Estúpido cupido

Capítulo 1

  O sol bate forte em minha janela, olho para fora e vejo que havia esquecido de fechá-la. Xingo mentalmente por ser apenas 6:20 e o sol estar daquele jeito.
  -6:20...droga. -me levanto correndo tropeçando em minha mochila que estava jogada, fazendo um barulho enorme.
  Corro para o banheiro e escovo os dentes, jogo uma água rápida e saio vestida na toalha correndo para meu quarto, passo na porta do quarto do meu irmão e vejo que ele já não estava lá. Harry e eu não somos irmãos de sangue, nossos pais se casaram quando tínhamos apenas 5 anos, o pai dele Edward Styles,casou-se com minha mãe Anne Twist, meu pai nunca quis saber de mim, foi embora e deixou-me com apenas 2 anos de idade, limitou-se a ligar em meus aniversários, mas depois que minha mãe casou-se novamente nunca mais deu notícias. A mãe de Harry havia morrido quando ele tinha apenas um aninho, não se lembra em nada dela, mas fala com carinho e guarda fotos.
  -Bom dia...-dou um beijo em minha mãe, Harry a chama assim também, nunca fomos outra coisa além disso, uma família que para mim e Harry era perfeita.
  -Achei que tivesse quebrado algum osso lá em cima. -Harry diz e eu mostro a língua.
  -Se alguém aqui tivesse me acordado, isso não teria acontecido. -digo e me sento ao seu lado.
  -Desculpa...me lembrarei da próxima vez. -Harry era mais novo que eu quase um ano, nasci em junho de 93 e ele em fevereiro de 94, estudamos juntos por todos os anos, nos dávamos muito bem, ele tinha lindos olhos verdes, cabelos encaracolados, que usava bagunçados e grandes, o sorriso dele cativava a todos. Sempre foi sensível e brincalhão.
  -Crianças se apressem, sairemos em 5 minutos. -Minha mãe anuncia e engulo o chocolate as pressas.
  -Harry, fez a lição de física? -Pergunto e o mesmo acena positivamente. -Tem que tirar uma nota melhor esse ano, será o último antes de nos formarmos.
  -Sim mamãe.-Ele diz e abre um sorriso.
  Já estávamos no segundo mês de aula, em todos os anos Harry e eu nunca caímos na mesma sala, mas este ano estudaríamos juntos, eu pegava no pé dele em relação aos estudos e minha mãe insistiu na direção que me colocassem com ele, até que por fim cederam.
  Harry e eu entramos juntos na escola, e seguimos para nossa sala, nos sentamos e retiramos nosso material.
  -E aí gêmeos? -Louis vem em nossa direção e eu reviro meus olhos, começou com essa piada desde que soube que nossa mãe estava nos forçando a estudar juntos para Harry melhorar nas notas, ele diz que parecíamos gêmeos, fazendo tudo juntos.
  -Dá um tempo Lou...isso já está ruim. -Harry diz e eu o encaro. -Ter a irmã mais velha te vigiando é difícil, ter seu amigo zuando é pior ainda.
  -O que é ruim? Pior é ser babá. -digo e ele sorri, logo ele e Louis estão brincando na sala de arremessar bolinha de papel, pego minha lição e vou dar uma olhada na do Harry.
  -Bom dia.-ouço a voz da minha melhor amiga, Eleonor, ela vem em minha direção e é acertada por uma bolinha de papel jogada por Louis. O mesmo a olha assustado.
  -Tomlinson...vou te matar qualquer hora dessas. -ela diz e muda sua cara assassina por uma doce e meiga e me olha, sorrio e a cumprimento com um beijo no rosto.
  Entra uma garota na sala, ela é cobiçada, o nome dela é Cara, ela é bonita e sei que Harry está encantando com ela, porque fica tímido sempre que estão perto. Ela é de outra turma, da antiga sala de Harry, onde estão seus outros amigos, Niall e Liam.
  -A acho uma metida. -digo em voz alta e Eleonor me olha e sorri.
  -Meu...você é uma péssima cunhada.
  -Não sou cunhada de ninguém, ele não tem namorada. -digo e vejo ela ir até Harry e o mesmo sorrir sem jeito, passando as mãos pelo cabelo.
  O professor entra na sala e todos vão para seus lugares.
  As aulas correm bem, logo chega a hora do intervalo, tenho que cutucar Harry que algumas vezes fica distraído e brinca com Louis durante a aula.
  Abro minha mochila e vejo que acabei esquecendo minha carteira na correria para vir.
  -Droga...esqueci minha carteira. -digo e Harry me encara sorrindo.

  -Vamos, te pago um lanche. -ele sorri, mostrando suas covinhas, aceito e seguimos para o refeitório.

  -Hazza...posso te fazer uma pergunta? -ele me olha e faz sinal positivo com a cabeça, me incentivando a falar.