A filha do Chapeleiro Maluco

Capitulo 10

Sky havia me convidado para ir almoçar na casa dele, não sei se eu poderia aceitar e meu pai não iria gostar, ele não gosta nenhum pouco da família Red Fox e também eu não iria mentir para ele dizendo que eu iria para outro lugar, seria horrível da minha parte. Eu acordei, fiz minha higiene matinal e desci para o café, abracei o papai e perguntei:

-Seria um problema se eu fosse na casa do Sky Red?

-Por que? Você quer ir lá?.-Ele me perguntou e logo em seguida tomou seu chá.

-Ah.. Ele me convidou para passar o dia lá e eu queria saber se eu poderia ir. Ah.. Também se o senhor aceita isso.-Disse me sentando na mesa.

-Ah.. Alana.. Eu não posso proibir você mas só quero que não chegue muito tarde e não faça besteira, minha criancinha.

-Papai!! Não sou mais criança e eu não vou fazer besteira.

-Para mim, ainda é minha criancinha.-Disse ele beijando minha testa.-Tenho que ir agora, chegarei de noite e quero você aqui antes das 20h, vou deixar o coelho esperando você, tenho uma reunião.

-Tudo bem, eu vou me arrumar e vou até a casa dele.

Eu subi correndo e arrumei minha bolsa, sai do castelo e esperei o trem maluco passar. Só tinha gente maluca ali dentro e eu era uma delas, a musiquinha que tocava era de matar de rir. Demorou um pouco até que eu chegasse no castelo de Sky, só havia rosas vermelhas ali, uma rosa branca no meio delas até que seria legal, os portões se abriram e eu entrei. Todos me olhavam estranhamente para meu cabelo, minha roupas, meu chapéu e minha bolsa (com certeza eles sabiam do onde eu tinha vindo e que ali não era um lugar para mim).

-Alana, você chegou. Pensei que não viria.-Disse Sky sorrindo para mim, eu amava aquele sorriso dele.

-Ah mas.. Eu vim.-Disse retribuindo o sorriso

-Vem.. Vou te mostrar o castelo.-Ele me olhou e ergueu a mão para mim pegar.

-Tudo bem.-Peguei na mão dele.

-Então.. Que horas você vai?.-Perguntou ele entrando na biblioteca.

-Antes das 20h.- Respondi.

-Ah, então vou levar você lá.-Disse ele.

-Não precisa.. Uhhh... Aqui é lindo.-Disse eu olhando os livros.

-No seu castelo não tem?!.-Perguntou.

-Tem.. Mas.. Eu não costumo ficar muito lá, somente vou para pesquisas da escola.-Respondi a ele.

-Entendo, vem.. Vamos lá em cima.-Disse ele me puxando.

Ele me levou até seu quarto, era um quarto um pouco maior que o meu e totalmente decorado com vermelho e preto, típico do filho da rainha vermelha, até que não me surpreendi. Olhei pela janela e dava para ver o reino que eu morava, era realmente lindo de longe. Sky estava me olhando e pegou na minha mão.

-Um dia a gente vai conseguir construir um castelo de nós dois para que essa invalidade acabe.-Disse ele beijando minha testa.

-Fico feliz que pense isso.-Disse abraçando ele.-Quero muito que isso acabe e que sejamos felizes.

-Vamos ser. Na verdade já estamos sendo felizes.-Disse ele sentando na cama.-Seu pai iria aceitar?

-Meu pai liga muito para o que eu faço e ele fica muito feliz quando eu fico feliz também. É basicamente assim, se ele ver que eu estou feliz, ele fica também é assim vai.-Disse a ele.

-Ah.. Ah que bom. Você sabe que eu não posso falar a mesma coisa.-Disse ele olhando para mim.

-Sim, eu sei.-Abracei ele e acariciei seu cabelo.

Nós descemos e fomos para o jardim, sentamos num banco de frente para um chafariz. Conversamos por um tempo até que seu pai o chamou, eu até que ouvi ele flanais com o pai, estavam falando sobre mim e perguntou o porque eu estava ali, eu fui pegar minha bolsa lá em cima e resolvi ir embora, Sky apenas me olhou triste e eu entendi. Fui para casa às 16h, a Rainha Branca se aproximou e de mim e perguntou:

-O que houve Alana?.

-Ah... Não é nada, Tia.-Respondi a ela.-Talvez não estou fazendo as coisas que meu pai diz.

-"Não pode viver a vida para agradar aos outros, a escolha tem que ser sua.".-Ela disse para mim.

-Tudo bem, eu entendi?.-Disse a ela.

-Verdade Alana?.-Ela me perguntou preocupada.

-Sim.-Respondi a ela e a vi saindo de perto de mim para entrar no castelo.-Rainha Branca!!.-Eu a chamei de novo.

-Sim Alana?.-Perguntou ela voltando.

-A senhora conheceu minha mãe?.-Perguntei.

-Sim Alana, ela era uma mulher muito boa, morava aqui e quando ela estava grávida ficou muito doente.-Respondeu a Rainha.

-Mas por que?.-Perguntei.

-Dizem que minha irmã a envenenou mas não pegou na criança, ou seja, você.-Disse ela.

-Mas..-Disse.

-Alana.. Não fica se perguntando ou querendo vingança de algo do Reino vermelho. Eles não se arrependem de ter feito isso, ou seja, não pode deixar que um deles se aproxime de você. Pode acabar se machucando ou até pior.-Disse ela fazendo carinho no meu rosto.

-Sim, senhora. Eu entendi.-Disse a ela.

-Fico feliz. Agora venha me ajudar a fazer um bolo para comemorar o aniversário do Chelsea.-disse ela.

-Mas seria fácil ele descobri, afinal ele é um gato muito esperto.-Disse para ela.

-Mas não irá ser surpresa, não adiantaria de nada a gente fazer surpresa, não acha?.-Perguntou.

-Verdade.-Respondi.

Ficamos vendo todos os modelos de bolos, sei que o Chelsea gosta muito de chocolate, esse gato risonho me falou no dia do meu aniversário. Era cada bolo lindo que estava vendo que dava vontade de fazer todos aqueles. Deu 18h e finalmente escolhemos o bolo para o gato risonho, era um bolo de chocolate com 5 camadas por cima, tinha um ponto de interrogação em todo o bolo e obviamente era da cor dele. Fizemos o bolo e ficou exatamente como o modelo, Chelsea foi até lá e se derreteu a ver aquele bolo.

-Hmm. Isso tudo é para mim?.-Perguntou Ele sorrindo (como sempre).

-Sim, Gato Risonho.-Respondeu a Rainha.

-Você ajudou Alana?.-Perguntou ele.

-Sim.-Respondi a ele.-Vamos arrumar tudo, agora só falta o meu pai chegar, ah não ser que o Chelsea tenha amigos gatos para trazer.

-Pode crer que não.-Disse ele.

Arrumamos tudo para a festa do gato risonho, não dava para saber se ele estava feliz ou não, afinal, ele não para de sorrir um minuto, então não dava para saber, mas espero que sim. Meu pai chegou para continuarmos, foi tudo bem, não sabíamos quantos anos ele iria fazer mas com certeza não é igual a vida de gato normal.