisar para a exploração.

- Então Minho... - começou Thomas - Já há algum tempo que queria te dizer umas coisas...

- Claro, fala rapaz.

- Eu sei que parece loucura, mas tudo neste lugar tresanda a loucura por isso... aqui vai..

- Desembucha! - disse impaciente.

- Eu acredito que a saída do Labirinto seja o Precipício!!

Minho parou de correr e mudou completamente a sua expressão facial.

- Tu estás louco?! Não te ponhas com ideias estranhas!! Aquilo é um buraco Thomas, é de lá que vêm aquelas criaturas horrendas e tu pretendes saltar lá pra dentro?!

- Nada disso, ouve...

- Não Thomas! Isto é um Labirinto, a uma certa altura haveremos de encontrar uma saída decente. (...) Pular pelo Precipício... Onde é que isto já se viu?! É bom que não digas isso a ninguem caso contrário vão gozar contigo, seu parvo...

Thomas tinha a certeza que seria lá a saída, e tinha de tentar á sua maneira.

- Hm, olha, acabei de me lembrar que deixei a comida em cima da mesa com o Frypan, importavas-te de ir andando sem mim?

- Claro, eu vou andando... Não demores.

Thomas deu a volta e procurou o caminho certo até ao Precipício, a sua ideia era arriscada mas ele tinha de tentar. Após alguns minutos lá estava ele... o medonho Precipício!

- É agora Thomas...

Thomas recuou para ganhar balanço, mas nisto ouviu um som de um Griever. 

"Oh não" pensou.

O monstro saltou do enorme buraco e por pouco não atingiu Thomas. Ele fez o que melhor sabia, correr e gritar... Por momentos despistou o Griever, tempo suficiente para virar inúmeros corredores livrando-se assim do monstro.

Thomas e os outros exploradores saíram do Labirinto após ouvir toda aquela confusão, decidiram que era melhor descansarem e ficarem sossegados para não atraírem o monstro para a Clareira, pois ainda era de manhã, o que queria dizer que ia demorar o resto dia até as portas fecharem e ficarem em segurança.

Quando todos se acalmaram Thomas encontrou Newt, o rapaz estava deitado no chão a olhar para o céu azul e Thomas fez-lhe companhia.

- Hoje falei com o Minho sobre o Precipício...

- Nem quero imaginar a reação dele... 

- Sim, ele achou que estava a perder o juízo... Acho que afinal vamos ficar mais uns tempos...

- Mas Thomas, não devias ir ao Precipício sozinho, um Griever saiu de lá hoje... As coisas podiam ter corrido muito mal...

- Sim, enquanto ninguem me apoiar nisto nunca conseguirei descobrir se é a nossa saída ou não....

Ambos soltaram um suspiro.

- O céu está mesmo bonito, será que sempre esteve assim e nunca reparei? - disse Thomas, numa voz suave.

- Se tivermos tempo para os pequenos detalhes descobrimos sempre as coisas mais lindas...

Fez-se silêncio e os rapazes trocaram um olhar e Newt viu uma lágrima a cair pelo rosto triste do amigo.

- Newt... Eu lembro-me. Eu lembro-me de tudo.


NEWTMAS 2: O teste do LabirintoOnde histórias criam vida. Descubra agora