Acorde
Acorde
No meio da noite fria e flácida
Acordei repentinamente,
com uma leve voz que soava
em minha alma;
sussurrando para mim que eu
havia deixado
traços de memórias passadas;
Pude sentir aquela doce pressão
em um tom fora de ritmo,
onde a origem
da canção eu jamais a encontrei,
tornando-se mortas
cuja nudez da minha continua tristeza
entoava a uma luz na parede de meu quarto
refletida por uma pequena lua solitária
pedindo para ser observada;
Nesse instante lembrei me de meu pai
e senti meu coração apertado, prestes a desabar;
Me distrai por um simples pensamento profundo
e comecei a chorar;
Ó lua solitária, o que deve estar pensando de mim ?
uma menina emotiva que não sabe se controlar;
Meu único e fraco coração batia freneticamente
e sem parar por um simples descuido meu
começou a sangrar, com aquela imensa solidão
obscura da minha própria imaginação;
Sentia -me estranha,
roubada por minhas próprias desilusões;
A janela entreaberta de meu quarto,
me envolvia ainda mais
com aquela lua solitária;
Enfim eu não estava mais só,
a lua solitária surgiu diante de mim;
Ao observar atentamente sua transparência
ela retribuiu
me levando fora do meu subconsciente,
a magia mística era tão forte
que não conseguia evitar e hesitava inocentemente
procurando por outro lugar;
Flutuando a uma outra dimensão,
tudo ao meu redor era cientificamente real;
aquele era o meu mundo
ao qual eu me imaginava
livremente, meu pigmento;
minhas vastas memórias pairavam
sob a luz do luar refletida no espelho
por aquela pequena lua solitária;
Minhas preocupações já não
eram mais as mesmas;
havia chegado a hora de eu voltar,
daquela imensidão profunda a se revoltar;
Algo me puxou instantaneamente
retornando ao meu lugar,
com os olhos totalmente fechados,
adormecida
em minha mente absurda
me deparei em meu humilde
e velho quarto;
a procura de minha chegada,
sentindo uma tremenda falta
daquela lua solitária.