Capitulo 1 - A festa

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"Duda narrando"

Ano novo, vida nova, certo? Errado. Sempre fui o tipo de pessoa que costumava enxergar o lado bom das coisas. Costumava. Até minha vida ser drasticamente mudada e violentada por algo que as pessoas chamam carinhosamente de "faculdade". Não, eu não sou uma pessoa dramatica, obrigada pela sua opinião. Antes do ano letivo realmente começar, tivemos um dia para conhecer o local, arrumar nossas coisas em nossos respectivos quartos, pegar horarios... E festa. Sim. Festa. O começo de um ano letivo em uma faculdade só pode singnificar duas coisas; que a sua vida vai acabar a partir dali e virar algo parecido com o trabalho escravo onde você não possui mais amigos e apenas livros e noites solitarias com formulas e artigos que precisam ser gravados mas que você provavelmente nunca mais vai precisar OU bebidas, drogas, festas que você nunca imaginou, memorias inesqueciveis e uma bela reprovação de periodo no fim. Independente de que caminho você escolha ele previsa começar com festa. Se um dia você for para uma faculdade que não tenha festa de inicio de ano letivo, volte pegue suas coisas e va pra casa, porque isso provavelmente não é uma faculdade. Um hospital, ou cemiterio quem sabe, mas faculdade? Nop.

-Nossa, olha o Gus, mal conhece essas coisas e já tá dando em cima. – Paty reclamou imterrompendo meu monólogo mental.

Olhei para a cena que ela encarava quase com nojo– É, mas você conhece o Gus, tem mulher no meio, ele praticamente evolui como um pokemon - Comentei, rindo.

- É ri. Ri bastante pra poder se arrepender quando ele tiver pegando o exame positivo de aids.– Ela falou com raiva

-Uau, Paty, mais um pouco e só metade da faculdade vai perceber seu ciumes. - Rebati.

-Maria Eduarda, amorzinho, por que a gente não brinca de "ficar em silencio" enquanto conhecemos a faculdade, em?? – Patricia disse me olhando uma expressão quase fofa se não fosse falsa.

Antes que eu pudesse responder (e acredite, eu tinha uma resposta MUITO boa bem na ponta da lingua) Gus apareceu em meu campo de visão, me distraindo.

-Olá, meninas. – Ele nos cumprimentou balançando o papel que provavelmente continha o telefone de uma de suas fãs.

-Olá o que, olá pra quem, por que você ta perto da gente? –Paty responde grosseiramente.

-Nossa, pra que toda essa grosseria? - Ele reclamou se voltando para mim - Não ouviram eu chamando vocês?

-Sim, ouvimos, mas você pareceu bem ocupado quando olhamos- Patricia respondeu, me cortando mais uma vez.

-E eu achando que era grossa, meu deus, sou praticamente uma freira... - resmunguei pra mim mesma - Paty, vamos parar com o ciumes e crescer um pouco, a gente já ta na faculdade, tenta deixar de lado o seu amor platonico pelo Augustos pelo menos uma vez na sua vida – Falei sem pensar, irritada, me arrependendo logo depois.

Ficamos um pouco em silencio enquanto Paty me fuzilava com o olhar mais assassino que pudesse, eu tentava pedir desculpas silenciosamente, e Gus fazia o que sempre fazia; virava a pessoa mais idiota do planeta e não entendia do que estavamos falando.

-Então.. – Gus começou ainda um pouco confuso. – Onde vocês estavam indo?

Aproveitei a chance pra tentar consertar a besteira que tinha feito, já puxando minha amiga envergonhada para fora do comodo – Vamos conhecer a faculdade.... Nos vemos na classe, beijo, tchau!

- O Campus parece legal, não é? - tentei puxar assunto, depois de quase vinte minutos caminhando.

- Hum...- Ela respondeu, mantendo seu tratamento de silêncio.

- E aí garotas como vai? – Gus gritou, aparecendo do nosso lado do

nada me fazendo dar um gritinho e Paty quase cair de susto no meio do jardim.

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