Uma Atração Mais Que Fatal ( EM REVISÃO)

Capítulo 17

(Jessi na capa ;)

(Alícia)

Acordei por volta de 17:00hs, tomei um bom banho, estava desanimada pra sair por causa da chuva, conversei com a Jessi por mensagem e expliquei o que havia acontecido entre eu e Ed, ela fez questão de me animar e avisar que me buscaria em casa, ela disse para eu me arrumar divamente porque iríamos em uma festa, tentei negar, mas não deu, então comecei a me arrumar umas 20:00hs, coloquei um vestido azul colado, não era vulgar, mas valorizava minhas curvas, um salto preto e fiz uma maquiagem linda, passei um pouco de perfume, estava pronta. Confesso que queria a presença do Ed comigo, mas não dava, afinal, estávamos brigados, ouvi barulho de buzina, era a Jessi com o seu novo "peguete" (como se diz ela) no carro, então dei tchau para meu pai e desci até o portão.

- Amiga você está linda. - Ela disse sorrindo.

- Obrigada, você está diva. - Disse entrando no carro rapidamente enquanto chovia muito.

Fomos conversando até lá, o cara com quem ela estava saindo já era formado em administração, e era uma festa de amigos da faculdade, não teria ninguém da escola provavelmente, apenas eu e Jessi que éramos convidadas especiais. Queria me diverti e extravasar um pouco.

Logo chegamos, era uma casa enorme, com uma piscina gigante, muita bebida e DJ, por um instante me senti uma universitária. Entramos, ele nos apresentou a algumas pessoas, tinha gente de mais, Jessi estava louca pra dançar, me arrastou até a pista de dança e dançamos até cansar. Jessi pediu um drink e eu fiquei apenas no refrigerante mesmo.

Enquanto estamos sentados bebendo, Eu, Jessi e Carlos " o novo peguete da Jessi", um homem alto, muito bonito sentou -se  conosco.

- Alícia, esse é meu irmão Alan. - Carlos disse nos apresentando.

- Prazer. - Ele disse estendendo a mão.

- Prazer é todo meu. - Respondi sorridente apertando sua mão.

- Vamos dançar amor. - Jessi disse pegando a mão de Carlos. Aí que raiva dela, iria me deixar sozinha com um cara que acabei de conhecer.

- Vamos. - Carlos respondeu indo em direção a pista com Jessi.

-E aí vamos dançar também? - Alan me perguntou.

- Não, melhor não. -  Respondi sem graça.

- Vem dançar comigo Alan. - Uma garota alta loira pegou a mão dele o puxando. Ele revirou os olhos e foi. Fiquei ali observando o pessoal dançar. E logo uma voz sussurra ao meu ouvido.

- O que faz aqui? - Assustei e logo me virei, era Miguel, muito bem vestido e perfumado.

- Estou com a Jessi. - Respondi sem graça.

- Tão linda e sozinha, que pena. - Ele disse piscando.

- Infelizmente Ed não pode vim. - Eu disse triste.

- Como não? Acabei de vê-lo! - Ele respondeu sorrindo.

- Onde? - Perguntei já o procurando.

- Do outro lado bebendo. - Ele respondeu.

- Vou procura-lo, bom que não fico sozinha. - Disse sorrindo.

- Espera... - Ele disse enquanto eu saía.

Fui andando de vagar, o salão onde ocorria a festa era imenso, então fui até o outro lado quando eu o vi, ele estava bêbado, conversando bem de perto com uma garota, ela o abraçava, e ele tentava meio que se afastar, estava muito bêbado, pois de longe eu percebia como ele falava, fiquei a olhar aquela cena, quando a garota da um beijo nele, bem na boca, naquele momento foi como se me desse uma facada em meu peito, não podia acreditar no que ele havia feito comigo, e pior, ele correspondeu o beijo, isso doeu muito, fiquei com uma mistura de sentimentos, raiva, ódio, mágoa, tristeza, esses sentimentos tomaram meu coração.

Saí correndo daquela casa, até escorreguei no portão ralando o joelho de leve, as lágrimas escorriam  meu rosto sem parar, estava arrasada, o homem que eu amava estava beijando outra, parecia que meu mundo tinha desmoronado, então corri mais rápido ainda, era tarde, e eu estava no ponto de ônibus toda molhada devido a chuva, quando um carro para bem próximo de mim.

- Que bom que consegui te alcançar, entra no carro. - Era Miguel, eu não queria ver ninguém, só queria ir pra casa. Então enxuguei os olhos e respondi.

- Estou bem, pode ir. - Respondo com voz de choro. - Ele saiu do carro e abriu a porta pra mim.

- Entra vai, se ficar aqui vai ficar resfriada. - Ele disse me levando para dentro do carro e fechando a porta.

- Obrigada. - Era tudo que eu conseguia dizer enquanto chorava.

- De nada.

Fomos o caminho todo em silêncio, ele não perguntou nada, achei até melhor, demoramos bastante pra chegar, então adormeci no caminho depois de chorar muito.

- Alícia, acorda chegamos.

Acordei meio assustada. Não demorou muito até passar toda aquela cena na minha cabeça, então comecei a chorar novamente.

- Calma, vai ficar tudo bem. - Miguel disse me abraçando.

- Vamos subir. - Disse me recompondo. Saímos do carro, eu estava péssima, toda molhada, maquiagem borrada, olhos inchados e vermelhos de tanto chorar. Então chegamos no nosso andar.

- Alícia quer vim para o meu apartamento até você se sentir melhor, acho que seu pai vai ficar muito preocupado ao te ver nesse estado. - Ele disse me olhando com piedade.

- Não quero incomodar Miguel. - Disse sem graça. Afinal não tinha intimidade o suficiente para ir no apartamento dele.

- Vem comigo, só até você melhorar. - Então fui com ele. Era tarde, mas bem provável do meu pai está acordado assistindo filme com Lúcia.

Entramos, eu estava com vergonha, mas não tinha opção, era isso ou interrogatório do meu pai, e não estava nem um pouco afim de falar com ninguém sobre o que aconteceu.