Love Story

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Dois garotos extremamente diferentes, o de olhos azul era super popular, todos na escola sabiam quem era o garoto, ele havia conseguido algo que muitos juntavam impossível, ser gay e popular, todos desejavam o dono de curvas invejáveis e uma bunda maior que de muitas garotas siliconadas por ai, apesar disso tudo assim que passava pela porta de sua casa no final da tarde, se transformava, virava o filho que não fazia nada, o filho que iria casar com uma garota perfeita e construir uma família perfeita, como já se deve imaginar, seus pais nao sabiam de suas escolhas, e o garoto preferia manter assim, a única pessoa que sabia de tudo era o outro garoto, esse possuía olhos verdes e um cabelo bastante cacheado, ele podia ser considerado o melhor amigo do bundudo, porém preferiu não acompanhar a vida do colega, se mantendo mais afastado da tão sonhada popularidade, ele era extremamente apaixonado pelo melhor amigo, e sabia que era correspondido, mesmo se relacionando com o pequeno, não poderia assumir um relacionamento sério, por que além dos pais do outro não terem ideia de quem o filho realmente é, ele tinha uma pequena fama de puta, e aparentemente ele não se importava com isso, uma vez que pega alguém diferente cada semana, isso machucada o cacheado, e ele não sabia até quando ia aguentar ser o cara para onde o moreno corria após ser comido e deixado de lado como uma puta.
                                        ☆
  Nada explicava o mal humor do moreno naquela manhã, sabe quando você simplesmente  não acorda bem? Era assim que ele estava, não queria falar com ninguém,  sentia que podia matar uma pessoa apenas por ela dirigir a palavra a ele,  então pra evitar problemas levantou e partiu direto para a escola sem falar com ninguém em casa,assim que entra na sala de aula procura a pessoa que mais o traz calma e assim que acha se atira nos braços dele sem se importar com nada, precisava apenas se acalmar, e os braços do cacheado eram o lugar perfeito, porém assim que o abraçou sentiu que tinha algo de errado, o amigo não estava envolvendo o pequeno do modo de sempre, e naquele momento o moreno teve medo, saindo dos braços do amigo procurou a boca do outro,  porém isso também lhe foi negado,  E ao perguntar o que havia acontecido, recebeu a resposta que iria acabar com ele "Eu não consigo mais, eu não posso mais aguentar isso, desculpa". Isso o destruiu, mas como era orgulhoso, não iria demostrar o que estava sentindo, então apenas abraçou o amigo com um sorriso no rosto,  murmurando algo como "Tudo bem,eu não me importo" indo para sua cadeira, deixando o cacheado magoado para traz.
  Durante a aula o bundudo não prestou atenção em nada,ele tentava manter o sorriso perfeito no rosto, por mas que estivesse morrendo de vontade de chorar, por que ele sabia que a culpa era sua, ele amava o de olhos verdes, e sua cabeça não deixava que ele esquecesse as palavras que ele havia ouvido, muito menos de devolver com algo como  "Todos nessa sala merecem mais ele que você ", "Não se esqueça que você que pediu por isso","Achou mesmo que ele não ia cansar de você? " estava começando a ter medo dos seus pensamentos, muito medo.
    O sinal que indicava o fim da aula tocou e o moreno correu em direção a saída da escola, desejando chegar em casa o mais rápido possível para que pudesse se jogar na cama e chorar até dormir, assim que chegou em casa se assustou com a presença do pai no sofá, já que ele e sua mãe passavam o dia fora,  mas estava sem cabeça para questionar.
- Olá pai, to no quarto - Disse assim que entrou na sala.
- Filho?-Talvez se não tivesse tão pra baixo teria percebido no tom de voz do pai que algo tinha acontecido - Quando você ia me contar que já dormiu com metade da sua sala?? Ou melhor com metade dos garotos da sua sala?? -Sabe medo?  Não se compara ao pânico que o garoto sentia agora, uma vez quando era criança foi pego comendo doce escondido de madrugada e sentiu muito medo quando sua mãe pegou o chinelo,  sensação era quase a mesma porém mil vezes pior, paralisado no lugar não percebeu que seu pai havia levantado do sofá e já estava do seu lado.
- EU TE FIZ UMA PERGUNTA VIADINHO NOJENTO - Gritou empurrando o moreno na parede com força, sem esperar uma resposta começou a dar tapas no filho e o empurrar cada vez mais forte "Eu tenho nojo do que você se tornou" não satisfeito com tapas resolveu fechar o punho de modo que agora socos extremamente dolorosos eram distribuídos pelo corpo do pequeno que já chorava silenciosamente ouvindo o que o pai falava "Eu não criei filho pra ser putinha de macho nenhum ",  chutes,  socos, pontapés, tapas, o moreno estava sentindo muita dor,  mas não falava nada com medo da reação do pai,  travou quando escutou o barulho do sinto sendo retirado "Desculpe meu filho isso é pro seu bem" foi o que ouviu antes de sentir as primeiras cintadas, "Eu não quero que você seja um viadinho nojento",  um grito de dor ao sentir a fivela do cinto cortando sua pele, "Você está gritando? Você tem que me agradecer por estar te ajudando a se curar meu filho " E após escutar isso o moreno se entregou,  talvez pelo fato de que não estava num dia bom, ele lembrou das palavras do amigo ele apenas pensou "Eu realmente mereço" e deixou uma última lágrima cair ao tomar sua decisão, sentindo suas costas queimarem e um pouco de sangue escorrer,  porém aquilo não doía mais, não reclamou,  apenas aceitou tudo de bom grado se permitindo sorrir verdadeiramente mesmo que por apenas um momento naquele mísero dia.
                                   ☆
  Após sair da escola o cacheado resolveu ir para a praça da cidade, sempre pensava melhor lá, colocou os fones e se sentou em um banco qualquer observando o movimento,  em algum momento se viu encarando um casal que estava abraçado debaixo de uma árvore,  sorriu ao ver o amor que os dois sentiam um pelo outro,  o cacheado sempre achou o amor um sentimento muito lindo,  porém quando se viu amando não pode aproveitar tanto assim, em segundos sua mente ja estava no bundudo e ele sorria mesmo com um aperto no coração ao lembrar de tudo que viveu ao lado do amigo.
                                   ☆
  Naquela terça normal, quem visse o pai do moreno saindo normalmente da casa 13 não conseguiria imaginar que ele havia deixado o filho muito machucado e sangrando no chão da sala, e que mesmo assim o menino de algum modo conseguiu se levantar e subir as escadas em direção ao seu quarto, passando direto em direção ao banheiro onde ligou a torneira que enchia a banheira, de volta ao quarto parou em frente ao espelho que cobria sua parede, pegou o celular no bolso e viu que milagrosamente ele não havia quebrado, começou a se despir sem quebrar o contado com seu reflexo de modo algum,  seus olhos estavam frios e sem vida e ele sentiuuma vontade de gargalhar com isso e foi o que fez,  riu com vontade, assim que se viu totalmente nu admirou com um sorriso quase maníaco que seu rosto havia ficado quase desfigurado,  que em seu pescoço haviam marcas de dedos e que dele para baixo tinham muito sangue e muitos hematomas e feridas abertas, ainda com um sorriso no rosto, pegou o celular e uma caixa no fundo do seu closet e seguiu em direção a banheira,  desligando a água e entrando nela sentindo todo seu corpo arder, ligou o celular no aleatório e sorriu ao ouvir o acorde inicial de The One That Got Away a musica era perfeita para a ocasião, colocou a mesma na repetição, abrindo a caixa com cuidado retirou de lá 9 caixas de antidepressivos e mais 4 caixas de um remédio para dormir que ele havia achado nas coisas da mãe dele e roubou,  abrindo caixa por caixa, engolindo comprimido por comprimido se permitindo sorrir cada vez mais ouvindo a voz suave da Katy pegou o celular e enviou uma mensagem para a pessoa que ele mais amou na vida inteira

Eternal Love (One Shot)Onde histórias criam vida. Descubra agora